Vasco

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domingo, 31 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA, GALEARA CRUZMALTINA!

O “Kike da Bola”  lhe deseja uma bela Páscoa. Agradecimento ao site oficial do Vasco (www.crvascodagama.com.br) pela reprodução desta arte.

PRIMEIRO GOL OLÍMPICO NO BRASIL



Tinha de ser um feito cruzmaltino.Primeiro time brasileiro campeão no exterior; primeiro campeão mundial de futebol de areia; primeiro carioca a excursionar à Europa; primeiro brasileiro a ter um artilheiro de Copa do Mundo; primeiro a ter um capitão erguendo a Taça Jules Rimet, primeiro campeão no Maracanã e time do primeiro gol olímpico no Brasil
Este aconteceu em 1928, quando o Vasco recebia,  amistosamente, o uruguaio Wanderers, inaugurando os refletores do estádio de São Januário e uma parte das arquibancadas atrás de um dos gols. Até então, a rapaziada só havia disputado uma partida internacional, em 2 de dezembro de 1923, empatando, por 1 x 1, com o também uruguaio Universal FC, amistoso que marcou a despedida da bola do autor do seu primeiro gol, o português Adão Antônio Brandão – em Vasco 1 x 10 Paladino, no 3 de maio de 1916, pelo Campeonato Carioca  da Liga Metropolitana de Esportes Athléticos.
Era o segundo jogo festivo na Colina, desde a inauguração do estádio, em 21 de abril de 1927. O prélio estava duro, muito disputado, até que o ponta-esquerda Santana cobrou um “corner”, como falavam os “speakers” de antigamente, que modernizaram o termo, muito tempo depois, para tiro esquinado e o atual escanteio. A pelota viajou, direto, para a rede do visitante. No dia seguinte, o jornal “A Noite” contou:  “O que o Vasco acabou conseguindo nessa memorável noite não se mede nem se descreve”.
O time do grande feito da época, já que os uruguaios eram campeões olímpicos, foi: Valdemar, Espanhol e Itália; Brilhante, Nési e Lino; Pascoal, Russinho, Claudionor, Tales e Santana. O Wanderers teve: Cabrera, Tomasini e Tagrese; Labrada, Lobos e Carrica; Godoi, Conte, Ochiusso, Cacanelo e Farradan.
Foto reproduzida de Revista do Vasco

 
    
 

sábado, 30 de março de 2013

HISTÓRIA DO KIKE - MARACA FLAPOVAÇO

 

Aírton (E), ao lado de Paulo Choco, ajudou a levar ao estádio 80% de 210 mil almas


  Era a tarde do domingo 15 de dezembro de 1963. Pelas catracas do estádio haviam passado 177.020 pagantes. Juntados as associados do mandante Flamengo (dispensou cobrança destes), convidados oficiais (Maracanã gerido pela Prefeitura-RJ), pessoal de imprensa e carteirada da Federação Carioca de Futebol, o público total chegava a 194.603, embora tivessem falado em 210 mil, com maioriísima rubro-negra, indiscutivelmente.

 Aquele fora - ainda é – o maior público do futebol entre clubes, em estádios brazucas, superior ao de Brasil 1 x 2 Uruguai (16.07.1950), do final da Copa do Mundo, no mesmo local, quando registrou-se 173.800 pagantes e calculou-se o total de 199.800, com os penetras. Naquele dezembro, além de campeão carioca, o Flamengo tornou-se campeão em povão. Nem a  Seleção Brasileira o superava no coração da galera – a terceira maior afluência de público no Maracanã foi 174.599, em Brasil  4 x 1 Paraguai (21.03.1954), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.  

Campeão nas bilheterias, para ser campeão estadual, o Flamengo precisava d: 13 temporadas após perder a Copa o Mundo como treinador do escrete nacional, Flávio Costa era o comandante do seu time, naquela tarde. “Ele era conhecido como o técnico dos vice-campeonatos.... deixava os títulos ... escorrerem ... na hora das grandes decisões”, escreveu a revista O Cruzeiro.

 Rolou a bola e o “Professor” Flávio Costa, precisando só do empate para se livrar de um estigma, mandou a sua rapaziada tentar o gol. Lá pelas tantas do primeiro tempo, ponta-direita rubro-negro Espanhol (José Armando Ufarte Ventoso) desperdiçara boa chance de gol. Depois, o ponteiro-esquerdo tricolor Escurinho – que os rubro-negros juravam estar impedido -  ficou com o gol vazio à sua frente. A torcida do Fluminense comemorou antes da hora e Escurinho viu a bola batendo na rede. Mas o goleiro rubro-negro Marcial conseguiu rebatê-la. Estava feia a coisa para o “Professor”. Pelo jeito, o tabu persistiria.

Veio o segundo tempo e o Flamengo iria defender o mesmo gol no qual Gigghia marcara o tento da vitória uruguaia sobre Flávio Costa, em 1950. Para os supersticiosos....!  Flamengo e Fluminense, no entanto, fizeram um jogo muito mais pegado do que técnico, o que serviu para o “Professor” pular dentro  do túnel rubro-negro, quando o juiz Cláudio Magalhães apitou o final, com 0 x 0, e ele gritou: “Flamengggôôô!” – 13 temporadas depois, era a volta por cima, graças a: Marcial; Murilo, Luís Carlos ‘Gaúcho’ Freitas, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Aírton Beleza (foto/E), Geraldo José e Osvaldo ‘Ponte Aérea’ Taurisano.  O Fluminense teve: Castilho; Carlos Alberto Torres, Procópio, Dari e Altair; Oldair e Joaquinzinho; Edinho, Evaldo, Manuel e Escurinho.  


