Vasco

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sábado, 4 de agosto de 2012

CALENDÁRIO - 4 E 5 DE AGOSTO

 4 DE AGOSTO
Uma cortada de papo, uma afogada e uma endiabrada. Assim se pode apelidar três vitórias cruzmaltinas nos 4 de agosto. Teve estrepolias, também, do outro lado do mundo. É o que veremos agora, começando com o bota abaixo em cima do Palestra Itália, futuro Palmeiras.
Vascaínos e palestrinos formaram uma grande amizade nos tempos do amadorismo, quando o rival não contava que, futuramente, teria de trocar de nome. No rol dessa amizade, por sinal, inclui-se uma ajuda  da “Turma da Colina”, ao adversário, na compra do terreno onde os paulistanos construíram o se patrimônio. Assim, entre 28 de setembro de 1924 e 31 de dezembro de 1929,  os dois “chapinhas” se encontraram por oito vezes, amistosamente, com duas vitórias para cada lado e quatro empates – o maior escore foi vscaíno, 4 x 0, em 18 de dezembro de 1927. 
Chegado o profissionalismo, o equilíbrio prosseguiu, por mais 15 jogos com oito igualdades no filó. “Vitoricamente”, os crumaltinos ficaram devendo uma (3 x 4), nessa história que vai até 18 de agosto de 1940. Mas enquanto rolava a II Guerra Mundial, que obrigou o Palestra a ser Palmeiras, o Vasco virou o “placar da batalha”, com três triunfos  e dois empates, entre 14 de fevereiro de 1943 e 18 de julho de 1945,  dois meses e um “time de dias” (11) após a rendição da Alemanha Nazista. Em suma: enquanto os “Aliados” sumiam com Adolph Hitler, o “Time da Virada” virava uma outra história, de 3 x 4, para 6 x 4, durante a pugna pós-guerra.
Vamos conferir várias batalhas nos gramados:

VASCO 3 X 1 PALESTRA  ITÁLIA, em 4 de agosto de 1937, foi o 21º dos 23 encontros entre os dois “amigões” nos velhos tempos do amadorismo. Se bem que os vascaínos eram “um tanto quanto marronzinhos”. E, como rolou duas pugnas pelo Torneio Rio-São Paulo, ambas em 1933, aquele foi o 19º amistosão – houve mais um duelo amadoristas do “RJ-SP”, em 1940.  O duelo em foco, como diriam os redatores de antigamente, foi em São Januário, em uma quarta-feira,  com Kuko, Raul e Feitiço estragando as redes palestrinas. O uruguaio Carlos Scarone era o chefe da rapaziada, que se chamava: Rey, Poroto, Itália, Zarzur, Calocero, Rafa, Raul, Lindo, Kuko, Feitiço e Luna.

DETALHES -  O placar mais insistente desse confronto tem sido 2 x 1, já repetido em 21 oportunidades. Segue 1 x 1, em 18 vezes. Quanto às goleadas, por três ou mais bolas nas redes, já são 19, com a maior vascaína estando nos 5 x 1 do Torneio Rio-São Paulo de 1999, no Parque Antárctica, o reduto palmeirense.
 Em São Januário, o primeiro duelo foi em 18 de dezembro de 1927, oito meses depois da inauguração do então maior estádio brasileiro, com Vasco 4 x 0, amistosamente. No Pacaembu, que tirou da casa cruzmaltina o título de “principal” desse país, o primeiro rolou em 14 de fevereiro de 1943, terminado no 1 x 1, com Jair, que vestiu a camisa do time paulista, tempos depois,  conferindo o barbante para a galera carioca.
A seguir, confiramos outros estragos no 4 de agosto.  (Foto acima de Jair Rosa Pinto reproduzida de www.osgigantesdacolina.blogspot.com e abaixo da revista "O Cruzeiro). Agradecimento.

VASCO 1 X 0 BOTAFOGO –Quando saía para colocar os pés na quentura, a “Turma da Colna” mandava uma brasa, mora? Não perdia mesmo a viagem. Como no 4 de agosto de 1962. Foi ao Maracanã mandar os alvinegros prá fogueira. E deixou a coivara por conta do glorioso paulista João Faria,  o Lorico, aos 51 minutos. Aquela pegada mais leve aconteceu no Maracanã, apitada por Armando Marques, levada ao palcar por este moçada: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Vevé, Saulzinho e Tiriça.

