Vasco

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

HISTÓRIAS DO KIKE - MENINAS DA AREIA

 FOTOS DE JACQUELINE E SANDRA REPRODUZIDAS DE REVISTA DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL - AGRADECIMENTOSS!

  Os Jogos Olímpicos da norte-americana Atlanta-1996, valeram ao Brasil  a medalha de ouro da primeira disputa do vôlei na areia. Foram trazidas por Jacqueline Silva e Sandra Pires, que deixaram as também brazuquinhas Mônica Rodrigues e Adriana Samuel com a prata. Daquelas Olimpíadas, participaram 10.500 atletas, das quais 3.700, ou um terço, era mulher. Do Brasil, foram 220, com elas sendo 70.

Jacqueline e Sandra não só se douraram, mas jogaram mostrando a garra, a graça e a beleza morena da mulher brasileira. Ao acompanharem o ouro de Torben Grael e Marcelo Ferreira, na Classe Star, do iatismo, ofuscaram a prata e o bronze dos nadadores Gustavo Borges e Fernando Scherer, o Xuxa, bem como os bronzes dos judoca Aurélio Miguel e Henrique Fernandes. |Logo, as garotas valeram ouro, mesmo, naa Guerra dos Metais Olímpicos.

Foi a primeira vez, em 76 temporadas, que o Brasil levava duas medalhas de ouro em uma mesma Olimpíada. Com valor muito maior porque o nível técnico do vôlei na praia era, na época, altíssimo, em todo o planeta. “Não bastava querer vencer, era preciso saber vencer”, comentou Jacqueline. Ela e a Sandra viviam brigando e quase desfizeram a dupla ante dos Jogos. Mas assinaram um tratado de paz para garimpar o ouro de Atlanta.

Jaqueline Louise Cruz Silva  nasceu, no Rio de Janeiro, em 13 de fevereiro de 1962. Começou a ser fera do vôlei nas quadras, aos 9 idade, como mirim do Flamengo, pelo qual sagrou-se  pentacampeã carioca  infantil (1973 a 1978). Em 1979, ajudou a trazer o bronze dos Jogos Panamericanos, de Porto Rico.

Jacqueline foi levantadora titular do Seleção Brasileira das Olimpíadas Moscou-1980 e de Los Angeles-1984, quando foi eleita a melhor levantadora desta última competição. Ainda durante a década-1980, atuou pela Europa (em 1987, em Modena, foi eleita a melhor estrangeira da temporada e, depois, ganhou o Saisomaggiore, o Oscar do vôlei) e os Estados Unidos, onde aderiu ao vôlei na praia, o beach volley - e foi considerada a melhor do país, que batizou-lhe por, Jackie Silva, a Rainha da Praia. Venceu vários torneios e chegou a Nº 1 do ranking mundial d modalidade. Foi pelo começo da década-1990, quando era considerada melhor jogadora de vôlei de praia do mundo (pelas adversárias), que ela formou parceria com Sandra Pires, junto com quem venceu a maioria dos torneios disputados no Brasil e nos Estados Unidos.

  Sandra Pires Tavares, também carioca, nascida em 16 de junho de 1973, jogou vôlei nas quadras e nas praias medindo 1m74cm. Começou aos 11 de idsde,  no Colégio Cenecista Capitão Lemos Cunha, na Ilha do Governador, e chegou ao vôlei de quadra profissional aos 17. Defendeu o time do Rio Fort e, aos 19, mudou para a areia, para conquistar o  ouro do primeiro  Mundial de Vôlei de Praia-1997, nos Estados Unidos. No total, foi a três edições disputas olímpicas, trazendo, também, o bronze-2000.

Sandra teve a glória, também, de ser a porta-bandeira do Brasil em uma Olimpíada, a de Atlanta, em 1996.

 De há muito jogava-se o vôlei pelas praias brasileiras do Rio de Janeiro. Mas só a partir da metade da década-1980 isso passou a ter conotação de esporte organizado, por meio de projeto das Confederação Brasileira de Voleibol, presidida por Carlos Arthur Nuzman, tirando o cunho só de lazer da atividade.

Já que estamos tratando de “deusas brasileiras das areias”, destaca-se que medalhas e mais medalhas passaram a ornamentar o pescoço delas. Em 1997, durante as disputas do primeiro Circuito Mundial, Shelda e Adriana Behar ganharam o primeiro ouro brasuca. As duas trouxeram, ainda, a prata dos Jogos Olímpicos da australiana Sidney-2000, enquanto Sandra Pires e Adriana Samuel ganharam bronze. Em Atenas-2004, novamente, Shelda e Adriana Behar voltara, olimpicamente, prateadas. Em 2009, Talita e Maria Elisa ficaram bronzeadas no Campeonato Mundial, e prateadas no Circuito Mundial-2009/2010.

 Em 2010, Taiana e Vivian foram à Áustria e trouxeram a prata do Grande Slam do Circuito Mundial-2010. Larissa/Juliana faturaram o Circuito Mundial-2005/07/09/11 e o Mundial da italiana Roma-2011, além dos Pan-Americanos-2007 e 2011 - foram as primeiras glórias internacionais. 

domingo, 30 de janeiro de 2011

HISTORI & LENDAS DA COLINA - ZAGA

   Uma antiga dupla de zaga vascaína, formada por Bellini e Orlando, foi chamada, novamente,  para o time titular da Seleção Brasileira, sete anos depois. O primeiro já defendia o São Paulo e o outro, depois de passar vários anos no argentino Bocas Juniors, voltara ao futebol brasileiro com a camisa do Santos.
A dupla campeã mundial na Suécia em 1958, reencontrou-se canarinha em 2 de junho de 1965, na goleada, por 5 x 0, sobre a Bélgica, diante de 102.196 pagantes, no Maracanã, com gols de Pelé (3), Flávio e Rinaldo. O capitão foi Bellini e o time do técnico Vicente Feola teve: Valdir Morais; Djalma Santos, Bellini, Orlando e Rildo: Dudu e Ademir da Guia; Garrincha, Flávio, Pelé e Rinaldo.
Passados quatro dias, os dois voltaram à zaga canarinha, para os 2 x 0 sobre a então Alemanha Ocidental, com Pelé e Flávio, novamente, na rede. O time: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. O peruano Carlos Rivera apitou e o público foi de 143.3145 pagantes.
Mais três dias passados, foi a vez de os dois encararem os "hermanos" argentinos, em 0 x 0, no mesmo estádio, assistidos por 130.910 pagantes. O time foi o mesmo, com as mesmas substituições, mas a arbitragem foi de Arturo Yamasaki, também peruano.
Bellini e Orlando voltaram a formar dupla canarinha por mais seis partidas, todas amistosos, nas vésperas do Mundial-1966. A última rolou nos 3 x 2 sobre a Suécia, em 30 de junho, ante 53 mil pagantes, no estádio Nya Ullevi, em Gotemburgo, onde haviam atuado em 1958. Com arbitragem do sueco Bertil Loow e gols de Tostão (2) e Gérson, o time alinhou: Gilmar; Fidélis, Bellini, como capitão, Orlando e Paulo Henrique; Lima e Gérson: Jairzinho (Garrincha), Tostão, Pelé e Paraná (/Edu Américo).
Os outros cinco jogos da dupla Bellini-Orlando, durante a fase de amistosos com vistas à Copa do Mundo-1966, foram: 25.06.1966 - Brasil 1 x 1 Escócia; 21.11.1965 - Brasil 2 x 2 União Soviética; 30.06.1965 - Brasil 2 x 1 Suécia; 24.06.1965 - Brasil 0 x 0 Portugal; 17.06.1965 - Brasil 3 x 0 Argélia.
DETALHE: na partida conta os suecos, os dois então vascaínos de 1958 reviveram a grande jornada daquele ano, no mesmo estádio Rasunda Solna, em Estocolmo, de onde saíram campeões mundiais.

sábado, 29 de janeiro de 2011

TRAGÉDIAS DA COLINA - OCTOGONO

1 - O Vaco atingiu, hoje, o oitavo jogo sem vencer –   seis pelo Campeonato Brasileiro e dois pela Copa do Brasil. Na segunda rodada do Brasileiro, diante do Figueirense, fez sua primeira partida no horário das 11h. Com o resultado de hoje, o Vasco saiu de campo na vice-lanterna, com três pontos – 0 x 0 Goiás; 0 x 0 Figueirense; 1 x 1 Internacional-RS;0 x 3 Atlético-MG; 0 x 3 Ponte Preta e 0 x 2 Atlético-PR – e só um gol marcado, contra 9 sofridos. No mais, Doriva não conseguiu conquistar, hoje, a sua primeira vitória, como treinador, em Brasileiros. Em 2014, após levar o Ituano ao título paulista, ele foi para este mesmo Atlético-PR, que o demitiu, após quatro jogos sem vencer. Com mais cinco pelo Vasco, são oito "jejuns de 3 pontos".

