Vasco

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

CALENDÁRIO DA COLINA - 3 e 4 DE SETEMBRO

                                                             3 DE SETEMBRO
No 3 de setembro de 1949, o mundo vivia o seu primeiro dia de completa paz. Na véspera, acabara a II Guerra Mundial, com a rendição alemã às forças aliadas, lideradas por Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia. Os pracinhas brasileiros que lutaram contra o nazi-fascismo, arrumavam suas as malas, para volta pra casa.
 Seis anos depois do final do conflito, em 3 de setembro de 1955,  o Vasco venceu o Bangu, por 1 x 0, em um sábado, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, sob apito de Gualter Gama de Castro. O banguense Gavilan deu uma de bandido e marcou gol contra” na vitória da "Turma da Colina". Flávio Costa era o chefe destes "players": Ernâni, Paulinho de Almeida e Haroldo; Beto,  Orlando e Laerte; Sabará, Válter Marciano,  Ademir Menezes, Pinga e Parodi.
Antes do conflito, em 1933 – 16 anos, portanto –, o "Almirante" estava nos gamados, vencendo o São Paulo Futebol Clube, por 3 x 1, pelo Torneio Rio-São Paulo. Apitado por Sotero Mendonça, o prélio desenrolou-se em São Januário, com Almir (2) e Carniere balançando as redes. O inglês Harry Welfare dirigia esta rapaziada: Rey, Lino e Itália; Tinoco, Fausto e Gringo; Baianinho, Nenê, Almir, Carnieri e Carreiro.

                                                                        4 DE SETEMBRO
Vencer o Flamengo e Fluminense nos 4 de setembro é um dos "esportes prediletos" dos vascaínos. Diante dos rubro-negros, começando pelos 2 x 0 de 1938, entrou -se pelo 1 x 0 de 1960 e formou-se um "triunvirato" com novo 1 x 0, em 1988. Os tricolores entraram no chicote durante a década-1930. Leia abaixo:

VASCO 5 X 1 FLUMINENSE foi a segunda vitória sobre os tricolores nos 4 de setembro – a primeira acontecera em 1930, amistosamente, por 4 x 1, com Carlos Paes (2), Mário Mattos e Sant´Anna comparecendo à rede. O "quinteto" no filó valeu pelo Campeonato Carioca-1932, com Orlando sendo o nome do dia, ao marcar três tentos. Bahianinho e Pingo completaram o farra da devolução do mesmo placar do 22 de novembro de 1925, pelo Estadual, quando os vascaínos disputavam a quarta temporada na elite – além dos citados 4 x 1 e 5 x 1, o Vasco já havia goleado o Flu em outras duas oportunidades, consecutivas. Coincidentemente, em uma mesma data: 9 de setembro de 1930, amistosamente, por 4 x 1, e em 9 de dezembro de 1930, por 6 x 0, pelo Cariocão, o maior pancadão crsuzmaltino desse confronto.       

 VASCO 2 X 0 FLAMENGO foi uma grande glória. O rival havia preparado a maior festa. Explodiu muitos fogos, ensurdecendo o céu dos cariocas e deixando curiosos os que não acompanhavam as notícias do futebol. Naquele 4 de setembro de 1938, inaugurava o seu estádio, o que significava só ter festa completa com afundamento do "Almirante", proprietário da maior praça esportiva do país. Acreditou que seria capaz.
  Os rubro-negros, no entanto, pareciam não lerem as estatísticas. Se desde 29 de abril de 1923, quando passaram a encarar os vascaínos,  e estes já lhe haviam vencido em  12 oportunidades, não seria fácil. Principalmente porque, no meio do percurso, haviam as humilhações dos 7 x 0, do 26 de abril de 1931, e dos 5 x 2, de 1º de maio de 1934. 
O Flamengo era três anos mais antigo do que o Vasco da Gama, que só pensou em bola a partir de 1916, e só o  teve por adversária sete temporadas depois, quando já contava com três títulos estaduais. Na tarde da sua festança, o treinador húngaro Dori Krueschner mandou para o gramado um time do qual Domingos, Fausto e Leônidas já haviam vestido a jaqueta cruzmaltina. Impaciente, a torcida flamenguista começou a assoviar, exigindo que o árbitro José Ferreira Lemos, o “Juca da Praia”, iniciasse a contenda. Pior para ela. Niginho, 43 e aos 73 minutos, esquentou duas "pipocas" na chapa e o “Urubu” botou seu treinador pra voar, ele que viera modernizar, taticamente, o futebol brasileiro. Quanto ao goleador, era irmão de Orlando Fantoni, atleta vascaíno, entre 1948 e 1950, e treinador campeão carioca em 1977. Portanto, bater no Flamengo era assunto de família.       
Por aqueles tempos, a moçada de São Januário era treinada pelo uruguaio  Ramón Platero, que fazia a rapaziada ralar, e muito, para ser o “Time da Virada”. No segundo tempo, o desafiante colocava a “gravata pra fora” e a moçada o esfolava. No caso da execução rubro-negra do dia do foguetório, os executores foram: Joel, Jahu, Florindo, Oscarino, Azziz, Argemiro, Bahia, Gabardino, Niginho, Villadoniga e Luna.   

VASCO 1 X 0 FLAMENGO, de 1960, foi  118º jogo entre ambos. Valeu pelo primeiro turno do Campeonato Carioca, no Maracanã, apitado por Alberto da Gama Malcher  e com o gol marado por Wilson Moreira, aos 44 minutos. O time vencedor: Ita, Paulinho de Almeida, Bellini, Orlando e Coronel; Écio e Valdemar. Sabará, Delém, Wilsn Moreira e Pinga.   

VASCO 1 X 0 FLAMENGO, de 1988, teve como treinador vascaíno o ex-atleta rubro-negro Carlos Alberto Zanata, que defendera o Vasco durante a conquista do título do Brasileiro-1974. Rolou em um domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, ante 30.323 pagantes, apitado por Romualdo Arppi Filho e com a "Turma da Colina" sendo: Acácio: Paulo Roberto "Gaúcho", Célio Silva, Leonardo Siqueira e Mazinho; Zé do Carmo, França e Bismarck; Vivinho, Roberto Dinamite (Sorato) e William.Tá no caderninho. Não dá pra apagar!
     A "Vascodata" 4 de setembro é lembrada, ainda, pelo 1 x 0 sobre o Campo Grande-RJ, de 1974.

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