 VASCO 2 X 0 AMÉRICA-RJ – Jogo dos tempos dos Campeonatos Cariocas. Ainda nem se sonhava com os Estaduais-RJ, que só pintaram ao final da década-1970. Por aquela época em que o Rio de Janeriro ainda reclamava da perda do glamour de não ser a capital do país, rótulo  herdado por Brasíia-1960, a “Turma da Colina” encarou os americanos no 4 de agosto de 1963, um domingo, no Maracanã. Machucar o “Diabo” naquele tarde era mais do que uma obrigação, afinal, em 12 pega-fogos infernais na década-1960, a rapaziada já havia vencido sete, entre 26 de março e 25 de novembro, em pugnas do Carioca (8), do Torneio Rio-São Paulo (3) e um amistoso. E asssim se cumpriu a sina de abater o velho freguês. Célio e Altamiro apagaram a “fogueira diabólica”, cumprindo ordens do chefe Jorge Vieira, que tinha uma turma demonizada, pelo menos, durante aqueles 90 minutos. Eles eram: Humberto Torgado; Joel, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Maranhão; Joãozinho, Altamiro, Célio  e Milton.
VASCO 1 X 0 FLAMENGO - Este foi jogo de placar magro, com sabor de goleada. Naquele domingo, no Maracanã, a rapaziada quebrava um tabu, de quatro pugnas, sem vencer o seu maior adversário, por Brasileiros unificados. Quem acabou com a velha história foi Sorato, aos 62 minutos. E olhe que o carinha estava esquentando o banco. Turma da pesada: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Leonardo Oliveira, Célio Silva e  Mazinho; Zé do Carmo, França, William e Bismarck;  Vivinho e Roberto Dinamite (Sorato),  

VASCO 5 X 0 NACIONAL-AM  foi uma covardia. Valeu pela Copa do Brasil-1992, com a turma amazônica se perdendo em sua visita ao ‘tapete verde” da Colina, em uma terça-feira.  Roberto Dinamite explodiu o primeiro gol, aos 15; Valdir ‘Bigode’, aos 51; Júnior, aos 60;  Leandro Ávila, aos 66, e Júnior, de novo aos 85 minutos, completaram o afogamento do time do “mundo das águas”. Treinado por Joel Santana, o “Almirante” navegou naquela, levando: Carlos Germano; Dedé, Tinho, Jorge Luís e Eduardo: Luisinho (Cássio) Flávio e Leandro Ávila; Buismarck, Roberto Dinamaite (Júnior) e Valdir Bigode. Naquele “Copão”, o quarto da história, disputado por 32 times de  24 estados, além do Distrito Federal, a rapaziada chegou até as oitavas de final.

VASCO 3 X 0 GIANNINA - Em 1966, a rapaziada excursionava pela Grécia. E não teve deuses que segurasse ao bico de sua chuteiras. O "Almirante" subiu ao olimpo e tascou 3 x 0 pra cima da turma dali. Coincidentemente, em 1983, a galera excursionava pela Europa, novamente, no mês de agosto. E sapecou, no dia 4, 2 x 1 no EintrachFrankfurt. 

A data tave também:  04.-08.1991 – Vasco 1 x 0 Campo Grande-RJ 

                                                        5 DE AGOSTO
Em 5 de agosto de 1917, o Vasco tinha um time que desordenava qualquer tentativa progressista. Exemplo? Sua rapaziada sapecou 5 x 0 pra cima do Progresso, pelo Campeonato Carioca da Segunda Divisão. O pancadaço rolou na Rua Itapiru, em um domingo, por aquele confronto que só tem oito registros, com quatro vitórias cruzmaltinas, um empate e três desordens no placar. Para não bater forte, de cinco,  só em um adversário dos velhos tempos, o Vasco mandou 5 x 2, em 1928, no Andarahy, o primeiro time pelo qual torceu o grande teatrólogo Nélson Rodrigues, que faria 100 temporadas de sacanagens, neste 2012, caso estivesse por este planeta, no próximo dia 23.
Confira Vasco x Progresso nos primeiros tempos cruzmaltinos: 05.08.1917 – Vasco 5 x 0 Progresso; 02.12.1917 – Vasco 1 x 6 Progresso; 14.07.1918 – Vasco 2 x 3 Progresso; 29.09.1918 – Vasco 5 x 3 Progresso; 03.08.1919 – Vasco 2 x 2 Progresso; 30.11.1919 – Vasco 1 x 2 Progresso; 04.07.1920 – Vasco 4 x 1 Progresso; 24.10.1920 – Vasco 3 x 1 Progresso. (foto reproduzida de álbum de figurinhas)
VASCO 1 X 0 FLAMENGO  - O capixaba Geovani deveria se vendedor de imóveis. Porquê? Seguinte: em uma tarde domingueira de agosto, o “Urubu” se arvorou pra cima da “Turma da Colina”. Achava que daria pra espantar.  Pois bem, o cronometro do árbitro rumava para as derradeiras voltas da segunda etapa, e já tinha muitos apressadinhos se mandando do pedaço. Na certa, pra dar tempo de molhar o pescoço por dentro no primeiro boteco da esquina mais próxima. Pingas apressadas, não imaginavam eles o que iriam perder. Faltavam 12 minutos para o final da contenda, quando Geovani dominou a “maricota”, fez-lhe um carinho, prometeu-lhe levá-la para a rede e partiu para o crime. Vendo o goleiro rubro-negro adiantado, endereçou-lhe uma tremenda cobertura. Que beleza! A “gorduchinha” (com a licença do grande Osmar Santos), caía em câmera lenta (lembra-se do Canal 100?), melodramaticamente, lá onde a coruja dorme (diria o antigo locutor José Cabral). Desesperado, o “hermano” Ubaldo Fillol dançava um tango para trás. 
O espetáculo estrelado por Geovani esteve no programa do primeiro turno do Estadual-1984, com plateia de 49 mil 404 pagantes, no “palco” do Maracanã, com apito de Wilson Carlos dos Santos. Os vascaínos eram treinador pelo seu ex-meia Edu Coimbra, que mandou esta moçadas cerrar o bico do “Urubu”: Roberto Costa; Edevaldo, Daniel González, Nenê e Aírton; Pires, Geovani e Mário; Mauricinho, Roberto Dinamite e Marquinho. (foto de Geovani reproduzido de álbum de figurinhas).