 2 - O Torneio Início era um festival de futebol, durante uma tarde domingueira, para marcar a abertura do Campeonato Carioca. O de 1928, foi disputado no estádio do Fluminense, nas Laranjeiras, em 1º de abril. Poderia ter sido mentira, mas o Vasco caiu no primeiro jogo, diante do seu maior rival, o Flamengo. No tempo normal de jogo, 15 minutos, cada tempo, rolou empate, por 1 x 1, com Galego marcando o gol cruzmaltino. Como os partidas empatadas tinham por vencedores quem cedesse menos escanteios, a "Turma da Colina" escorregou nesta, e cedeu um a mais. O juiz foi Edgard Gonçalves e a rapaziada da escorregada esta: Jaguaré, Zé Manuel e Cama; Badú, Tinoco e Mola; Bahiano, Paes, Galego, Rainha e Patrício.

 3 - Pelo Torneio Municipal-1951, o time cruzmaaltino andou muito irregular, goleando e sendo goleado. E o pior: chegou a perder os pontos dos 3 x 0 sobre o Canto do Rio, por ter escalado Bira irregularmente. Terminou em sexto lugar, com nove pontos, em 20 disputados. Confira os resultados: 11.04.1951 – Vasco 2 x 4 São Cristóvão; 21.04 – Vasco 3 x 1 Fluminense; 29.04 – Vasco 6 x 0 Bonsucesso; 06.05 – Vasco 1 x 2 Flamengo; 13.05 – Vasco 3 x 0 Canto do Rio; 19.05 – Vasco 1 x 4 Bangu; 26.05 – Vasco 2 x 1 Olaria; 02.06 – Vasco 4 x 4 América; 09.06 – Vasco 6 x 1 Madureira; 26.06 – Vasco 0 x 3 Botafogo.  

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

HISTORI&LENDAS DA COLINA - URCOS

1 -  Vasco e Brasil, clube do bairro da Urca, que disputava o Campeonato Carioca,  se pegaram por 18 vezes, pelo Estadual, com 16 vitórias vascaínas e dois empates. O "Time da Colina" marcou 83 gols e sofreu 17 tentos. Confira datas e placares: 26.04.1925 – Vasco 4 x 0; 05.07.1925 – Vasco 7 x 4; 21.04.1926 – Vasco 9 x 3; 18.07.1926 – Vasco 5 x 2; 01.05.1927 – Vasco 11 x 0; 10.07.1927 – Vasco 2 x 1; 13.05.1928 – Vasco 4 x 1; 26.08.1928 – Vasco 5 x 0; 05.05.1929 – Vasco 5 x 0; 18.08.1929 – Vasco 3 x 0; 04.05.1930 – Vasco 2 x 0; 19.10.1930 – Vasco 4 x 0; 20.09.1931 – Vasco 2 x 1; 13.12.1931 – Vasco 2 x 2 Brasil; 08.05.1932 – Vasco 2 x 1; 02.06.1932 – Vasco 1 x 1 Brasil; 07.08.1832 – Vasco 5 x 1 e 16.06.1935 – Vasco 10 x 0.

2 - Jogos Vasco x Botafogo no mês de maio: 10.05.1925: Vasco 2 x 2 Botafogo; 16.05.1926: Vasco 3 x 2; 14.05.1936: Vasco 3 x 0; 28.05.1939: Vasco 1 x 0; 22.05.1943: Vasco 0 x 2; 31.05.1947:Vasco 0 x 4; 11.05.1952: Vasco 1 x 4; 16.05.1953: 0 x 0; 19.05.1954: Vasco 5 x 3; 20.05.1965: Vasco 1 x 0; 04.05.1969: Vasco 0 x 1; 31.05.1970: 1 x 1; 31.05.970: 1 x 1; 09.05.1971: 0 x 0; 23.05.1971: Vasco 1 x 2; 04.05.1975: Vasco 0 x 1; 09.05.1976: Vasco 2 x 1; 29.05.1977; Vasco 2 x 0; 15.05.1982: 3 x 3; 23.05.1988: Vasco 3 x 0; 14.05.1989; 1 x 1; 09.05.1993: Vasco 2 x 1; 06.05.1994: Vasco 3 x 1; 26.05.1996; Vasco 0 x 1; 24.05.1997; Vasco 2 x 0; 30.05.1999: 1 x 1; 29.05.2002: 2 x 2; 30.05.004: Vasco 4 x 0; 25.05.2006: Vasco 1 x 4; 25.05.2008: 1 x 1; 30.05.2010: 1 x 1. 03.05.2015 - Vasco 2 x 1.

3 - Os maiores artilheiros vascaínos em um só jogo são Edmundo (6) e Roberto Dinamite (5). Vale destacar que Romário marcou quatro gols em um mesmo jogo, mais de uma vez. Em uma deles, em Vasco 6 x 1 Entrerriense, em 24 de abril, pela Taça Rio, o segundo turno do Estadual-RJ de 2002.
 Os últimos gols do "Baixinho", com a jaqueta cruzmaltina foram marcados em 9 de junho de 2007, durante goleada sobre o Grêmio Porto-Alegrense, por 4 x 0. O 'Baixinho' deixou dois na rede o que ele garantia terem sido o 1001 e o 1002 da carreira. As bolas bateram no filó 14 e aos 46 minutos do primeiro tempo – André Dias, aos 42, da mesma etapa inicial, e Abedi, aos 19, da final, fizeram os restantes.

4 - A goleada rolou em São Januário, apitada pelo paulista Wilson Luiz Seneme e assistida por 15.519 almas, que pagaram R$ 155.850,00 para verem as últimas maldades do matador. O Vasco do dia, treinado por Celso Roth, teve: Sílvio Luiz; Wagner Diniz, Jorge Luiz, Dudar e Guilherme: Roberto Lopes (Júnior), Amaral, Abedi (Conca) e Renato: André Dias (Martin Garcia) e Romário.

HISTORI&LENDAS DA COLINA - COPAÇA

1 - 24 de outubro de 2007 - O Vasco venceu o América, do México, por 1 x 0, pela Copa Sul-Americana. Neste jogo, o atacante Romário foi, “inventado” como treinador, pelo presidente vascaíno, Eurico Miranda. E escalou-se, como atleta, no segundo tempo. Roberto Dinamite também chegou a ser inventado na função, em 29 de abril de 1990, quando o Vasco tropeçou (1 x 2) no Bangu, em um domingo, em Moça Bonita, pelo Cariocão. Mas ele não entrou em campo. Mandou: Acácio, Ayupe, Quiñones (Andrade), Marco Aurélio, Cássio,  Zé do Carmo, William (Marco Antônio Boiadeiro), Bismarck, Tita , Bebeto, autor do gol, e Sorato.  O jogo teve 6.929 pagantes e arbitragem de Pero Carlos Bregalda. Cláudio José, que passou pela Colina, fez os tentos alvirrubros.     
COM ROMÁRIO, NÃO BASTA ser técnico. Tem que participar (do jogo).

2 - 13 de setembro de 1990 O Vasco foi batido, por 1 x 0, pelo Atlético Nacional, da Colômbia, pela Taça Libertadores. Alegando pressões ao árbitro, comprovadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol, Eurico Miranda conseguiu a anulação da partida. Só que, no outro jogo, em 28 de setembro do mesmo ano, no estádio Santa Laura, em Santiago do Chile, foi pior: 2 x 0 para os colombianos.
FOI O UM DOS MAIORES vexames da história vascaína. Sem comentários!