 


sexta-feira, 29 de março de 2013

VASCO-PÁGINAS - TAÇA TEREZA HERRERA

Pinga e Carlos Alberto (de costas) sentem o sabor de levantar um grande trofeu


Quando comemorou o seu sesquicentenáro, em 1958, o glorioso Club de Regatas Vasco da Gama lançou uma revista alusiva à passagem da grande data. Trata-se de um tesouro, disputadíssimo pelos colecionadores. Nela encontra-se a cópia do documento em que “o Presidente da República de Portugal e Grão-Mestre das Ordens Portuguesas” o general Craveiro Lopes, confere ao clube carioca o grau de “comendador” da Ordem Militar de Cristo, datado de 5 de julho de. Como se sabe, o Vasco é chamado de ‘Cruzmaltino”, por terem feito confusão, em seus inícios, sobre os símbolos das ordem de Cristo e de Malta. O apelido pegou, com a cruz trocada, sem a lógica de chamá-lo “cruzcristense”.
Um outro grande destaque da publicação está à página 33. Lá está o presidente brasileiro, Juscelino Kubitscheck, e o seu colega português, Craveiro Lopes, em junho de 1957, assistindo, da tribuna de honra do estádio de São Januário, um desfile em honra do visitante. Um outro grande destaque está à página 54, com o atacante Pinga e o goleiro Carlos Alberto (de costas) recebendo a Taça Tereza Herrera, que, pela primeira vez, era conquistado por um cube de fora da Espanha. A legenda da foto considera este feito como o terceiro maior da história internacional do Vasco – o primeiro era a conquista do Sul-Americano de Clubes Campeões, em 1948, no Chile, por ter sido o primeiro título de um clube brasileiro no exterior.
Para trazer a belíssima taça para a Colina, o Vasco venceu o Atlético de Bilbao, por 4 x 2, em 16 de junho de 1957, com gols de Vavá (2) e Válter Marciano (2), fomando com Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Válter; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga.
O Troféu Teresa Herrera já era disputado desde 1946, e sempre foi um dos mais populares do futebol mundial. Homenageia a espanhola Teresa Margarita Herrera y Posada (1712-1791), que dedicou sua vida à caridade e doou os seus bens para a construção do Hospital Dolores, em La Coruña. (FOTO DE PINGA ERGUENDO O TROFEU REPRODUZIDA DA REVISTA COMEMORATIVA DOS 60 ANOS DO VASCO). AGRADECIMENTO!

quinta-feira, 28 de março de 2013

VASCO NAS TERRAS DA MARQUESA

Após 25 temporadas na praça e oito no futebol, o Vasco da Gama decidiu ter a sua casa própria.ia casa. Juntou 665 mil 895 contos de reis e comprou um terreno, de 65.445 metros quadrados, no bairro de São Cristóvão e que pertencera à Marquesa de Santos, amante do Imperador D. Pedro I.
No 28 de março de 1925, Manoel Pereira Ramoso assinou a escritura de compra do terreno, onde hoje fica o Estádio Club de Regatas Vasco da Gama, mais conhecido por São Januário, por causa de um ponto de bonde na rua do mesm nome. Há 88 anos.
  Até chegar a São Januário, o Vasco foi um autêntico “cigano”. Fundado em 21 de agosto de 1898, teve uma sede social à Rua da Saúde, em frente ao Largo da Imperatriz, na Ilha das Moças, área marítima do bairro Nossa Senhora da Saúde, e uma desportiva, a da garagem de barcos, na Travessa Maia, perto da Baía de Guanabara, na orla do Passeio Público e de Santa Luzia.
Obras urbanas do prefeito Pereira Passos obrigaram o Vasco a alugar uma nova sede, à Rua Santa Luzia, em 1905, no ano da conquista do primeiro título no remo, esporte para o qual fora fundado. Aderindo ao futebol, a partir de 26 de novembro de 1915, após fusão com o Lusitânia Sport Clube, o Vasco filiou-se à Liga Metropolitana de Futebol, em 1916, para disputar seu campeonato da Terceira Divisão.Em 1923, sob o comando do treinador uruguaio Ramón Platero, o Vasco treinava em um acanhado campo da Rua Morais e Silva, na Tijuca. Uma história de muitos endereços. 
 
 
 
 
 
 
 
 



 



 

quarta-feira, 27 de março de 2013

BARBOSA: ANIVERSARIANTE DO DIA

    
Considerado o melhor goleiro da história do Vasco da Gama, Moacir Barbosa do Nascimento não estava mais nos planos dos treinadores cruzmaltinos, a partir de 1956, quando foi emprestado ao Bonsucesso. No ano seguinte, mudou-se para Recife, a fim de defender o pernambucano Santa Cruz. Não contava ele que, em 1958, o treinador da “Turma da Colina”, Gradim, pedisse a sua volta.
Barbosa estava com 37 anos, quando voltou a São Januário, onde chegara em 1945. Titular a partir de 1946, e até meados de 1956, encontrou Miguel e Hélio como concorrentes. Gradim confiou nele e lhe fez titular por todo o primeiro turno, quando só ficou fora de uma partida, No returno, começou a dividir a vaga com os outros dois, até que Miguel ganhou a parada e fez os jogos decisivos. No entanto, Barbosa atuou mais do que os rivais, 14 vezes, contra 9 de Miguel e três de Hélio.
TEMPORADA - Barbosa ficou na Colina até 1960. Um ano antes,  protagonizou uma das  mais incríveis histórias de um goleiro brasileiro. Aos 38 anos, recebeu a nota 10 pela sua atuação em Vasco 0 x 0 Flamengo, pelo Torneio Rio São Paulo. Em sua edição Nº 180, de 2 de maio de 1959, a principal revista esportiva brasileira, a “Manchete Esportiva”, analisou assim a sua atuação na partida do dia ....: “Começou sem ter trabalho e acabou sendo a maior figura do jogo, quando o Flamengo cresceu. Nota 10”.
Além de lhe dar a nota máxima, sob o título “Barbosa, o bom velinho, foi o dono da bola”, a revista carioca publicou uma sequência de três fotos em que ele pratica uma defesa dificílima, aos pés de um atacante rubro-negro. Diz a legenda: “Moacir Barbosa acabou se convertendo na atração principal de Flamengo e Vasco. Operou defesas sensacionais, notadamente na segunda fase da partida, quando o Flamengo tentou a vitória sob todas as formas. Eis o veterano arqueiro mostrando numa defesa como se salva um time de uma derrota certa.” 
Abaixo, ocupando cinco colunas, a o editor estampou mais uma foto de Barbosa em ação e escreveu acima da fotografia: “O segredo de Barbosa intriga muita gente. A verdade é que, quando mais velho, melhor ele fica. Notem a carta espantada de Belini, nesta foto. Em contraponto, o velho Moacir Barbosa abaixa-se firmemente para a defesa”.
TALENTO - Dias depois, Barbosa enfrentou o Santos, no Pacaembu, em São Paulo. Daquela vez, quem se rendeu ao seu talento foi Nélson Rodrigues. Pela coluna em que ele elegia “Meu personagem da semana”,  dedicou um “canto de louvor” ao veteraníssimo goleiro, pelo último número da “Manchete Esportiva, que foi às bancas com data de 30 de maio daquele 1959.  Escreveu: “...ele (Barbosa) esfrega a sua eternidade na cara da gente... se trata da eternidade mais viçosa já ocorrida no futebol brasileiro. No comum dos mortais, a vida é uma luta do corpo a corpo contra ao tempo... Para Barbosa o problema de folhinha (calendário)  e de relógio não existe. É o homem sem tempo, que esqueceu o tempo, que vive sem o tempo, muitíssimo bem”.        
 Naquela coluna, Nélson lembrava do infortúnio de Barbosa, ao sofrer o gol de Gigghia, na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã, que fez o Uruguai virar o placar, para 2 x 1 sobre ao Brasil. Segundo ele, o brasileira já havia se esquecido de todas as mazelas que haviam atingido a pátria amada, menos daquele gol. Ele, porém, o glorificava. Assim: “Nove anos depois de 1950, Barbosa joga contra o Santos.... Funcionou num time de reservas contra um dos maiores, senão o maior time do Brasil... Começa o jogo e , imediatamente, Pelé invade, perfura e, de três metros, fuzila... Barbosa defendeu e com que soberbo descaro. Daí para a frente a partida se limitou a um furioso duelo entre o solitário Barbosa e o desvairado ataque santista”.
SOBROU - O treinador  Francisco de Souza Ferreira, o Gradim havia experimentado 12 de 14 goleiros que haviam passado, nos últimos tempos pelo clube – sobraram Miguel e  Barbosa. Indagado por um repórter da “Manchete Esportiva”, sobre quem havia atingido a perfeição com a camisa 1, respondeu: “Barbosa... Confesso que o apanhei, no ano passado, com o intuito de safar a onça... Barbosa, em 1959 está melhor do que em 58. Com Barbosa, em forma explendorosa, e Miguel em ascensção, o Vasco não tem a menor preocupação com ao arco”.  
Barbosa nasceu em 27 de março de 1921, em Campinas-SP e viveu por 79 anos, até 7 de abril de 2000, em Praia Grande-SP. Encerrou a carreira, em 1962, pelo Campo Grande-RJ. Defendeu a Seleção Brasileira entre 1949 e 1953, com 22 jogos, sendo 16 vitoriosos, dois empates e quatro derrotas. Sofreu 31 gols. Foi campeão sul-americano, em 1949; da Copa Rio Branco-1950 e vice da Copa do Mundo-1950.(foto acima reproduzida de www.crvascodagama.com.br). Agradecimento.

