Vasco

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domingo, 29 de dezembro de 2013

CASAMENTO DE VASCAÍNOS - DA SILVA

Da Silva era jogador do Vasco, mas a recepção do seu casório foi no Campo de São Cristóvão. Aconteceu em 12 de dezembro de 1964 e, é claro, que a afirmação acima não passa de uma brincadeira dos colegas, pois Campo de São Cristóvão é o nome de um dos bairros do Rio de Janeiro.

As núpcias do ponta-esquerda atrasaram-se por cerca de 20 minutos. Culpa da bola. Explica-se: enquanto o Frei Tobias Faleiro e os convidados esperavam pelos noivos, o padrinho – Russo, quarto-zagueiro – jogava pelo time de aspirantes. A turma começava a esfregar as mãos, impaciente. Naquele instante, o defensor vascaíno saia “voando”, do estádio da Rua Conselheiro Galvão, para chegar à igreja. Mas chegou.
Eram 16h55, quando o organista do templo católico começou a tocar a “Ave Maria”, de Haendel. Alzira, então, começou a desfilar, no rumo do altar. Seu vestido era confeccionado em brocado e babados de seda pura, forrado de rosa. Dois capuchões de pérolas brancas adornavam a saia e o colo. O véu da noiva era em nailon branco e rosa. A grinalda branca, com rosinhas. Já o terço, de cristal, com uma rosa. Fora Dona Aurora quem confeccionara o vestido da filha, tendo custado, só o tecido, Cr$ 350 mil cruzeiros, a moeda da época. De sua parte Da Silva usava um terno de tropical inglês, preto brilhante, comprado em Londres. Camisa, gravata e meias brancas, e sapatos pretos completavam o mais. Para fazerem uma recepção bonita, na casa da noiva, foram gastos perto de um milhão de cruzeiros.

EMPATADO - Como o time cruzmaltino – Ita, Joel, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Quincas; Mário, Célio, Saulzinho e Zezinho –enfrentava o Madureira, pelo Campeonato Carioca, enquanto Da Silva estava no altar, só após as 21 horas o treinador Ely do Amparo liberou a rapaziada para dar um chego à recepção do companheiro. Mas nem todos foram. Apenas Maranhão, Quincas, Pedro Paulo, Rubilota, Fontana, Joel, Brito, Barbosinha, Caxias, Mário ‘Tilico’, e Célio, estes seis últimos acompanhados pelas esposas. A rapaziada não pôde levar a vitória, como presente, pois o jogo ficara no 1 x 1, com Célio marcando o tento vascaíno.
CASA DA SOGRA - Os padrinhos de Da Silva, Jorge Muciá Miranda de Carvalho/Adalgisa Miranda de Carvalho, presentearam o casal, com o passagens aéreas, de ida e volta, para passarem a lua-de-mel nas praias de Ilhéus, na Bahia, onde moravam os pais do noivo, que ainda não conheciam a noiva.
Da Silva encontrou Alzira quando esta residia perto do estádio de São Januário, em 1962. Namoraram escondido, durante dois meses, até que o jogador vascaíno obteve a permissão de Dona Aurora, para frequentar a sua casa.Um a no depois, estava noivo. Por conta dos compromissos do Vasco, o casório chegou a ser transferido, por duas vezes.





 

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