3 -  Oto Martins Glória é apontado por Roberto Dinamite como um dos responsáveis pelo seu crescimento dentro do jogo, lhe ensinando a jogar fora da área. Carioca, nascido em 9 de fevereiro de 1917, o treinador viveu até 2 de setembro de 1986. Otto foi vascaíno em 1949, como auxiliar técnico de Flávio Costa. Em 1951, assumiu o comando do já envelhecido “Expresso da Vitória”. Saiu e voltou para ficar pela temporada de 1963. As próximas passagens pela Colina foram em 1979 e em 1983.  
OTO TEVE MAIS GLÓRIAS no futebol português. Entre 1954/59 ganhou dois campeonatos nacionais e três Copas de Portugal, pelo Benfica, e uma, pelos Belenenses. Em 1965/66 foi campeão português, pelo Sporting. Em 1965, havia assumido o comando da seleção portuguesa, semifinalistas da Copa do Mundo-1966. Em 1968, voltou ao Benfica e ganhou duas Copas de Portugal e dois nacionais. Voltou a treinar a seleção lusa em 1982/1983.                                 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

FERAS DA COLINA DE S. JANU - NADO

José Reginaldo Tasso Lassalvia, o Nado, era meia-armador, pela esquerda, antes de tornar-se ponteiro. Mudou para a extrema-direita porque o treinador Ricardo Diez, do Náutico Capibaribe-PE,  tinha bons jogadores para o meio-de-campo. De início, nem era mesmo um autêntico ponteiro, por ter que recuar muito para marcara. Teve de aprender uma nova tática. E achou mais difícil do que armar. "Pela ponta, só tenho uma maneira de atuar: para a frente. De um lado, temos o fim do campo, a (linha) lateral, e, do outro, quando não há um marcador, um companheiro quase sempre marcado. Dificilmente, temos a chance de driblar para dentro, sem o perigo de embolar todo o nosso ataque", contou ele à Revista do Esporte, da qual a foto que você vê foi reproduzida. .
 Nado nasceu em 15 de novembro de 1938, em Olinda-PE, e começou a carreira, aos 13 anos de idade, por um time amador de sua cidade, chamado 
Nado(E) e um outro pernambucano, Salomão

Argusa, como infanto-juvenil. Aos 19, foi para o Náutico. Por tanto, com um ano acima do que você tem. Revelou, também, ter investido muito na jogada de ir à linha de fundo, para centrar forte para o meio da área. Sobre o drible, considerava--se médio no fundamento, bem como em velocidade.
Nado jogava com o peso ideal de 58 quilos e foi contatado pelo Vasco por ter dado um trabalho medonho ao lateral-esquerdo Oldair Barchi, bem mais alto e forte do que ele, quando o Vasco enfrentou o Náutico, pela Taça Brasil-1965.
Nado foi campeão pernambucano pelo fantástico time do Náutico, em 1960/63/64/65, tendo, em 1963, sido o artilheiro da temporada, com 18 gols. Ele, ainda, foi eleito como  o melhor ponta-direita do Campeonato Carioca e da Taça Brasil de 1966.


Convocado para os treinos da seleção canarinhae rumo à Copa do Mundo-1966, ele fez só um jogo: 10.05.1966 - Brasil 1 x 1 Chile. Depois, disputou mais dois: 07.98.1968 - Brasil 4 x 1 Argentina. 14.12.1968 - Brasil 2 x 2 Alemanha Ocidental.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

TRAGÉDIAS DA COLINA - DERRUBADA-GO

O Goiás Esporte Clube é um tradicional freguês vascaíno. Desde 12 de julho de 1958, data do primeiro pega, amistosamente, quando a Turma da Colina mandou 6 x 0. Dez anos depois, em 10 de outubro, houve um segundo amistoso, com 2 x 1 cruzmaltinos. Só a partir de 1973 começaram os jogos oficiais entre eles, pelo Campeonato Brasileiro. De lá para cá, já são 36 encontros, com 19 vitórias da rapaziada (52,78%), nove empates e oito quedas. Nessas refregas, o time da Rua General Almério de Moura marcou 74 e sofreu 52 gols. Portanto, uma boa vantagem.
Mesmo com o Almirante dominando as estatísticas, o seu principal adversário na região Centro-Oeste lhe mandou 4 x 0, em 7 de outubro de 1995, pelo Brasileirão, no Serra Dourada, em Goiânia. Foi o maior vexame da patota nessa relação. Era um sábado, diante de 9.096 almas que pagaram R$ 78 mil.630 cruzeiros (moeda da época) para verem o prejuízo carioca no placar, acrescido da expulsão de campo de Pimentel.
Treinado por seu ex-apoiador Carlos Aberto Zanata, o time vascaíno do dia foi: Carlos Germano; Pimentel, Cláudio Gomes, Alex Pinho e Jefferson; Luisinho Quintanilha, Cristiano, Juninho Pernambucano e Richardson (Bruno Carvalho); Valdir “Bigode” e Leonardo Pereira (Brener).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

VELHAS TARDES DE VELHO 'MARACA'

ocê sabe quais foram os maiores públicos do antigo Maracanã em jogos do Vasco? Se não sabe, anote esta pesquisa do "Kike", sobre o estádio projetado pelos arquitetos Rafael Galvão, Pedro Paulo Bastos, Orlando Azevedo e Antônio Dias Carneiro.
O "Marca" chegou a receber 166.369 almas, o estádio chegou a receber 198. 854 pessoas, em Brasil 1 x 2 Uruguai, no 16 de julho de 1950 da Copa do Mundo. Em 1963, divulgou-se que Santos 1 x 0 Milan, decidindo o Mundial Interclubes, levou 200 mil presentes à casa. Em 21 de março de 1954, pelas Eliminatórias da Copa, quando o Brasil mandou 4 x 1 no Paraguai, anunciou-se 195.513 presentes. Seguiu-se, em 15 de dezembro de 1969, um Fla-Flu decidiu o Campeonato Carioca, perante 194.603 “flaflulistas”. E Brasil 1 x 0 Paraguai, de 31 de agosto de 1969, com 183.341 pagando pra ver.
NO LANCE - Agora é que o Vasco entra em cena. Seus arquivos dizem que no jogo de 04 do 04 de 1976, contra o Flamengo, pela Taça Guanabara, pintaram 174. 770 carinhas no estádio. Logo, no campeonato de superpopulação maracanense, é o quinto maior público. Ou o segundo, pois três com mais gente são de jogos da Seleção Brasileira. Aí é a pátria de chuteiras, como diria Nélson Rodrigues que, na verdade, falou como o povo não fala, mas,“pátria em chuteiras”.
Seguem um outra sacanagem vascaína, em 22 de dezembro de 1974, com 165. 3585 que pagaram para assistir um 0 x 0 com o Flamengo. Depois, Brasil 6 x 0 Colômbia, pelas Eliminatórias de 1969, com 162.764. E, fechando os maiores públicos com bola, novamente, o Vasco encarando o Flamengo, em 6 de dezembro de 1981, perante 161.989 loucos pelo “Clássico dos Milhões”. Portanto, Derme, o Vasco figura presente em três dos cinco maiores jogos entre clubes no Maracanã, levando-se em conta os mais próximos da capacidade projetada.
CONTA DA SANTA - Os católicos cariocas sustentam, no entanto, que o maior público no Maracanã foi incalculável, na noite de 13 de maio de 1953, quando a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi buscada em Niterói, pelo cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara, que atravessou o mar com ela e a levou para uma missa campal no estádio, celebrada pelo cardeal-arcebispo de São Paulo. No entanto, a revista “O Cruzeiro” de 30 de maio de 1953, calculou o público em 150 mil fiéis, mesmo número calculado pelos jornais da década-1980 para o show do cantor e Frank Sinatra, em janeiro daquele ano.
O Maracanã já recebeu shows, também, dos Rolling Stones, Paul McCartney, Madona, Tina Turner e de Prince. Teve missa campal, também, do Papa João Paulo II, que voltou em 1997 e presidiu o “Encontro com as Famílias”. Em todas estas ocasiões, falou-se em mais de 150 mil presentes. Logo, o Vasco participa dos maiores públicos do Maracanã, se as marcas acima da capacidade projetada não estiverem “superfaturadas”.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PRIMEIRO VASCO NO PIAUÍ

 De acordo com o nosso amigo e historiador do futebol piauiense Severino Filho, a primeirona do “Almirante” em suas terra foi em 29 de agosto de 1965, mandando 4 x 0 no então vice estadual, o tricolor (azul, vermelho e branco) River, em Teresina, no velho estadinho Lindolfo Monteiro.
Mário “Tilico” abriu a conta, aos 24 minutos. Oldair fez o segundo, aos 41; Saulzinho ampliou, para 3 x 0, aos 44, e Benê fechou o caixa, aos 82. 
Abdala Jorge Cury apitou o amistoso, bandeirado por Antônio Pereira dos Santos e Artur Braz. 
O Vasco alinhou: Gainete (Ita); Ary, Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Boni (Aluísio); Luizinho, Benê, Mário (Saulzinho) e Zezinho (Joel). O River teve: Petrúcio; Gereba, Amadeu, Zé Artur e Sóstenes (Zequinha); Genário e Vilmar (Djalma); Waldeck, Quinha (Vavá), Loloca (Mariola) e Tassu (Pinheiro).
Antes da partida, conta Severino Filho, os dois times posaram juntos para esta foto do seu arquivo. Em pé, da esquerda para a direita estão: Petrúcio (River), Maranhão (Vasco), Genário (River), Gainete (Vasco), Zé Artur (River), Zezinho (Vasco), Vilmar (River), Brito (Vasco), Loloca (River) e Ary (Vasco). Agachados: Luizinho (Vasco), Gereba (River), Benê (Vasco), Waldeck (River), Oldair (Vasco), Amadeu (River), Mário (Vasco), Sóstenes (River), Ananias (Vasco), Tassu (River), Boni (Vasco) e Quinha (River). Agradecimento do “Kike”.
 