terça-feira, 26 de março de 2013

ANIVERSARIANTE DO DIA – ODVAN

No dia 1º de agosto de 1974, o Vasco conquistava o seu primeiro título do Brasileirão. Em 28 jogos, tivera 42,86% de aproveitamento (empates idem) e 14,29% de perdas. Como o seu ataque marcara 33 vezes (média de 1,18 por partida), os 18 tentos sofridos poderiam ser perdoados, pois a média era de 0,64 por compromisso. Tava bom! Mas o torcedor queria uma zaga muito mais “paredona”.
Por aqueles inícios de semestre em que a rapaziada comemorava o “agarro do caneco”, a Dona Cegonha sobrevoava o Maracanã. A sacou parte da festa provocada pelos 2 x 1 sobre o Cruzeiro. Foi quando lembrou-se de que, em 26 de março, exatos 95 dias antes, ela zanzava atrás de um endereço, em Campos dos Goytacazes, quando escutou uma sonzeira. Era o cantor vascaíno Roberto Carlos cantando um dos seus sucessos, “O Divã”. Gostou, resolveu descer, para curtir melhore, já que tinha uma encomenda a entregar, rasgou o endereço que levava e resolveu deixar um garotão forte e saudável com uma parturiente que cantava, também. Dias depois, o garoto era espargido na pia batismal como Odvan Gomes da Silva.
Se a galera cruzmaltina achava que a média de gols sofridos pelo time poderia ser melhorada, futuramente, ela teria um “zageiro-zagueiro” pra encarar. De 1997 a 2001, Odvan botou moral no pedaço. Zagueirando, zagueirando, foi campeão brasileiro-1997; carioca e da Taça Libertadores-1998; do Torneio Rio-São Paulo-1999 e do Brasileirão e da Copa Mercusul-2000 . Portanto, um título por ano, antes de sair, na temporada seguinte.
Foi por ver em Odvan um“zagueiro-zagueiro”, que o treinador da Seleção Brasileira, Vandrlei Luxemburgo, mandou chamá-lo, em São Januário, para ajudá-lo a buscar a Copa América-1999– estreou em 14 de outubro de 1998, nos 5 x 1 sobre o Equador, amistosamente, em Washington-EUA e totalizou 12 envergaduras camnarinhas, com nove vitórias, um empate e duas quedas. Mas, até chegar nisso, a caminhada não fora fácil. Revelado pelo campista Americano, em 1993, Odvan teve de ralar no Mineiros-GO, em 1995, e Mimosense-ES, em 1996. Estava escrito, porém, que ele voltaria ao Americano e arrebentaria no Estadual-RJ de 1997, para o Vasco levá-lo.
Como o futebol é muito “motelense”, de alta rotatividade, Odvan, também, fez o seu “passeiozinho” por fora da Colina. Entre 2002 e 2008, temporada em que voltou a vestir a jaqueta cruzmaltina, aprontou uma verdadeira "ciganada", defendendo Santos, Botafogo, Coritiba, Fluminense, DC United-EUA, Náutico-PE, Estrela da Amadora-POR, Madureira, Rio Bananal-ES, Ituano-SP e Cabofriense-RJ. Nessas saídas da Colina, ajudou o Madureira a conquistar a Taça Rio-2006 e terminou vice-campeão estadual. Após a segunda debandada da Rua General Abílio de Moura, quando fez apenas sete jogos, ainda passou pelo União de Rondonóolis-MT, em 2009; por um outro time capixaba, Armando Zanta,em 2010; pelo São João da Barra-RJ, em 2011, e pelo Goytacaz, encerrando a carreira em sua terra. Mas foi em São Januário que escreveu as melhors páginas de sua história: 280 jogos e 13 gols, assim distribuidos: 36 x 2, em 1997; 60 x 1, em 1998; 65 x 4, em 1999; 78 x 5, em 2000; 34 x 1, em 2001. Valeu, garoto! 