VASCO 2 x 1 ARÁBIA SAUDITA - Na Colina, não brota poços de petróleo. Só de talentos no gramado e de bola no filó. Mas, de repente, pode rolar um oleozinho de bacalhau mais escurinho nas paradas. Porquê não? Caso do que rolou no 5 de agosto de 1990, quando a rapaziada arrumou uma encrenca internacional. Naquele dia, o Vasco recebeu, em São Januário, a visita amistosa da seleção saudita. E foi camarada. Cobrou pouco pelo barril de bolas, com “petrogols” prospectados por Tita e Anderson, diante de 1.876 testemunhas. Alcir Portela era o treinador e sua galera tinha: Acácio; Luiz Carlos Winck, Célio Silva, Quiñonez e Cássio; Zé do Carmo e William; Tita (Sorato), Bismarck; Roberto Dinamite (Anderson) e Tato.

 
VASCO 5 X 1 AMÉRICA-MG - Se desordenou o Progresso e flechou o “Bugre”, a rapaziada  da Colina fez outras das suas em um outro 5 de agosto: envenenuou o Coelho – personagem criado pelo chargista Mangabeira, isto é, Fernando Pierucetti, para o América Mineiro. Esta outra ocorrência foi registrada no currículo do “Delegado” Antônio Lopes, em uma quarta-feira, em São Januário, refrega do Campeonato Brasileiro-1998. Pedrinho, aos 19, e Luizão, aos 29 minutos do primeiro tempo, iniciaram os furdunços na toca do “Coelho”. Na etapa complementar, como gostavam de falar os “speekers” antigos, Juninho Giroldo aumentou a “dose venenal”,  aos 12, e Luizão voltou a comparecer ao ranking de execuções,  aos 18 minutos. Paulo César de Oliveira-SP apitou o sacode,  assistida por 1.096 pagantes.  Saborearam o tempero do “churrasco de coelho: Márcio; Vagner, Odvan, Mauro Galvão (Henrique) e Flipe; Valber (Nelson), Luisinho (Maricá) e Juninho Paulista; Donizete, Luizão e Pedrinho.

VASCO 7 X 1 GUARANI - O “Bugre” podia correr pra qualquer mata que, naquela caçada, não escaparia das flexas dos “matadores” da Colina. Principalmente, dos disparos de um baixinho chamado por Romário. Com fome de gols, ele mandou quatro pancadas se aninharem nas redes do time campineiro paulista, no jogo cruzmaltino de maior placar nos 5 de agosto vascaínos. Joel Santana era o chefe da caçada aos bugrinos, valendo pela segunda rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro-2. Fabiano Gonçalves apitou nos ouvidos de 6.799 almas.
A impiedosa “Turma da Colina” daquela tarde domingueira foi: Helton; Patrício, Alexadnre Torres (Geder), Odvan e Gilberto; Jorginho (Fabiano Eller), Botti (Siston), Juninho Paulista e William; Euller e Romário. O placar foi aberto, por Juninho Paulista, aos 13 minutos. Romário, aos 16, aos 19, aos 27 e aos 36 minutos do primeiro tempo, deu prosseguimento às barbaridades, para Jorginho, aos 51, e Botti, aos 80, acabarem de escapelar o “Bugre”.


RESUMO: 05.08.1917 – Vasco 5 x 0 Progresso; 05.08.1928 – Vasco 5 x 2 Andarahy; 05.08. 1984 – Vasco 1 x 0 Flamengo;   05.08.1998 – Vasco 5 x 1 América-MG; 05.08.2001 - Vasco 7 x 1 Guarani de Campinas-SP; 

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