JAHÚ FICOU DE MAL COM A TORNEIRA

 Em 1938, o time vascaíno tinha como um dos responsáveis pela segurança da sua retaguarda um zagueirão chamado Jahú, o de casquete na foto. Convocado para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo, na França, o carinha chegava junto em todas, durante os treinamentos, para não perder a chance de segurar a sua vaga na delegação.  Por aquela época, presidia a república federativa do Brasil o cidadão gaúcho Getúlio Dorneles Vargas, que enxergava de longe e sacava o quanto o futebol poderia tabelar com o seu projeto político. 
Nascimento, Jahu, Villadoniga, Florindo, Figliola, Orlando Fantoni,
 Zarzur,Argermiro, Lindo e Orlando
Mais malandro do que um pardal, que não canta para não ficar na gaiola, Getúlio foi à mineirinha Caxambu, levar o apoio do governo brasileiro ao nosso selecionado. Com todo político que se preze, apertou a mão de um a um dos atletas. E o becão Jau passou três dias de mal com a torneira. Segundo ele, não era todo dia que um zagueiro apertava a mão do homem que mandava no país.
Por aqueles tempos, décadas de 1930 e de 1940, o racismo ainda era forte no futebol brasileiro. Havia clubes que não permitiam jogador participar dos bailes de gala em suas sedes, principalmente se fosse preto. Eram empregados, e ponto final. Se não eram associados, porque estariam ali?
No Vasco, foram criados bailes no ginásio de esportes. E entrava preto, branco, pobre, rico, português, brasileiro, quem chegasse. Do mesmo jeito, nas festas de São João, em São Januário, que era transformado em um arraial. Por sinal, conta o folclore vascaíno que, numa  festa de carnaval, Jaú apareceu com uma fantasia intrigante. Dizia que era de rajá e que copiara da revista “Tico-Tico”.
(Foto reproduzida de Mauro Prais/NetVasco). Agradecimento.

domingo, 23 de janeiro de 2011

HISTORI&LENDAS DAS COLINA - POVAÇO

 1 -  O Vasco é bom de povão. Das maiores arrecadações do Torneio Rio-São Paulo, a primeira grande disputa nacional,  o seu time cravou a maior. Para o empate (1 x 1) de 29 de março de 1958, contra o Flamengo, no Maracanã, ajudou a levar 120.165 almas. Naquela temporada, o time cruzmaltino era um dos dois melhores do país, tendo sido o campeão carioca e da disputa entre os dois estados. 





  
2 - O primeiro gol da Seleção Brasileira no Maracanã foi marcado por um vascaíno: Ademir Menezes (no crtaz do curta metragem "Um artialheiro no meu coração", de Melyna Reis, Diego Trajano e Lucas Fitipaldi), aos 32 minutos do primeiro tempo da vitória, por 4 x 0, sobre o México, pela Copa do Mundo de 1950, assistida por 81.6549 pagantes. Naquele jogo, o Vasco teve, ainda, o primeiro atleta a capitanear o selecionado nacional no “Maraca”, o lateral-direito Augusto, e mais três outros representantes, o técnico Flávio Costa, o então médio Danilo Alvim e o atacante Maneca .  

3 – Em 25 de janeiro de 2010, a Federação Internacional de Estatísticas do Futebol, reconhecida pela FIFA, divulgou sua lista dos maiores artilheiros da modalidade, em campeonatos de primeira divisão. O Vasco estava representado, entre os cinco primeiros, por Roberto Dinamite e Romário.  no crtaz do curta metragem "Um artialheiro no meu coração", de Melyna Reis, Diego Trajano e Lucas Fitipaldi). Agradecimentos.

4 - As maiores goleadas vascaínas em Campeonatos Brasileiros foram:  14.02.1984 – Vasco 9 x 0 Tuna Luso (Gols: Arthurzinho (4), Marcelo (3), Geovani e Aírton; 14.03.1982 – Vasco 7 x 1 Operário-MS (Marquinho (3), Wilsinho (2), Cláudio Adão e Rosemiro); 05.08.2001 – Vasco 7 x 1 Guarani (Romário (4), Juninho Paulista, Jorginho e Botti); 25.11.2001 – Vasco 7 x 1 São Paulo ( Romário (3), Euller, Gilberto, Léo Lima e Dedé).

5 - Durante a temporada-1947, a "Turma da Colina" foi muito odiada. Batia em todo mundo, Com o Canto do Rio, foi cruel. Mandou 14 x 0, a maior goleada da história do Campeonato Carioca. De nada adiantou, o time de Niterói trocar de goleiro no intervalo, quando o estrago já andava pelos 5 x 0. Diante de um ataque com Djalma, Maneca, Fiaça (Dimas), Lelé (Ismael) e Chico, era fatal. Os caras foram campeões, treinados por Flávio Costa, guardando 68 bolas nos “armários” dos pobres goleiros, em 20 jogos de tormentas. Os botafoguenses dizem que só eles seguraram a turma da Colina. Realmente, em 7 de dezembro daquela ano, seguraram o 0 x 0. Mas o “Expresso da Vitória” já era campeão, invicto, com sete pontos na frente do rival.
A MÁQUINA FEZ UMA PARADINHA, pra aliviar o motor. A lotação estava esgotada

 5 - Em 4 de setembro de 1938, a festa era rubro-negra e o Vasco o convidado. Inaugurava-se o estádio da Gávea. Com gols de  Carioca e Niginho, a “Turma da Colina” “ jogou água no chope do anfitrião. Mandou 2 x 0.
O FLAMENGO DEVERIA ESCOLHER MELHOR OS SEUS CONVIDADOS.

6 - Time-base vascaíno em 1919: Nélson (Barroso), Palamone (Lamego) e Cruz; Godoy (Adão), Palhares e Quintanilha; Leão, Pederneiras, Dutra (Julinho), Esquerdinha (Guerrero) e Antonico.
ADÃO ERA RESERVA, A SUA VIDA NÃO ERA UM PARAÍSO.


7 - O atacante Wálter Machado da Silvafoi vascaíno entre 1970/1971, e em 1972/1973. Nascido em 02.01.1940, em Ribeirão Preto-SP, antes de chegar à Colina, passara por São Paulo-SP (1957); Batatais-SP (1958/1959); Botafogo-RP/SP (1959/1962); Corinthians (1962/1965); Flamengo (1965/1966 e 1968); Barcelona-ESP (1966/1967); Santos (1967) e Racing-ARG (1969). Em 1971, esteve, também, no Botafogo. Depois de São Januário, ainda jogou pelo Rio Negro-AM, em 1973. Chegou à Seleção Brasileira e jogou a Copa do Mundo-1966, em Brasil 1 x 3 Portugal. Totalizou oito jogos e cinco gols canarinhos, em cinco vitórias, dois empates e a queda que eliminou o Brasil do Mundial da Inglaterra. Contra seleções nacionais fez seis partidas, três vencidas, duas empatadas, uma perdida e duas bolas nas redes. Diante de clubes/combinados teve dois confrontos, vencendo ambos e marcando três tentos.
O APELIDO DO SILVA era "Batuta", o que ele foi, durante a campanha do título carioca de 1970.