segunda-feira, 25 de março de 2013

INDAGADAS SOBRE AS HISTORI & LENDAS

                      Foto reproduzida da revista Fatos & Fotos
 
1 - A primeira camisa 10 da Seleção Brasileira foi vestida por um atleta vascaíno?
 Escolha a opção: 1) – Foi. 2) - Foi, mas não foi muito 3) - Tinha sido ser.
 Pois bem! Para a  Copa do Mundo-1950, a jaqueta que ficaria famosa foi entregue ao meia Jair Rosa Pinto, cruzmaltino entre 1943 a 1946.
Jair Rosa Pinto, com Lula (D), quando defendeu o Combinado Vasco/Santos.
o. 
 Por aquela época, o nosso futebol ainda não tinha alta rotatividade. Mesmo assim, aconteciam, frequentemente, muitas transferências de atletas, caso de Jair Rosa Pinto, o Jajá, flamenguista, de 1947 e 1949, e palmeirense, entre 1950 a 1955. 
Saído do Palmeiras, ele foi para o Santos, em 1956, e ficou por lá até 1959, pegando os inícios da Era Pelé. Em 1957, voltou a vestir a camisa cruzmaltina, por um combinado Vasco/Santos, que disputou o Torneio Internacional Morumbi, como mostra a foto. Assim, Jair foi vascaíno, na década-40; foi, mas não foi muito, nos anos 50, e já tinha deixado de ser durante o Mundial. 

2 - Qual foi o último jogo do Vasco no século passado? 
Rolou em 20 de dezembro de 2000, iniciando-se (21h45) a duas horas e 15 minutos do final daquela era. Decidia o título da Copa Mercosul (Copa Sul-Americana, hoje), no Parque Antárctica, e a Turma da Colina virou o placar que lhe era desfavorável, por 0 x 3, no primeiro tempo. No segundo, a rapaziada mandou 4 x 3, aos 48 minutos, no último gol do Século XX, o 11º marcado na competição, pelo camisa 11 Romário, a 11 dias do início do terceiro milênio, 11 meses após sua volta a São Januário, de onde saíra 11 anos antes, para ser dirigido naquela partida pelo técnico Joel Santana, cujo nome tem 11 letras.

3 - Além de Roberto Dinamite, outro jogador do Vasco já foi presidente? 
Se tocar não só ao Vasco, SIM. Em 2014, o meia-atacante Luciano Viana foi eleito presidente do Americano, de Campos-RJ – antes, fora diretor de futebol. Até que ele era bom jogador, mas não teve chances no Vasco. Participou só de alguns minutos de um jogo, pela Copa dos Campeõesa (0 x 1 Bahia, em 14 de julho de 2002, no Estádio Alberto Silva, em Teresina, no Pauí). Naquele dia, o treinador era Evaristo de Macedo e a escalação teve: Helton; Wellington, Geder, Emerson e Jorginho (Wederson); Rodrigo Souto, Bóvio e Léo Lima, que foi expulso de campo; Léo Guerra (Luciano Viana) e Souza (Washington). OBS: Luciano Viana era filho do ex-presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Viana, o Caixa D´Água.

domingo, 24 de março de 2013

ZICO TÁ NO VASCO COM PELÉ

Faz 10 anos, hoje, que o maior ídolo da história do Flamengo, o atacante Zico (Arthur Antunes Coimbra), vestiu a camisa do Vasco. Também, maior artilheiro rubro-negro, com 508 gols em 731 jogos, na noite de 24 de março de 1993, ele usou a camisa 9 cruzmaltina, durante o primeiro tempo do amistoso com o espanhol La Coruña, para participar do jogo de despedida de Roberto Dinamite, no Maracanã.
Bem antes daquilo, o cantor/compositor Erasmo Carlos, torcedor vascaíno, gravara uma música sacaneando os “cascateiros”, dizendo “Zico tá no Vasco/com Pelé...”  Claro que o “Tremendão” não era dado a fazer previsões para um futuro que não ficou tão distante de quando “Pega na mentira" estava nas paradas de sucesso, em 1981.
Zico foi vascaíno por 45 minutos
A ficha técnica do jogo Vasco 0 X 2 La Coruña registra José Roberto Wright como árbitro; renda: CR$ 2 milhões.780 mil.250 cruzeiros (moeda da época) e os gols por Bebeto, aos 37 minutos do primeiro tempo, e Nando, aos 50. O time vascaíno foi: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro Ávila, Zico (Geovani), Roberto Dinamite (Valdir Bigode), Bismarck e William. Técnico: Joel Santana.
REIS NA COLINA – Grandes craques do futebol brasileiro do passadão vestiram a jaqueta cruzmaltina. Na década-1930, o lateral-direito Domingos da Guia, o apoiador Fausto dos Santos e o goleador Leônidas da Silva. Em 1955, Zizinho foi emprestado ao Vasco, pelo Bangu, para participar de um torneio contra times argentinos. Era um desejo do “Mestre Ziza” voltar a atuar ao lado do seu amigo Ademir Menezes. E, então, encarou o Independiente (1 x 4), em 27 de dezembro e o Racing (3 x 2), três dias depois.
Um ano depois, foi a vez de Pelé estar vascaíno, pelo Combinado Vasco/Santos. Fez quatro jogos – 6 x 1 Belenenses-POR; 1 x 1 Dínamo Zagreb-IUG; 1 x 1 Flamengo e 1 x 1 São Paulo – e foi descoberto pelo treinador Sílvio Pirillo, da Seleção Brasileira. 

