Vasco

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

HISTÓRIAS DO KIKE - PRIMEIRO BRASILEIRÃO DO TIME DO CEUB

  O Ceub havia até animado a sua torcida, ao empatar (0 x 0), com o Botafogo, em sua estreia no Campeonato Nacional – 25.08.1973 -, no já demolido  Pelezão. Quatro dias depois, foi ao Belfort Duarte, em Curitiba, e saiu daquele estádio amargando 1 x 2 Coritiba, com seu gol marcado pelo meia Péricles. A primeira vitória aconteceu  - 31.08.1973 – diante do catarinense Figueirense (2 x 1), com Péricles aumentando a sua “carga golática”, para dois tentos aumulados.

  Enfim, dois pontos, mas o treinador João Avelino não escapou de críticas. O torcedor ceubense não entendia porque ele havia tirado de campo o centroavante Dario Paracatu, deixando só Xisté, homem de armação, pra brigar na frente com os becões malvados. Outra crítica era pela escalação do meia Renê, pela direita, quando o cara era jogador, tipicamente, de meiúca. Sobraram críticas, também, para a Federação Metropolitana de Futebol-FMF. Motivo: o placar parou de funcionar quando o Ceub vencia por 2 x 0. Muitos acharam que teria havido boicote de informação no gol do Figueirense – aos 15 minutos do segundo tempo. Nada disso: falha técnica, mesmo. Então, decidiu-se desligá-lo.

 Da parte de elogios, quem se deu bem nessa foi o veterano lateral-esquerdo Rildo (ex-Botafogo, Santos e Seleção Brasileira). Entusiasmou a galera mostrando muito fôlego pra atacar, chegar à linha de fundo e fazer cruzamentos. Se o Pezão (apelido do Péricles) não tivesse batido na rede, em duas oportunidades – as 14 e aos 31 minutos do primeiro tempo -, o “velhinho”  teria sido eleito o melhor da partida. Ceub da vez: Rogério; Oldair Barchi, Paulo Lumumba, Emerson Braga e Rildo; Jadir, Cláudio Garcia e Péricles; Marco Antônio, Dario (Renê) e Xisté.

 Fora de Brasília, a primeira vitória ceubense foi por 1 x Paysandu-PA, em 3 de novembro de 1973, no Estádio Evandro Almeida, em Belém do Pará, apitada por Osires Pizzol-ES, com gol marcado por Juraci, renda de Cr$ 37 mil, 320 cruzeiros e público não divulgado. O time atuou com: Rogério; Cláudio Oliveira, Paulo Lumumba, Emerson Braga e Rildo (Adevaldo); Alencar e Jadir; Fernandinho Goiano, Péricles (Gilbertinho), Juraci e Xisté. Técnico: Cláudio Garcia. Detalhe: o treinador do Paysandu era João Avelino, que comandara o time ceubense pelos inícios do Brasileiro e fora demitido após derrota, em casa, para o Fortaleza, quando Cláudio Garcia assumiu o comando da rapaziada. 

 Naquele Brasileiro, o Ceub foi para a repescagem, fase que dava chance de as equipes de se recuperarem. O seu primeiro da etapa rolou durante a noite de 25 de outubro de 1975, vencendo a capixaba Desportiva–ES, por 2 x 0. Naquela etapa, entraram os times que ficaram nas últimas seis colocações do Grupo D –  Náutico-PE (15 pontos)); CSA-AL e Bahia (13); Ceub (11) e Desportiva-ES (9) – Internacional-RS (23); São Paulo (21); Vasco da Gama e Goiás )18) e Sport-PE (17) haviam sido os melhores.

 Por vir o segundo jogo desta etapa fora de casa, contra o alagoano Centro Sportivo Alagoano-CSA, o time ceubense estava obrigado a vencer a Desportiva, no Estádio Governador Hélio Prates da Silveira (atual Mané Garrincha), para jogar mais tranquilo, em Maceió. Mas não foi fácil. O time visitante veio muito fechado e, pra piorar, o Ceub insistia em tentar penetrações pelo meio da área fatal capixaba, onde a ‘Tiva“ (apelido do time visitante) mantinha um tremendo “cadeado”.

 Aos 33 minutos no entanto, o lateral-esquerdo Adalberto subiu no rumo do arco dos visitantes, viu o atacante Fio Maravilha bem colocado e fez um cruzamento perfeito, para o ex-atacante do Flamengo cabecear e abrir o placar: Ceub 1 x 0, placar da primeira etapa – Fio comemorou o gol, loucamente, como se tivesse sido o primeiro de sua carreira, que incluía “golões”, no Maracanã, e até valeu-lhe música tributo e o apelido que ficou famoso.

 No segundo tempo, o Ceub melhorou o seu rendimento, mas só aos 33 minutos chegou ao segundo tento, marcado por Marco Antônio, lançado por Péricles e executando o goleiro quando este saía do arco para tentar a defesa.

O jogo rendeu Cr$ 28 “milhas” (gíria da época), foi apitado por Carlos Costa-RJ (auxiliado por Urias Crescente e Sérgio Bertagnoli) e não teve público divulgado. Treinado por Raimundinho (Antônio Fabiano Ferreira era o seu verdadeiro nome), o Ceub alinhou: Jair Bragança; Fernandinho, Cláudio Oliveira, Emerson Braga e Adalberto (John Paul); Alencar, Péricles e Moreira; Julinho, Marco Antônio e Fio Maravilha. A Desportiva foi: Edalmo; Daniel (Paulinho), Juci, Elci e Batista; Sérgio e Gérson; Guará, Kosilek, Zezinho (Suingue) e Evandro.

Os demais resultados do Ceub na repescagem foram: 1 x 1 CSA-AL (fora); 0 x 2 Americano-RJ (em casa); 1 x 2 Bahia (em casa) e 0 x 3 Náutico-PE (fora). Tais números deixaram o time ceubense em quinto lugar, com quatro pontos, em cinco jogos, atrás de Náutico (13), Bahia (9), Desportiva (6) e Americano (5). Só à frente do CSA (1). Marcou quatro e levou oito gols.  

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