CORREIO DA COLINA - TAÇA BLOCH

1 - "Há muitos anos, eu estava no Rio de Janeiro e assisti ao meu time conquistar a Taça Adolpho Bloch, vencendo o Botafogo, por 1 x 0. Não me lembro mais de quem marcou o gol. Quem foi? Edmilson Viana, de Bom Jesus da Lapa-BA.

 Aquele título, conquistado em São Januário teve a bola na rede mandada por Júnior, no empate, por 1 x 1, com os alvinegros. O Vasco ficou campeão com três pontos a mais do que eles, somando nove. Anote a campanha:   
24.11.1990  - Vasco 2 x 1 Bangu, no Estádio Caio Martins, em Niteroi-RJ, com os gols vascaínos marcados por Sorato e William.
28.11.1990 -- Vasco 3 x 1 Fluminense, em São Januário – Sorato (2) e Ayupe balançaram o filó.

02.12.1990 -  Botafogo 2 x 2 Vasco, no Caio Martins) – Jorge Luiz e Luciano acertaram a rede.
09.12.1990 -  Vasco 3 x 0 Bangu, em São Januário – Júnior, Eduardo Gaúcho (contra) e Marco Antônio Boiadeiro mexeram no placar.
12.12.1990 -  Fluminense 0 x 0 Vasco, no estádio das Laranjeiras-RJ.
15.12.1990 - Vasco 1 x 1 Botafogo, em São Januário, já citado acima. Valeu, amigo? 
2 - "Li um post, há dois dias, dizendo que o Comercial, de minha terra, Ribeirão Preto, sempre foi páreo duro paras o Vasco. Quantas vezes os dois já se enfrentaram?"  Alarico Feitosa, de Ribeirão Preto-SP.
Criado em 10 de outubro de1911, em uma terça-feira,  o  alvinegro Comercial Futebol Clube é chamado de “Leão do Norte”, por ter feito uma grande excursão, entre maio e junho de 1920, à Pernambuco e à Bahia. Estreou na primeira novo, atrás no placar: 0 x 1 divisão do futebol paulista em 1927. Anote os duelos contra a "Turma da Colina": 13.01.1945 – Vasco 4 x 2 Comercial-RP; 02.03.1973 – Vasco 0 x 0 Comecial-RP; 14.03.1978 – Vasco 2 x 3 Comercial-RP; 06.02.1986 -  Vasco 0 x 1 Comercial-RP; 06.06.1986 – Vasco 1 x 0 Comercial-RP.

sábado, 22 de janeiro de 2011

TRAGÉDIAS DA COLINA - TERCEIRO VSC-FLA

                                               
Para o torcedor cruzmaltino, pode ter tragédia maior do que esta? Pois rolou. E já era pela terceira vez. Em 23 de janeiro de 1992, o Vasco uniu-se ao seu maior rival, o Flamengo, armando um combinado para enfrentar uma formação idêntica de Corinthians/Palmeiras. Foi para uma boa causa: um amistoso beneficente, no Maracanã, onde os paulistas fizeram 2 x 1. No primeiro tempo, a dupla carioca usou o uniforme rubro-negro e os visitantes o corintiano. Na etapa final, trocaram pelo vascaíno e o palmeirense, respectivamente. 

 Na marcha da contagem, quem primeiro engatou bola na rede foi o corintiano Paulo Sérgio, aos 34 minutos do primeiro tempo. Outro corintiano, Tupãzinho, aumentou, aos 11, da etapa final. Então com a camisa cruzmaltina, aos 44, Bebeto fez o gol que lavou a honra carioca.
 Com Carlos Alberto Parreira chefiando, o Vas/Fla foi: Gilmar; Luiz Carlos Winck (Vsc) (Uidemar), Alexandre Torres(Vsc), Wilson Gottardo (Jorge Luís (Vsc)) e Eduardo (Vsc) (Piá); Charles Guerreiro, Júnior (Geovani (Vsc)) e Zinho; Bebeto (Vsc), Gaúcho(Vsc) (Sorato)(Vsc) e William (Vsc)(Paulo Nunes). O Cor/Pal, reunido por Mário Jorge Lobo Zagallo, teve: Carlos (Ronaldo); Giba, Marcelo, Guinei e Dida (Odair); César Sampaio, Wilson Mano (Erasmo), Edu Marangon (Betinho) e Neto (Tupãzinho); Evair (Marcelinho Paulista) e Paulo Sérgio. O apito ficou com José Aparecido de Oliveira-SP.




HISTORI & LENDAS - ESTÁDIO ELÁSTICO

Em 1949, após o amistoso Vasco 1 x 0 Arsenal, da Inglaterra, a imprensa carioca divulgou que havia mais de 50 mil torcedores no Estádio de São Januário. Oficialmente foram registrados cerca de 24 mil.  Segundo o registro oficial, houve apenas pouco mais de 24 mil pagantes e sócios, mas que proporcionaram a renda de Cr$ 1.146.150,00, recorde sul-americano na época. Também oficialmente, o Vasco tem como maior público em sua casa 40.209, em 19/2/1978, no jogo Vasco 0 x 2 Londrina
IMPRESSIONANTEMENTE, uma renda para inglês ver, como se dizia, antigamente.

Final de 1999 – O atacante Edmundo volta a conviver, em São Januário, com Romário, com quem brigara em 1998. O ‘Animal’, inicialmente, aceita o ‘Baixinho’, com a promessa do presidente Eurico Miranda, de que Romário ficaria só no Mundial de Clubes da FIFA, em janeiro de 2000. Ambos fazem uma trégua e arrasam o inglês Manchester United. Edmundo, de costas para o marcador Mikaël Silvestre, com um toque na bola, o chapela, deixa-o caído ao chão, aplica outro toque na pelota, encobre o goleiro Bosnich e levanta a torcida vascaína no "Maraca": Vasco 3 X 1 .
BRIGA DE ANIMAL IRADO CONTRA BAIXINHO.

Final do Campeonato Carioca de 1987 - Mílton Queiroz da Paixão, o meia-atacante carioca vascaíno tinha valentia, habilidade, velocidade e boa pontaria. Campeão brasileiro, em 1989, e da Taça Guanabara de 1990, ele marcou o gol do título estadual de 1987, na final contra o Flamengo. E comemorou correndo com a camisa encobrindo o rosto, gesto que passou a ser imitado pelo país inteiro.
DATA FATAL: para os flamenguistas, que revelaram Tita, aquilo não poderia ter sido verdade. Mas Tita nascera mesmo no “Dia da Mentira” – em primeiro de abril de 1958. 

   

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

HISTORI & LENDAS DAS COLINA - ALA

                                       Fotos reproduzidas de Manchete Esportiva         
 Esta foto, clicada por de Jader Neves, mostra, ao lado do massagista Mário Américo, o ponteiro Sabará e o meia Válter Marciano formando a ala direita da Seleção Brasileira que venceu a de Portugal, amistosamente, em 8 de abril de 1956, no Vale do Jamor, por 1 x 0, onde foi construído o Estádio Nacional de Lisboa. Publicada pelo Nº 22 da “Manchete Esportiva” de 21 de abril de 1956, a foto era anunciada pela reavista como “Ektachrome”, para valorizá-la.

 No inicio da temporada-1956, o Vasco havia disputado 15 partidas, empatando duas e caindo em mais duas, entre 8 de janeiro e 24 de março. Uma semana depois, a rapaziada saiu para uma excursão à Europa e à Venezuela, vencendo 14 e empatando três das 27 partidas disputadas, entre 31 de março de 20 de julho. Como Sabará e Válter estavam ema grande forma, foram convocados pelo treinador Flávio Costa para a primeira excursão da Seleção Brasileiras à Europa. Antes, só havia jogado Copas do Mundo no Velho Continente.
No amistoso contra os portugueses, o Brasil venceu por 1 x 0, com gol marcado por Gino e o time formou com: Gylmar: Djalma Santos, e De Sordi (Pavão); Nilton Santos, (capitão), Zózimo e Roberto Belangero; Sabará, Válter, Gino, Didi e Canhoteiro (Escurinho). No jogo seguinte, três dias depois, a dupla foi mantida par começar a partida que terminou no 1 x 1, com a Suiça, em Zurique. 

Djalma Santos, De Sordi, Nilton Santos, Gylmar, Zózimo e Belangero (em pé, da esquerda para a direita); Sabará, Válter, Gino, Didi e Canhoteiro, agachados na mesma ordem.