O próximo supercraque a rolar uma bola vascaína foi Mané Garrincha. Disputou um amistoso, apenas. Em 20 de julho de 1967,  marcando um gol, de falta, contra a seleção de Cordeiro-RJ, na goleada, por 6 x 1. Atuou por um time escalado assim pelo técnico Gentil Cardoso: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William). Técnico: Gentil Cardoso.  
Pelé reproduzido da revista Grandes Clubes
Na década-1980, o novo superastro a pintar na Colina foi o tricampeão mundial Tostão, maior artilheiro da história do Cruzeiro, com 245 gols em 279 jogos, e , também, maior craque da história do futebol mineiro.  Disputou 345 jogos e marcou seis gols pelo Vasco, com o qual rompeu o contrato, devido a problemas no olho esquerdo. (foto de Zico e de Pelé reproduzidas das revistas "Placar" e "Grandes Clubes"). Agradecimento.
 

sábado, 23 de março de 2013

LELÉ: ANIVERSARIANTE DO DIA

Autor de 147 gols com a camisa cruzmaltina, Manuel Pessanha, o Lelé, integrou a "Turma da Colina" entre 1943 e 1948. Nascido em 23 de março de 1918, viveu até 16 de agosto de 2003, passando seu último dia de vida no Rio de Janeiro. Lelé foi buscado, pelo Vasco, no Madureira, quando arrasava, ao lado de Jair Rosa Pinto e Isaías, o trio apelidado por “Os Três Patetas”, em alusão a três comediantes do cinema norte-americano.
Dono de um chute fortísismo, com o pé direito, Lelé chegava às redes atuando como meia direita ou esquerda, mas era considerado um jogador lento, com mais características de meio-campista do que de atacante. A sua contratação foi pedida pelo treinador uruguaio Ondino Viera, quando este começara a armar a sua patota, que foi entrar nos trilhos a partir do ano seguinte, para se tornar o "Expresso da Vitória", que mandou no futebol brasileiro até 1952. Ídolo da torcida cruzmaltina, Lelé foi campeão carioca em 1945, com o Vasco invicto – e o artilheiro da disputa, com 13 gols. gols – e em 1947. Também, esteve na equipe ganhadora, invicta, em 1948, no Chile, do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões, primeiro título de um time brasileiro no exterior. Antes, ainda tinha no currículo os títulos dos Torneios Relâmpago de 1944/46 e dos Torneios Municipal de 1944/45/46/47.
Como vascaíno, Lelé chegou à Seleção Brasileira, tendo disputado quatro jogos – 10.03.1940 – Brasil 3 x 2 Argentina; 14.05.1944 – Brasil 6 x 1 Uruguai; 17.05.1944 – Brasil 4 x 0 Uruguai e 16.12.1945 – Brasil 3 x 4 argentina – e marcado um gol, este contra os uruguaios, com o time, dirigido por Flávio Costa/Jorge Gomes de Lima, o Joreca, sendo: Oberdan (Jurandir); Piolin e Beglionini; Zezé Procópio, Rui e Noronha; Tesourinha, Lelé, Isaías, Jair Rosa Pinto e Eduardo Lima.
Duraante o carnaval carioca de 1946, Lelé foi personagem da marchinha “No Boteco do José”, de Wilson Batista e Augusto Garcez, cantada por Linda Batista. Foi um artilheiro popular.

 

sexta-feira, 22 de março de 2013

JORGE: ANIVERSARIANTE DO DIA

 Jorge Dias Sacramento foi vascaíno entre 1944 e 1954, atuando na então chamada “linha média” de antigamente. Todo torcedor escalava, instantaneamente: Ely, Danilo e Jorge.
Nascido em 22 de março de 1924, em Recife, este pernambucano (até 30 de julho de 1998) viveu o final de sua vida no Rio de Janeiro, sempre lembrado pelos torcedores vascaínos mais antigos, por ter sido o lateral-esquerdo do "Expresso da Vitória", o grande esquadrão vascaíno comandado pelo treinador uruguaio Ondino Vieira. Jorge era considerado um grande marcador. Inclusive, muitos o consideram o melhor da posição no clube, em todos os tempos. Campeão carioca nas temporadas de 1945/47/49/50/52, fez parte também, da equipe campeã sul-americana de clubes, em 1948, no Chile, e do Torneio Rivadávia Corrêa Meier, em 1953. Foi, também, o titular da lateral-esquerda da Seleção Carioca campeã brasileira de 1946.
Flávio Costa e Jorge em uma visita a São Januário
RIVINHA -  Além dos títulos  citados acima, Jorge ganhou todos os outros menores vencidos pelo “Exprsso da Vitória” – Torneios Início, Relâmpago e Municipal, entre eles. Quanto ao Rivadávia Corrêa Meier (tinha o apelido de Rivinha), também chamado de Copa Rio, este é pouco conhecido pelas novas gerações de vascaínos. Na verdade, não fora a continuação das duas disputas anteriores, pois mudara alguma coisa. Homenageava o presidente homônimo da então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que promovera os dois grandes encontros passados, um chamdo, oficialmente, de "Torneio Internacional de Clubes Campeões - Copa Rio" e o outro só de Copa Rio.
 A “Taça Rivinha” antecedeu à Copa dos Clubes Campeões de Futebol da Europa, promovida pela União Europeia de Futebol (primeira na temprada 1955/56), enquanto as disputas oficiais da Confederaçao Sul-Americana de Futebol só surgiram a partir de 1960. Por isso, os torcedores cruzmaltinos dizem que foram bicampeões mundiais no tempo em que não havia disputas internacionais oficiais, referindo-se ao Torneio de Paris-1957 e ao “Rivinha-1953”. No entanto,  a FIFA considera esta última disputa, apenas, como torneio internacional.
Jorge Sacramenteo foi campeão, como o treinador Flávio Costas escalando esta formação: Ernâni, Augusto e Haroldo; Ely, Danilo e Jorge; Sabará, Maneca, Ipojucan, Pinga e Djayr. Os placares foram: 07.06.1953 – Vasco 3 x 3 Hibernian-ESC; 16.06 – Vasco 2 x 1 Fluminense; 21.06 – Vasco 2 x 1 Botafogo; 24.06 – Vasco 4 x 2 Corinthians; 28.06 – Vasco 3 x 1 Corinthians; 01.07 – Vasco 1 x 0 São Paulo; 04.07 – Vasco 2 x 1 São Paulo.
INGRATIDÃO - Mesmo tendo sido considerado um dos melhores jogadores de sua posição em seu tempo,  Jorge Sacramento jamais foi convocado para a Seleção Brasileira. Nem mesmo por Flávio Costa, que fora seu treinador em seu auge. Dos craques vascaínos do "Expresso da Vitória", ele foi o garnde injustiçado – os outros titulares, também, não convocados, entre 1948 e 1951, quando Jorge foi titular absoluto, foram  o zagueiro Sampaio; o apoiador Laerte; o centroavante Dimas e o ponta-esquerda Djayr.

