Vasco

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sexta-feira, 11 de julho de 2014

NO MUNDO DA COPA - LÚCIO

Dizem os marqueteiros que Brasil e Portugal são países irmãos. Então, nada de mais os “brasilairos usarem a camisola da equipa lusa”, como já o fizeram, desde a  Copa do Mundo-2010, o zagueiro Pepe (Kepler Laveran Lima Ferreira), o meia-atacante Deco (Anderson Luís de Sousa) e o goleador Liédson (da Silva Muniz). 
Pois bom, meu venturoso rei! Não é de agora, desses tempos pós-modernos, que brasileiros jogam pelo selecionado lusitano de futebol. Ou o dirigem. Por exemplo: durante a Copa-66, roubada na Inglaterra – leia Dogbola" –, o time canarinho, do técnico Vicente Feola, foi mandado embora da terra dos Beatles por conta de indiscutíveis 3 x 1 lusitanos. Era treinada pelo "vascaíno" Oto Glória. Na “Era Dunga”, sob as ordens de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, eles nos mandaram indiscutíveis 2 x 0, amistosamente, em 6 de fevereiro de 2007, no Emirate Stadium, de Londres.
Na década-70 tivemos Celso Matos, “um médio, do Porto e, também, oriundo das terras de Ver Cruz, brigando pela bola em nome da também chamada “pátria mãe”. Por três compromissos.
A honra de ter sido o primeiro brasileiro a jogar pela seleção portuguesa, no entanto, coube ao zagueirão Lúcio Soares, que mandava um pau seguro na zaga do Soprting, de Lisboa. Nascido em 31 de maio de 1934, ele foi cria da Portuguesa-RJ, a “Zebra da Ilha do Governador”, pela qual jogou, até 1955, quando transferiu-se, para o América. Em 57, por antigos Cr$ 7 milhões de cruzeiros, ele atravessou o Atlântico, rumo à sua aventura sportinguista que o deixou rico.
Quando chegou em terras lusas, Lúcio foi alertado, pelos mais velhos na praça, de que o futebol de lá uma verdadeira bagunça. Verdade! Só viu melhorias depois que Oto Glória começou a exigir mais profissionalismo do Benfica, despertando o gigante adormecido.
Lúcio, filho de portugueses, foi titular por cinco jogos da seleção portuguesa. Em 1962, durante os preparativos canarinhos, visando o bi (trazido do Chile), ele degladiou, em duas contendas, contra o seu povo. Em seis de maio daquele “meia-dois”, amistosamente, no Pacaembu, em São Paulo, o Brasil fez 2 x 1 nos “gajos”, com gols de Zagallo e Zequinha, enquanto Coluna descontou, abrindo o placar.
A seleção portuguesa era: Costa Pereira, Lino (José Carlos), Fernando Mendes, Hilário, Lúcio, Vicente, Yaúca, Eusébio, José Augusto (Simões), Coluna e Serafim. Três dias depois, com 130.874 pagantes, no Maracanã – o jogo em "Sampa" não tivera público e renda divulgados –, o Brasil fez 1 x 0, com gol de Pelé. O time português foi o mesmo, mas com Simões substituindo Serafim, a partir dos 46 minutos. Naqueles amistosos, os portugueses foram dirigidos por dois treinadores, Júlio Cernadas Pereira, o Juca, e Armando Ferreira. O árbitro das duas partidas foi o chileno Cláudio Vicuña.
No final da carreira, Lúcio defendeu o mineiro Flamengo, de Varginha, que chegou a empatar, por 0 x 0, com o Cruzeiro, no Mineirão, pelo Estadual-1971, em 14 de março, diante de 3.738 pagantes, um dos quais era eu. O time dele tinha: Eduardo (Roberto), Arnaldo, Lúcio, Duza, Grego, Toninho, Marcílio, Carlos Roberto, Julião, Paulão (Selmo) e Parodi, dirigidos por Moacir Rodrigues. A Raposa do dia teve: Hélio; Pedro Paulo, Mário Tito, Miro e Vanderley; Toninho, Spencer (Dirceu Batista) e Gilberto. Eduardo Amorim (Gil), Palhinha e Rodrigues. O técnico, João Crispim.

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