Vasco

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sexta-feira, 1 de março de 2013

ANIVERSARIANTE: AÍDA DOS SANTOS

Um exemplo de mulher. É o mínimo que se pode dizer de uma atleta carregadora de muitas glórias para São Januário: Aida Menezes dos Santos. Nascida em 1º de março de 1937, em Niteroi-RJ, é o maior nome feminino do atletismo cruzmaltino. Assim como a nadadora Maria Lenk fora, em 1932, a única mulher da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos, ela a repetiu, em Tóquio-1964, no Japão. Competiu no salto em altura, sem nenhum apoio – em 1968, nos Jogos da Cidade do México, obteve a 20ª colocação no pentatlon. Por tudo o que fez, recebeu, em 2006, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, do Prêmio Brasil Olímpico, e, em 2009, o Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico Internacional.
Por dois centímetros, Aidna não trouxe uma medalha dos Jogos de Tóquio
Aída estudava na Escola Estadual Aurelino Leal, em Niterói. Vivia no Morro do Arroz. Em 1958, tinha 19 anos, corpo esguio e jogava vôlei e basquete. Certa vez, uma amiga, que voltaria para casa de bicicleta, propôs-lhe trocar uma carona, do estádio Caio Martins, até a sua casa, em troca da sua participação no treino da equipe de atletismo. Para na voltar a pé, topou. Resultado: logo saltava 1m45cm de altura, igualando o recorde brasileiro. O problema, depois, chamava-se seu pai, que não via sentido na pratica esportiva sem retorno financeiro. Por isso, Aída fez as primeiras provas ás escondidas e foi descoberta, por acaso.  Até apanhou, por insistir com aquilo. Mas não desistiu e entrou para a equipe do Vasco da Gama.
FANTÁSTICA -  A história da participação de Aída nos Jogos de Tóquio é inacreditável. Detentora do índice de 1m65cm, sem treinador e nem material adequado à competição, ela encarou adversárias assistidas por psicólogos, treinadores e fisioterapeutas. Para desestimular mais, o seu almoço havia sido apenas chuchu com camarão, e chegara à pista usando sapatilhas para provas de velocidade (sem pregos). Pior? Durante as eliminatórias, torceu um dos pés. Fera que era, no entanto, foi em frente e saltou 1m70cm, classificando-se para as finais. Superou a dor e cravar 1m74cm. Se subisse mais dois centímetros, traria a medalha de bronze. Quando nada, foi a primeira vez  que uma brasileira se aproximou do pódio olímpico, com a melhor classificação olímpica feminino do atletismo brasileira em todos os tempos.
Disputante, também, de provas nos 100 metros rasos e no lançamento do dardo, Aída teve entre as suas principais medalhas, dois bronzes pan-americanos: no pentatlo dos Jogos canadenses de Winnipeg-1967 e dos colombianos de Calí-1971. Na sua especialidade, o salto em altura, foi campeã estadual, brasileira, sul-americana e pan-americana. Depois do Vasco, ainda defendeu o Botafogo. Chegou a decacampeã carioca, sendo que os dois primeiros títulos foram com a jaqueta cruzmaltina. Quando cruzmaltina, um dos seus grandes feitos acopnteceu em 1958. Quebrou o recorde, de Crisca Jane, de 1943, no salto em altura: 1m54cm – um cm a mais do que o anterior e 10 à frente da segunda colocada. (foto reproduzida do livro "Sonhos e Conquistas - O Brasil  nos Jogos Olímpicos do Século XX", editado pelo Comitê Olímpico Brasileiro). Agradecimento.
 
 


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