 

quinta-feira, 21 de março de 2013

JAIR ROSA PINTO - ANIVERSARIANTE

Jair (com Lula) voltou a vestir a jaqueta cruzmaltina em 1956
Em 1921, Quatis, então distrito de Barra Mansa-RJ, passou a ter entre os seus cidadãos um garoto que viria a ser um dos maiores craques do futebol brasileiro, Jair Rosa Pinto.
 O Vasco foi buscá-lo no Madureira, em 1943, juntamente com Isaías e Lelé, que arrasavam no “Tricolor Suburbano” e eram chamados de ‘Os Três Patetas”, em alusão a um trio de comediantes do cinema norte-americano.
Embora despontasse para o sucesso no "Madura", o “Jajá” já havia tentado rolar a bola em São Januário, nos tempos de amador. Só não ficou porque havia gente em um clube tão badalado. Pelo menos, fora o que lhe dissera o responsável por avaliá-lo, o ex-atacante do clube e argentino Kuko. Depois que voltou, ficou até 1946, para vestir a camisa cruzmaltina por 71 vezes, nas quais saiu de campo vencedor em 44 delas. Perdeu só em nove jogos e empatou 18. Dono de um chute fortíssimo, com a canhota, marcou 27 gols vascaínos, média de 0,39 por partida.
CANECO - Em 1944, Jair Rosa Pinto estava no time que conquistou o Torneio Relâmpago, disputado só pelos “grandes” do futebol carioca. Marcou três dos 14 gols da “Turma da Colina”, que saiu da competição invicta, com um saldo de 10 tentos, em três vitórias e um empate. Na época, o treinador uruguaio Ondino Vieira estava montando aquele que viria a ser um dos maiores esquadrões do futebol mundial, o “Expresso da Vitória”, que encantou nos gramados, até 1952, ano do seu último título estadual.
Quanto ao Torneio Relâmpago, que valeu o primeiro dos dois títulos de “Jajá” pelo Vasco – o outro foi o do Campeonato Carioca de 1945 –, este foi uma disputa que rolou entre 1943 a 1946. Era uma espécie de aquecimento para a temporada estadual. Na estreia, em 5 de março de 1944, o Vasco empatou, por 2 x 2, com o Fluminense, após Lelé perder um pênalti e os tricolores mandarem 2 x 0, até mais da metade do segundo tempo. Então, Jair Rosa Pinto diminuiu o placar e Cordeiro o igualou. Seis dias depois (11.06) a rapaziada goleou o América, por 4 x 0, com Jair mandando mais uma bola na rede – Cordeiro, Isaías e Lelé mandaram as outras.
Passados mais quatro dias (15.06), vieram os 3 x 0 sobre o Botafogo, com Djalma e Chico (2) balançando o ‘filó’. Finalmente, em 19 de março, saiu a conquista do primeiro título do “Expresso da Vitória”, nos 5 x 2 sobre o Flamengo, com “Jajá” fazendo mais um, e Chico, Lelé, Isaías e Djalma os demais.
O jogo, em General Severino, foi apitado pelo “Juca da Praia”, o apelido de José Ferreira Lemos, teve público calculado em 15 pagantes e renda de Cr$ 67 mil, 206 cruzeiros e 30 centavos – todos os títulos de Jair Rosa Pinto pelo Vasco foram: 1944 -Torneio Início; 1944 -Torneio Relâmpago; 1945 - Torneio Municipal;1945 - Campeonato Carioca (invicto) e 1946 - Torneio Municipal.
REVASCAÍNO - Em 1957, Jair Rosa Pinto voltou a vestir a camisa do Vasco, integrando um time misto de cruzmaltinos e santistas, na disputa do Torneio Morumbi, quando o garoto Pelé, aos 16
Foto reproduzida da revista Fatps&Fotos

quarta-feira, 20 de março de 2013

VASCO DAS CAPAS - DANILO MENEZES

A “Revista do Esporte”, do mesmo grupo da “Revista do Rádio”, do jornalista e empresário Anselmo Domingos, dividiu a capa do Nº 474, que circulou com data de 6 de abril de 1968, entre o meio-campista vascaíno Danilo Menezes e o goleador santista Toninho “Guerreiro”.
Às páginas 29 e 30, a publicação semanal carioca homenageou Danilo, com um belo texto, jogando as suas qualidades para cima, sob o título “Vasco tem um novo príncipe Danilo”, em alusão a um meio-campista da década-1950, Danilo Alvim, que tinha um apelido real devido fineza com que trabalhava a bola.
Nascido na cidade uruguaia de Rivera, do outro lado da rua de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, Danilo Menezes chegou a São Januário trazendo no currículo um título de campeão nacional e passagem pela seleção do seu país. Ficou por sete anos. Como não se creditava fotos ainda, as duas desta capa podem ser João Rodrigues ou de Hélio Brito, os nomes que constam no expediente da publicação.

terça-feira, 19 de março de 2013

ANIVERSARIANTES HOJE - VÁGNER

 Esquecidão! É como está, hoje, o coringa Vágner Rogério Nunes no meio da torcida cruzmaltina. Problema de família. O pai dele, o ex-meia Zé Rubens, da década-1970, também, já foi deletado da memória da galera do Noroeste, de Bauru-SP.  Nascido em 19 de março de 1973, Vágner foi cria do Paulista de Jundiaí-SP, quando os anos 1990 começavam, embora fosse um cidadão bauruense. Para o técnico Antônio Lopes, um atleta muito importante  durante as conquistas do ano do centenário do Club de Regatas Vasco da Gama, em 1998,  como o Estadual-RJ e a Taça Libertadores. Jogava em mais de uma posição. Em 1999, por exemplo, quando a rapaziada faturou o Torneio Rio-São Paulo, ele estava pela lateral-direita. 
 Quando chegou ao Vasco, Vágner era respeitado como um dos bons volantes revelados pelo futebol brasileiro da década-1990. Além do Paulista e do União de Araras-SP, times pequenos, levava no currículo a experiência de ter defendido dois grandes clubes, o Santos e a italiana Roma, e ainda a  Seleção Brasileira: 2 x 0 Verdy Tóquio (26.05.2001) e 2 x 0 Camarões (31.05.2001).  Em 2000, ele trocou São Januário, pelo São Paulo, e foi campeão paulista. Depois, defendeu o espanhol Celta, de Vigo. Em 2005, o Atlético-MG foi o seu último clube. Uma artrose acabou com a sua careira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 18 de março de 2013

POR QUEM TORCE O PRESIDENTE?