HISTORI & LENDAS DA COLINA - BRITO

                      
Foi em 30 de maio a estreia de Brito na Seleção Brasileira. Durante a goleada, por 5 x 1, sobre a Inglaterra, no Maracanã, pela Taça das Nações. 
Convocado pelo treinador Vicente Feola, ele estreou assistido por 76.859 pagantes, na formação que teve: Gilmar; Carlos Alberto Torres, Brito, Joel Camargo e Rildo; Roberto Dias e Gérson; Julinho, Vavá, Pelé e Rinaldo.  

Cria de São Januário, por 12 temporada, após a saída de Hideraldo Luís Bellini, em 1962, Hércules Brito Ruas honrou a genealogia dos grandes zagueiros centrais vascaínos, iniciada por Luis Gervazoni, o Itália, que disputou a primeira Copa do Mundo, a de 1930, no Uruguai. Até o surgimento de Dedé (Anderson Vital da Silva), que já marcou 15 gols, em 122 jogos, Brito foi o maior zagueiro-artilheiro cruzmaltino, com 7 bolas no filó. Só que, no seu tempo, não era comum um defensor se aventurar a marcar gols. (foto reproduzida de www.crvascodagama.com.br). Agradecimento                                             

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PRIMEIROS OLÍMPICOS DA COLINA


Mauro, Carlos Alberto, Vadir, Zózimo, Adésio e Edson (em pé, da esquerda para a direita),
Milton, Humberto, Larry, Vavá e Jansen (agachados, na mesma ordem).
Os atacantes Vavá e Jansen, o apoiador Adésio e o goleiro Carlos Alberto Cavalheiro foram os representantes da Colina na Seleção Brasileira que disputou o torneio de futebol dos XV Jogos Olímpicos, em 1952, em Helsinque, capital da Finlândia.
O Brasil estreou goleando (5 x 1) a Holanda. Depois, passou (2 x 1), por Luxemburgo. Nas quartas de final, caiu (2 x 4) ante a então Alemanha Ocidental, na época separada de outra parte do seu território, pelo Muro de Berlim. Foi a primeira participação brasileira na modalidade em Olimpíadas. Nos 5 x 1 sobre os holandeses, em 16 de julho, no Estádio Municipal de Turkku, perante 9.809 pagantes, Vavá marcou o último tento, aos 85 minutos, seu único na competição. Treinado por Newton Cardoso Alves, o time-base era: Carlos Alberto; Waldir (Bonsuc), Mauro Rodrigues (Flu) e Zózimo (Bang); Adésio (Vsc) e Édson (Bang); Milton (Flu), Humberto Tozzi (S.Crist-RJ), Larry (Flu),Vavá (Vsc) e Jansen (Vsc). (fotos reproduzidas da revista "Esporte Ilustrado").
 FICHAS DOS OLÍMPICOS DA COLINA - CARLOS ALBERTO – Carioca e cruzmaltino, entre 1951 e 1957, o goleiro nascido em 25 de janeiro de 19312, viveu até 29 de junho de 2012. Colecionou os títulos de campeão carioca de 1956 e dos Torneios de Paris e Troféu Teresa Herrera, ambos em 1957, e da Copa Rio de Janeiro de 1953.
Por ser da Aeronáutica, Carlos Alberto jogava como amador. Em 1958, trocou o Vasco pela Portuguesa de Desportos, a qual defendeu até os inícios da década-1960. Além dão quinto lugar na Olimpíada da Fainlândia, seu currículo incluiu os Jogos Pan-Americanos de 1959, nos Estados Unidos, de onde voltou vice-campeão. Carlos Alberto foi, ainda, cartola, em São Januário, e na Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF) na década-1970.

Vavá (D) mandou uma bola na rede no jogo contra os holandeses
ADÉSIO – Pernambucano, de Recife, Adésio Alves Machado viveu entre 1º de dezembro de 1933 e 2 de julho de 2009, tendo sido mais um atleta buscado pelo Vasco no Sport Recife, do qual vestiu a camisas entre 1947 a 1950. Desembarcou na Colina, em 19 de janeiro de 1951, como juvenil, levado pelo empresário Cier Barbosa. Ficou cruzmaltino até 1958, quando mudou-se para o Canto do Rio. Defendeu, ainda,Bangu e Deportivo Español, da Venezuel, e América-MG.
JANSEN – Carioca, de 10 de julho de 1927, e viveu até 10 de julho de 2010. Cria das bases vascaínas, em 1943, foi campeão carioca de aspirantes, em 1948/1949. Ponta-esquerda, subiu ao time principal, em 1950, para empurrar o “Expresso da Vitória” e ser campeão estadual do ano e em 1952. Por ser amador, pôde participar da primeira seleção olímpica do futebol brasileira. O seu único tento (em três jogos), nos 5 x 1 sobre a Holanda (16/07/1952) foi o primeiro de um cruzmatino em Olimpíadas.
Pelo time principal do Vasco, Jansen disputou cerca de 50 jogos e marcou 17 gols. Posteriormente, jogou na Ponte Preta-SP (1953-1954), onde finalmente se profissionalizou, e no Corinthians-SP (1955-1956).
VAVÁ – Pernambucano,nascido em 12 de novembro de 1934, em Recife, viveu até 19 de janeiro de 2002. Como vascaíno, foi campeão carioca em 1952/1956/1958, sendo, também, neste último, do Torneio Rio-São Paulo e da Copa do Mundo da Suécia, deixando cinco bolas nas redes. Centroavante, Vavá era raçudo, oportunista e sem medo de bolas divididas. Em 1949, nas divisões inferiores do Sport Recife, era maia-armador, pela esquerda, mudando de ofício no ano seguinte. Foi sob o comando doa técnico Flávio Costa que virou homem de área.
Assim que chegou à Colina, em 1952, foi para o time juvenil e ficou campeão carioca e brasileiro de amadores. No mesmo ano, marcou o gol do título carioca de profissionais dos vascaínos, na penúltima rodada, nos 2 x 1 sobre o Bangu. Despediu-se da Colina após a Copa do Mundo de 1958, num jogo noturno em que fez os todos os tentos – um deles de bicicleta, da meia-lua da grande área – em Vasco 3 x 0 São Cristóvão. (FDOTOS REPRODUZIDAS DE ESPORTE ILUSTRADO). 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

