Vasco

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

SÃO JANUÁRIO – CASA DO TRABALHADOR

No “Dia do Trabalho” , é o Presidente da República, Getúlio Vargas, "trabalhava" no estádio do Vasco.
No domingo da comemoração de 1940, Getúlio fez daquela data uma das mais importantes na história do país. Assinou a lei que criava o salário-minimo.  Pouco tempo antes, o presidente Washington Luís  negara ao Club de Regatas  Vasco da Gama importar cimento europeu, para construir o seu estádio. No entanto, ao Jockey Clube Brasileiro permitira.
Diante da antipatia presidencial, os engenheiros contratados pelo Vasco misturaram areia com brita e construíram as arquibancadas que, naquele domingão histórico de 1943 receberam 40 mil brasileiros, testemunhando o grande ato político daquela fase da história política brasileira.
Propaganda o fazia amigo da criança
Mas a vingança do destino contra o sacanão do Washington Luís seria cara. O gauchão, de São Borja – viveu entre 19.04.1882 a 24.08,19534 –, o derrubaria do poder, em 1930, após ter sido deputado federal (Partido Republicano Rio-Grandense) entre 1922 a 1926 e  ministro da Fazenda do mesmo  sacana, tendo deixado o cargo, em 1928, para governar o glorioso Estado do Rio Grande do Sul.
Vale ressaltar que, naquele mesmo ano de 1928, Washington Luís, que fora convidado para a inauguração de São Januário, quisera "apitar" um jogo naquele mesmo estádio do Vasco. Convidado a assistir Cariocas x Paulistas, ele ordenou a cobrança de um pênalti contra os visitantes, que se revoltaram. Então, o atacante Feitiço respondeu ao seu mensageiro: "Diga ao presidente que ele manda em seu governo. Aqui no campo, mandou eu". Vingativo,  Luís cortou a ajuda governamental que o desporto brasileiro teria para a sua próxima disputa internacional.   
 Dois anos depois, e, 1930, Getúlio comandou a revolução que apeou Washington Luiz do poder. E, pelos próximos 15 anos, ditou política nacionalista para o país. Em 1934, se o país entrava em crise política,  o futebol do Rio de Janeiro também.  Promoveu campeonatos estaduais, por  instituições diferentes. Se Getúlio promulgou uma nova constituição, o Vaso foi o campeão da Liga Carioca de Football. Mas uma coisa nada atinha a ver com a outra. Qualquer realidade com a coincidência era mera semelhança. 
  Em 1937, Getúlio fechou o Congresso Nacional e criou o Estado Novo, que durou até  1945. Naquela temporada, saía um ditador e entrava um outro. O Vasco passou a ditar o placar, com o “Expresso da Vitória”. Papava tudo, como o fizera o “Seu Gegê”, nos tempos em que ditara uma forte centralização política, criando par a torcida brasileira, a Justiça do Trabalho, em 1939, ano em que foram inaugurados os refletores de "SãoJanu" e marcado o primeiro gol olímpico no futebol brasileiro. Evidentemente, por um vascaíno.
 Na década-1940, além do salário mínimo, enquanto o Vasco demolia desafiantes, Getúlio entregou à nação a Consolidação das Leis do Trabalho , que trouxe a carteira profissional, a semana de 48 horas de trabalho e as férias remuneradas. E ainda tem gente que fala mal do estádio de São Januário. (imagens reproduzidas de www.blogdorádiocarioca.blogstpot.com). Agradecimento.
PRIMEIRO JOGO - Em primeiro de maio de 1927, o Vasco disputou o seu primeiro jogo valendo pontos, em seu estádio. Era o segundo na casa, inaugurada três dias antes, em um amistoso com o Santos. E a rapaziada foi impiedosa. Mandou 11 x 0 pra cima de um time chamado  Brasil, mais precisamente Sport Clube Brasil.
Aquele  Brasil representava o bairro da Urca e usava camisas brancas, com uma faixa horizontal vermelha, calções brancos e meias brancas, com SCB, em vermelho, no peito. Era o "Clube da Faixa Rubra". Disputou os Campeonatos Cariocas de 1923 a 1935, tendo, em  história, conquistado só os Cariocas Juvenil de 1932 e o de Segundos Quadros da Terceira Divisão de 1916. Orgulhosamente, teve  dois grandes ídolos: Nilo Murtinho Braga, na década de 1920, e Leônidas das Silva, no primeiro semestre de 1935.

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