Revistas antigas publicaram que os presidentes da república Getúlio Vargas (1930 a 1945 e 1951 a 1954), Juscelino Kubitscheck (1956 a 1961) e João Goulart 1961 A 1964) eram torcedores do Vasco da Gama. Será que eram mesmo? Vamos conferir abaixo da foto. 
JK e Craveiro Lopes na Triuna de Horna de, São Januário, acompanhando um desfile
Getúlio Vargas, que o Vasco chegou a eleger seu “presidente de honra”, usou o estádio da Rua General Almério de Moura para interagir com o povo. Inclusive, foi por lá que divulgou a assinatura das primeiras leis trabalhistas do país. No entanto, segundo seu sobrinho predileto, Vargas Neto, que foi presidente do extinto (pelo presidente Fernando Collor, em 1986) Conselho Nacional de Desportos e jornalista em “ Cruzeiro” e no “Jornal dos Sports”, o velho “Gegê” dizia-se botafoguense, mas passara a ser vascaíno por solidariedade a ele. “Depois de um desentendimento meu com os dirigentes do Botafogo, o clube ao qual eu era ligado, fui convidado a colaborar com o Vasco, e levei o meu pai para a sua torcida”, contou ele à “Revista do Esporte”.
A ligação de Getúlio Vargas com o Vasco deu-se muito por força do presidente cruzmaltino, Cyro Aranha, que era irmão do ministro das relações exteriores, Osvaldo Aranha. Diante daquela abertura encaminhada pelo filho de Getúlio, Cyro, que não era bobo, explorou a deixa. Em 29 de dezembro de 1952, ele armou uma visita dos diretores e beneméritos ao Palácio do Catete, para desejar um “Feliz Ano Novo” ao chefe da nação, ao mesmo tempo que ofereceu-lhe um mimo. De sua parte, Getúlio considerou aquilo como uma prova de amizade e desejou ao clube” a continuação de suas brilhantes vitórias desportivas e sociais”.
Sobre o JK, o “Kike” indagou ao coronel Heliodoro, que foi o braço direito do construtor de Brasília, por toda a vida, e ouviu que o homem torcia pelo Atlético-MG, mas dizia, em público, que era americano (América-MG), por motivos políticos, pois, quando ele começou a politicar, o “Coelho” tinha maior eleitorado do que o “Galo”. “No futebol carioca, o presidente Juscelino torcia pelo Botafogo”, afirmou o seu grande amigo Heliodoro.
Talvez, redatores dos antigos boletins e revistas lançadas pelo do Vasco tenham tentado forçar a barra, passar para o povão um JK cruzmaltino, quando ele esteve em São Januário, em 27 de abril de 1957, assistindo a abertura dos VII Jogos Infantis, e durante a festa inagural, em setembro do mesmo ano, dos "Jogos das Primavera", a convite de Mário Filho, o dono do “Jornal dos Sports”, promotor do evento. Além disso, em junho do mesmo 1957, o JK estivera na tribuna de honra do estádio vascaíno, ao lado do general Craveiro Lopes, presidente de Portugal, assistindo a um desfile em homenagem ao visitante.
João Goulart, o "Jango", que estaria aniversariando hoje (nasceu em 1º de março de 1919), não teria nenhum motivo para ser torcedor vascaíno. Ele teve, realmente, grande ligação como futebol, quando jovem, quando foi zagueiro titular do time juvenil do Internacional. Por causa daquilo e para não perder a ocasião, em 1963, quando ele comandava o governo brasileiro, o clube colorado divulgou que lhe concederia um título de sócio proprietário e o convidara para inaugurar a sua nova sede social e o estádio que erguia, o Beira-Rio. Fora isso, o "Kike" não encontrou nenhuma ligação janguista-cruzmaltino e, também, nenhuma declaração dele neste sentido.

domingo, 17 de março de 2013

TRAGÉDIAS DA COLINA - PERNAMBUQUINHO


Almir tinha veronha na cara ei chorou após a goleada
Vasco e Flamengo disputariam um “Clássico dos Milhões”, absolutamente amistoso, em 15 de dezembro de 1957, pelo Campeonato Carioca. Isso porque, na véspera, Botafogo e Fluminense haviam vencido, respectivamente, Madureira e Bangu, coincidentemente, pelo mesmo placar de 4 x 2, tirando da dupla de rivais as chances de briga pelo título estadual. Sem motivação, os vascaínos foram para o gramado do Maracanã sem nenhum tesão na partida. Estiveram sempre apáticos, não demonstrando nem mesmo o interesse de igualar o placar, que cheu a 0 x 2 para o dversário.  “Se o Flamengo chegou à goleada (4 x 1) foi mais pelas facilidades ... encontradas do que ... pela vontade de encher a caçapa do adversário”, escreveu a revista  Manchete Esportiva.
Neste ponto, entra um detalhe. A semanária, que  considerava Almir Morais de Albuquerque “o jogador mais mal criado do futebol brasileiro”, naquela dia teve de tirar o chapéu para o atacante cruzmaltino. Viu muito espírito de luta no “Pernambuquinho”, enquanto a maioria dos colegas não queria nada com a bola – exceto Bellini e Wilson Moreira, o autor do gol do time. Para completar, publicou uma foto de Almir chorando, envergonhado pela goleada sofrida (ao lado, à esquerda).
Almir podia ser “bandido”, mas tinha amor à camisa 10 que vestia. Cumpria como seu dever de jogar para ganhar, aidna que fosse em uma partida sem moivação. Naquele clássico, o Vasco foi: Carlos Alberto Cavaleiro, Paulinho de Almeida e Bellini; Écio Capovilla, Orlando Peçanha e Coronel; Sabará, Rubens, Wilson Moreira, Almir e Pinga.
(foto acima reproduzida de álbum de figurinhas e abaixo de www.crvascodagama.com.br). 

sábado, 16 de março de 2013

O "KIKE" PROCURA PELA PRELIMINAR Nº 17

 O "Kike da Bola" só falta o Nº 17, para completar a sua coleção revista 'Preliminar/Vasco'. Trata-se de um programa de jogo para a torcida, do qual saíram Teve 18 edições, estando desativada devido a crise no setor de patrocínios. É muito caro o custo de uma edição colorida. O Internacional-RS, com mais de 100 mil associados, aboliu a sua revista em papel e só a divulga na forma digital, para os sócios com senha, em seu site. Entre os outros grandes clubes, só o São Paulo ainda lança uma revista mensal em papel.  Quem tiver a "Preliminar 17" e quiser vender é só informar. Ou se tiver o link, por favor, nos envie.