FERAS DA COLINA - MÁRIO TILICO

  O atacante Mário “Tilico” chegou à Seleção Brasileira, sim. Mas já não era vascaino
Mário e Edu Coimbra instruídos por Aymoré Moreira
 quando isso aconteceu. Em 1967, a então Confederação Brasileira de Desportos-CBD, antecessora da CBF, convocou 19 atletas, para disputar a Taça Rio Banco, com o Uruguai. 
Para comandar a rapaziada, recuperou o treinador Aymoré Moreira, que havia sido bicampeão na Copa do Mundo do Chile-1962 e andava abandonado pela entidade.
 Convocada a patota – incluía o zagueiro vascaíno Jorge Luís –, tempinho depois, foi preciso dispensar, por contusões, o zagueiro Scala, do Internacional, e o atacante Leivinha, da Portuguesa de Desportos. Com isso, o Biscoito – como muitos jornalistas se referiam a Aymoré – chamou o Mário, que já estava no Bangu, e Edu Coimbra – outro que vestiu a jaqueta cruzmaltina –, do América-RJ.
Mário “Tilico” não entrou em nenhuma das três partidas contra os uruguaios, pela Copa Rio Branco. Foi ter a sua chance no amistoso de 19 de setembro de 1967, no Estádio Nacional de Santiago do Chile, contra os anfitriões, vencidos, por 1 x 0, diante de 41.739 pagantes, com gol marcado por Roberto Miranda, do Botafogo. O time, à base do Botafogo, foi dirigido por Mário Jorge Lobo Zagallo e teve: Manga; Moreira, Zé Carlos, Sebastião Leônidas e Paulo Henrique (Fla); Denílson (Flu) e Gérson; Paulo Borges (Bang), Mário “Tilico”, Roberto e Paulo Cesar “Caju” (Rinaldo (Flu).                
Veja nas fotos reproduzidas da Revista do Esporte o técnico Aymoré Moreira instruindo, durante um treino,  Mário e  Edu. Na  equipe formada, usando a camisa azul,  vemos, em pé, da esquerda para a direita: Everaldo. Jorge Luís,Félix, Roberto Dias, Clóvis, Jurandir e Sadi; agachados, na mesma ordem: Nocaute Jack (massagista) Mário, Alcindo, Ivair, Paes, Volmir, Edu e Mário Américo (massagista).  O “Kike” não descobriu de que amistoso, ou jogo-treino, foi a fotografia, batida no Maracanã. Vamos perguntar ao nosso consultor Mauro Prais.          
Amaro Gomes da Costa é o verdadeiro nome de Mário “Tilico”, nascido, em 30 de abril de 1942, na pernambucana Recife.  Ele chegou ao Vasco, em 1963, e ficou até 1965. Contratado junto à Portuguesa de Desportos, apresentou-se ao treinador Jorge Vieira, quando a equipe excursionava ao México, em janeiro daquele 63.  Marcou o seu primeiro gol em 10 de fevereiro, contra El Salvador, amistosamente, durante o giro. Oficialmente, só estreou em 21 de setembro, em Vasco 1 x 1 Bangu, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca.  Entrou no time pela ponta-esquerda, formando este ataque: Maurinho, Maranhão, Altamiro, Lorico e Mario – na defesa, Ita; Joel, Brito e Dario; Écio e Barbosinha. Já o primeiro gol vascaíno de Mário saiu diante do maior rival, o Flamengo, em 15 de novembro de 1963 – marcou, ainda, contra o Botafogo e o Bangu  Em 10 de novembro, em Vasco 4 x 1 Madureira, passou para o meio, formando dupla com Célio, ocupando a vaga que era de Saulzinho.
À “Revista do Esporte” Nº 228, de 20 de julho de 1963, Mário contou que deveria ter chegado à São Januário desde 1960, quando havia preparado uma fuga, acompanhando o companheiro Vevé (Everaldo Lopes), não realizando seu  intento porque o parceiro bateu com a língua nos dentes. “Alguns jornais de Recife publicaram e os meus pais descobriram”, revelou.
Mário foi cria do Santa Cruz, a partir dos seus 12 anos de idade. Em 1955, já era juvenil. Em 1956, o treinador Ricardo Diez o lançou no time principal, como ponta-direita. Cinco meses depois, passou para a esquerda. Em 1962, o treinador Oto Glória pediu a sua contratação e a Portuguesa de Desportos pagou Cr$ 3 milhões para levá-lo. No entanto, um pernambucano acostumado com muito calor não se deu bem no clima frio de São Paulo. No dia 5 de janeiro de 1963, o Vasco ofereceu Cr$ 5 milhões e ele foi-se apresentar ao treinador Jorge Vieira, durante uma excursão ao México.         
 Mario teve um filho, Mário de Oliveira Costa, que herdou-lhe o apelido. Cria das divisões de base de São Januário, chegou a jogar pelo time A, em 1985. Negociado com o São Paulo, destacou-se como uma dos grandes atacantes brasileiros oitentistas.


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

GOL DE PLACA-VSC EM BRASÍLIA

Além do "Rei Pelé", em 20 de março de 1974, durante Ceub 1 x 3 Santos, pelo Campeonato Brasileiro, que era chamado de Copa Brasil, o atacante vascaíno Romário  foi o único a marcar um gol de placa no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Aconteceu em 23 de outubro de 1986, quando o Vasco mandou 3 x 1 no então campeão candango, o Sobradinho, pela mesma disputa.
Romário construiu golaço diante do Sobradinho 
Era uma noite de quinta-feira e o time cruzmaltino já colocava 2 x 1 na conta. Aos 33 minutos do segundo tempo, o "Baixinho" fez o gol que valeu pelo ingresso: driblou três adversários e o goleiro Bocaiuva, para mandar a bola na rede do Leão da Serra. Golaço, golão, assistido por 22.076 pagantes, que deixaram nas bilheterias da casa a renda de Cz$ 664 mil e 700 cruzados, a moeda da época.
Os vascaínos abriram o placar, aos 5 minutos, por intermédio de Roberto Dinamite, cobrando falta, da entrada da área: bola no canto esquerdo defendido por Bocaiuva. Pena que, 14 minutos depois, Roberto tivesse que ser substituído, por Mauricinho. A Tuma da Colina caiu de produção, o Sobradinho cresceu e, aos 35 minutos, Filó, também cobrando falta, empatou: 1 x 1.
No segundo tempo, porém, o Vasco dominou, completamente, o Leão. Aos 5 minutos, o zagueirão Juninho colocou 2 x 1 no placar, de cabeça, escorando escanteio saído da direita. A rapaziada seguiu dominando, e o goleiro Acácio transformou-se num autêntico assistente da partida apitada pelo árbitro de Santa Catarina, Ulisses Tavares.
O Vasco formou com: Acácio; Paulo Roberto, Juninho, Donato e Pedrinho; Josenilton, Gersinho e Geovani; Mazinho, Roberto Dinamite (Mauricinho) e Romário. Técnico: Joel Santana. O Sobradinho foi: Bocaiuva; Carlão, Tobias, Rildo e Lourenço; Chiquinho, Filó e Wellington: Régis, Toni e Michael (Jamil). Técnico: Pedro Pradera.
JOGO DE VOLTA - Em 30 de novembro do mesmo 1986, em São Januário, o Vasco goleou o Sobradinho, por 4 X 0, e Romário voltou a marcar. Era um domingo e o "peixe" voltou a anotar o terceiro tento em um novo encontro: aos 37 minutos do segundo tempo. Antes, Mazinho abrira o placar, aos aos 27 min do primeiro tempo, e Henrique aumentara, aos 23. Por fim, Claudinho fechou a fatura, aos 42, da etapa final.
O prélio teve público de 5.742 pagantes e renda de Cz$ 173.940. O maranhense Josenil dos Santos Sousa apitou e o Vasco, ainda treinado por Joel Santana, alinhou: Acácio; Chiquinho, Souza, Fernando e Lira; Donato, Mazinho e Geovani; Santos, Romário, Henrique (Claudinho). Técnico: Joel Santana. O Sobradinho teve: Déo; Chiquinho, Ari, Rildo e Lourenço; Demétrio, Zé Nilo e Filó; Régis,Toni, e Mauro (Nilson). Técnico: Bugue. (foto reproduzida do arquivo do Jornal de Brasília). Agradecimento.

VASCO HUMANITÁRIO EM BRASÍLIA

Campeão brasileiro, em 1974, o ponta-direita Jorginho Carvoeiro passava por terríveis problemas de saúde. Para ajudá-lo nas despesas do tratamento, o Vasco veio a Brasília, no dia 19 de dezembro de 1975, disputar um amistoso, com a Seleção da FUGAP (Fundação de Garantia ao Atleta Profissional), com toda a renda revertida para o jogador – Cr$ 275 mil cruzeiros divulgados pelo serviço de som do estádio.
Por se tratar de jogo humanitário, do qual vários craques fizeram questão de participariam, o atacante argentino Doval –  ídolo das torcidas do Flamengo e do Fluminense – vestiu a camisa vascaína, no segundo tempo, substituindo Roberto Dinamite. O "Rei Pelé", também, participou da programação, e só não jogou porque o seu clube, o Cosmos, de Nova York-EUA exigira um seguro, de Cr$ 30 milhões de cruzeiros. Pelé hasteou a bandeira do Distrito Federal, enquanto Agathyrno Silva Gomes, o presidente cruzmaltino, subiu a do seu clube. O cantor Martinho da Vila, torcedor vascaíno, e o ex-jogador Ademir Menezes, goleador do time de São Januário, na década-50, também participaram de tudo.
ESQUADRA NO PORTO - Eram 16h15, quando o Vasco pisou no gramado do estádio que ainda se chamava Hélio Prates da Silveira, em homenagem ao governador que iniciara a sua construção, jamais concluída. Recebido por uma salva de fogos, o time carioca, pouco depois, era seguido pelo adversário. Quando a bola rolou, os dois times se igualaram em ações. E, como os cruzmaltinos desperdiçaram várias chances de gol – o centroavante Dé só era contido à base de faltas – o castigo saiu aos 15 minutos, quando o atacante cruzeirense Palhinha abriu o placar: FUGAP 1 x 0.
Na etapa final, as duas equipes trocaram varias peças, mas a boa movimentação continuou. A  equipe da FUGAP fez 2 x 0, aos 32 minutos, por intermédio do botafoguense Marinho Chagas. Cinco minutos depois, o Vasco diminuiu o placar, num chute de Galdino, de fora da área, num "frangaço" do goleiro Emerson Leão.
O Vasco jogou com: Andrada (Mazaropi); Paulo César (Fidélis), Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir (Ademir) e Zanata; Jaburu (Jair Pereira), Roberto Dinamite (Doval), Dé e Luiz Carlos (Galdino). A Seleção da Fugap foi: Valdir Peres (Leão): Orlando Lelé, Alex, Wilson Piazza (Edinho) e Marco Antônio (Rodrigues Neto); Geraldo (Dudu) e Paulo César (Zé Mário); Gil, Palhinha (Flecha), Zé Carlos (Paulo Isidoro) e Marinho Chagas. O árbitro foi Oscar Scolfaro (SP), auxiliado por Emydio Marques de Mesquita (SP) e Arnóbio Passos, da então Federação Metropolitana de Futebol.