 
A revista  informava sobre o jogo do dia, fatos históricos, entrevistas, estatísticas e outros dados importantes. Produzido pela Stadium Comunicação (de Curitiba), a Nº 1 teve o meia Carlos Alberto e o presidente Roberto Dinamite na capa (foto/E) e distribuição pomposa. Divulgadores uniformizados a entregaram aos torcedores que chegavam para prestigiar Vasco x Atlético-PR, na noite do sábado 19 de julho de 2010, em jogo do Brasileirão. A gratuidade era compensada pelos “royalties” recebidos sobre os anúncios.

 Os chamados “match programmes” chegaram ao futebol brasileiro em 2006, com a mesma Stadium lançando a “Preliminar” do Atlético-PR, que teve 72 edições, entre 2006/2008, com 1,3 milhões entregues aos torcedores. Na Europa, existiam desde o Século 19. Na revista cruzmaltina, rolou uma novidade: gols históricos em quadrinhos, de autoria de Brenno Dias, roteirista, de 22 anos, e Denis Melo, desenhista, de 21. Entre os tentos galáticos, eles desenharam um “monumental”, de Juninho Pernambucano, um “infernal” de Cocada e seis “desbundantes” de Edmundo, em um só jogo.
Na época, Brenno disse à imprensa que o fato de o Vasco ter tanta história tornava-se difícil a escolha do tema. De sua parte, Denis contou que fazia o esboço e passava ao colega. Aprovado, trabalhava em um desenho de página inteira, usando pincel e bico de pena”.
O Vasco projetou 15 mil exemplares para os jogos em São Januário e 80 mil nos grandes clássicos no Maracanã. Na última edição, a Nº 17, a capa (foto/D) foi Juninho Pernambucano, em sua segunda passagem pela Colina. O “Kike” conseguiu o link de 16 edições, que estão á sua disposição, procurando no arquivo do blog.

sexta-feira, 15 de março de 2013

ANIVERSARIANTE - VALDIR

 
Valdir comemora um gol sobre o Fla, nos 3 x 1 de 27 de fevereiro de 1994
1 - Quando o Vasco foi buscar um "matador" na zona rural carioca, parece que a sua galera gritou: "Valdir! Faz um quatro aí!". E, quem queria ver, viu.
 O carinha bigodudo foi campeão estadual por quatro vezes – 1992/93/94/2003 – e ganhou quatro títulos fora de casa – Torneio de Verão Jose de Trujillo-1991; Trofeus Cidade de Zaragoza e de Barcelona, e Torneio João Havelange-1993. De quebra,  deixou  144 gols em sua história cruzmaltina.    
Assim que desembarocu na Colina, Valdir de Morais Filho mostrou que era um cara  danadão. E a turma da latinha, isto é, do microfone, não o perdoou. Como ele usava um bigodinho invocado das antigas, foríssimo de moda, ganhou o apelido de Valdir 'Bigode'. A história rolou quando ele começava a encher o saco de zagueiros e goleiros.
Carioquíssimo, nascido em 15 de março de 1972, a bola de Valdir era indissociável da jaqueta cruzmaltina, mesmo tendo vestido outras. No entanto, em São Januário a sua carreira teve mais realce, tendo sido “Fera da Colina”  por cinco temproadas: 1992 a 1994; em 2001 e em 2003.
"O Vasco me acolheu. De repente, passei a ser visto  no Maracanã, por 130, 140 mil torcddores. O Vasco é a minha casa...vai ser a minha casa sempre", disse ele, em 2008,  à " TV Lance".
O Vasco descobriu Vadir, em 1991, no Camo Grande-RJ. Em 1992, ele já mostrava o seu veneno ao novo time, ajudando-o a carregar Taça São Paulo de Futebol Júnior, da qual fora fundamental na única conquista do clube nesta que é a maior disputa nacional do gênero. De quebra, ainda foi campeão estadual. Cartão de visitas apresentado, em 1993, ele já era o principal artilheiro do Estadual-RJ, com 19 bolas no barbante. E comprovou ser um cara copoeiro, bisando e ‘trizzzando’ as carregadas de canecos pra Colina,  em 1992/93/94.
Destro, e com uma boa altura para um centroavante, 1m79cm, Valdir incomodava demaiss. Não teve jeito para o “Almirante” segurá-lo em sua esquadra. O São Paulo o levou, em 1995. Ficou por uma temprada, e foi ser ídolo da torcida do Atlético-MG. Não deu pra demorar muito pelo terreiro do "Galo", pois o português Benfica estava lá na esquina, esperando-o para fazer os seus gols de 1996. Mas os atleticanos não gostaram de ficar sem um sujeito íntimo das redes. Foram ‘rebuscá-lo”, para as temporadas 1997/98, quando comandou o ataque campeão das Copas Conmebol e Centenário de Belo Horizonte, ambs em 1997, e da Taça Governador de Minas Gerias, em 1998.
Em 1999, Valdir passou por Botafogo e Santos; E, no abrir de um novo século, fez a sua terceira passagem pelo Atlético-MG. Em 2001, no entanto, estava de volta à Colina, para ‘reinfernizar’ a concorrência. Ficou até 2003, foi campeão estadual e artilheiro da disputa, repetindo um atrevimento de “um time de temporadas passadas”.
Incorrigível fazedor de gols, Valdir saiu, mais uma vez. Os cartolas do Al Nasr chegarem, com os seus petrodólares e o levaramem, em setembro de 2004. Foi embora, deixando registrado:  principal artilheiro do Estadual do ano, com 14 tentos. Em 2005, já  Dubai que queria os seus serviços. Não deu sorte, pois sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo e precisou “cair na faca”. Era o fim de linha de um cara bigodudo que colocara oito faixas com o fardamento cruzmaltino. Fez mais do que cabelo, barba e bigode na pequena área. (Foto principal, de dkvulgaçãol, reproduzida de www.crvascodagama.com.br. As duas outras de anúncios de vendas de bonecos e de álbum de figurinhas).