INCOMPLETO - Na metade de 1996, o Vasco disputou um torneio, “pela metade”, em Brasília. Explica-se: as federações de futebol do RJ e do DF combinaram de promover a Copa Rio-Brasília, um triangular reunindo, ainda,  Botafogo e Sobradinho Esporte Clube.
No dia 12 de julho, o “Leão da Serra”, como é chamado o Sobradinho, empatou, por 1 x 1, com o Botafogo. Dois dias depois, os alvinegros venceram o Vasco, por 2 x 0. Os vascaínos, ainda, tinham chances de levarem a taça, no saldo de gols, caso vencessem os sobradinhenses.Mas o jogo entre eles não foi realizado. Melhor para os botafoguenses, que carregaram o troféu.
Vasco 0 x 2 Botafogo, em 14 de julho de 1996, foi no Estádio Mané Garrincha, com a Turma da Colina formando com: Carlos Germano; Bruno Carvalho, Sídnei (Sandro), Alex e Cássio; Leandro, Luisinho, Juninho Pernambucano e Válber (Vítor); Alessandro (Brener) e Gian (Pedro Renato). Técnico: Carlos Alberto Silva. O Botafogo jogou com: Carlão; Wilson Goiano, Alemão, Jefferson e André Silva; Souza, Otacílio, Marcelo Alves (Niki) e Bentinho; Mauricinho e Túlio. Técnico: Ricardo Barreto. Túlio, aos 27 minutos do primeiro tempo, e Bentinho, aos 13 da etapa final, marcaram os gols. O árbitro foi o brasiliense Luciano Augusto de Almeida, o público pagante de 5.693 e a renda de R$ 59.860,00.
 Vasco devolveu a derrota, no dia 24 de janeiro de 1998, num sábado, por 1 x 0, valendo pelo Torneio Rio–São Paulo. O gol foi de Ramon, no primeiro minuto de jogo. Paulo César de Oliveira (SP) apitou a partida que teve público pagante de 12. 788 e renda de R$ 135.556,00. O Vasco jogou com: Carlos Germano; Vitor, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nelson (Fabrício) e Pedrinho; Donizete, Ramon (Alex) e Luizão (Dia). Técnico: Antônio Lopes. O Botafogo alinhou: Vágner; Wilson Goiano, Gonçalves, Jorge Luís e Jefferson; Alemão (Djair), França e Marcelo Alves (Jorge Antônio); Tico Mineiro (Zé Carlos), Túlio e Bebeto. Técnico: Gílson Nunes.
Em 7 de fevereiro de 1998, o Vasco voltaria a enfrentar o Botafogo, em Brasília, no mesmo estádio. Numa tarde de sábado, valeu, de novo, pelo Rio-São Paulo e terminou nos 2 x 2. O Vasco abriu o placar, aos 21 minutos do primeiro tempo. Pedrinho cobrou escanteio, o goleiro alvinegro Vágner falhou, e Luizão cabeceou, para a rede (foto). O Botafogo empatou, aos 27, num pênalti cobrado pelo baiano Bebeto.
No segundo tempo, aos 27 segundos, o vascaíno Richardson desempatou, num gol de placa. Dada a saída, ele pegou a bola, pela intermediária, driblou quem pintou pela frente, jogou-a por entre as pernas do zagueiro Marcelo Augusto e finalizou, rasteiro. Aos 36 minutos, os alvinegros empataram, em cobrança de falta, por Bebeto.
O Vasco jogou com: Márcio; Vítor, Odvan, Alex e Felipe; Luisinho, Nasa (Richardson) (Dias) e Pedrinho; Ramon (Fabrício) e Luizão (Sorato). Técnico: Antônio Lopes. O Botafogo foi: Vágner; Wilson Goiano (Jorge Antônio), Jorge Luís, Marcelo Augusto e Jefferson; Pingo, França (Marcelo Alves) e Djair; Zé Carlos (Tico), Bebeto e Túlio ‘Maravilha’. Técnico: Gílson Nunes. O árbitro foi Luciano AlmeiDa, do DF, o público de 10.476 e a renda de R$ 119.670,00.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

HISTÓRIAS DO KIKE - O ÚLTIMO TRI DO REI

  Perto de uns 15 minutos para as 23 horas. Neste horário, há 44 temoradas, o “Rei Pelé” conquistava o seu último tri do Campeonato Paulista, história iniciada em 1960/61/62. Rolou em noite chuvosa do 21 de dezembro de 1967, no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o chamado Pacaembu, da capital paulistana, diante de 43.627 pagantes, em jogo desempate, pois Santos e São Paulo haviam terminado o Paulistão igualados.

 O “Rei” começou perdendo: no sorteio do uso dos uniformes. Por conta daquilo, os são-paulinos puderam usar a sua tradicional camisa listrada (vermelho, preto e branco), além de calções brancos, sobrando para os santistas fardamento todo em branco, o que significava tornar-se, rapidamente,  marrom, por causa do gramado enlameado. Sem problemas! Em apenas três minutos de pugna, o “10” resolveu a parada. Com dois passes precisos, aos 10 e aos 13 minutos, ajudou Edu Américo e Toninho Guerreiro a colocarem 2 x 0 no placar. O São Paulo só conseguiu descontar, a dois minutos do final da partida, por conta de Babá.      

Não muito depois de o árbitro Armando Marques -esteve auxilado poe Eraldo Gôngora e Wilson Medeiros -  fazer o seu apito final,  Pelé desabafou, diante do microfone de emissora de rádio: “O Santos ainda não está acabado, como andan dizendo”. Em seguida, extravasando, ainda mais, aquele momento, não tomou conhecimento da chuva e tirou a sua camisa 10 para fazer a volta olímpica dos campeões, recebendo muitos aplausos.

O são-paulino Roberto Dias (E), antes do jogo, imaginava que poderia parar o "Rei", mas terminou batido por Pelé - foto reproduzida da Revista do Esporte

  Enquanto Pelé vibrava, do lado são-paulino, um homem exalava muita tristeza pela perda do titulo: o treinador Sylvio Pirillo. Fora ele quem primeiro convocou Pelé para a Seleção Brasileira. Durante a noite de 19 de junho de 1957, ele foi ao Maracanã assistir Combinado Vasco/Santos 6 x 1 Belenenses, de Portugal. Ficou impressionado com um garoto, de 16 de idade, que marcara três gols, e não deu outra: dois meses depois, o convocou para enfrentar a Argentina, pela Copa Roca.

A noite em que Pelé conquistou o seu último tri estadual ele fazia chorar, também, o seu capitão no título mundial de 1958, pela Seleção Brasileira, na Suécia, o veteraníssimo Hideraldo Luís Bellini. E marcou, ainda, uma outra história: após a partida, Zito (José Eli de Miranda, bicampeão mundial-1958/62) abraçou o jovem meio-campista Clodoaldo, que havia feito grande partida, e anunciou que, a partir de então, seria só o supervisor do departamento de futebol do Santos, pois vira que o clube já tinha o cara ideal para substituí-lo - Clodô foi campeão mundial 1970, como titular absoluto da Seleção Brasileira.

O Santos do último tri paulista do “Rei do Futebol” alinhou: Cláudio Mauriz; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Carmargo e Rildo; Cloldoaldo e Buglê; Wilson Tergal, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu Américo, treinador por Antoninho, isto é, Antônio Fernandes, que fora auxiliar-técnico de Lula (Luís Alonso Peres). O São Paulo teve: Picasso; Renato, Bellini, Roberto Dias e Edílson; Lourival e Nenê; Válter, Djair, Babá e Paraná. Fora o décimo título santistsa de campeão paulista, este, em 27 jogo, com 17 vitórias, nove empates e só uma excorregada. Maracou 63 e levou 33 gols.