Vasco

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terça-feira, 29 de julho de 2014

FERAS DA COLINA - CÉSAR

Em 1977, o então presidente do já inexistente Taguatinga Esporte Clube, o torcedor vascaíno Justo Magalhães Moraes, foi ao Rio de Janeiro, regularizar atletas na então CBD-Confederação Brasileira de Desportos, e voltou encantado com um centroavante do Bonsucesso. O chamou de “um novo Léo ‘Fuminho”, um camisa 9 que pintou os canecos no futebol mineiro daaquela década, e veio encerrar a carreira no Grêmio Esportivo Brasilense e no antigo Brasília Esporte Clube – atual Brasília Futebol Clube.
Como o “Taguá” era pobretão, por falta de pouca grana, Justo Moraes não conseguiu contratar César. Dois anos depois, quem encantou-se com o centroavante foi o treinador Telê Santana, do Palmeiras. O “Verdão” o contratou e o teve por 87 partidas, com 28 vitórias, 32 empates e 27 derrotas, entre 1979/1980, quando deixou 27 bolas no filó. O próximo deslumbrado foi o Vasco, que não viu (porque não quis) a bola de César, entre 1974 e 1978, quando o garoto vestia a camisa rubro-anil do Bonsucesso. Mas convenceu os palmeirenses a lhe venderemo então passe de Júlio César Coelho de Moraes, carioca, nascido em 25 de julho de 1954.
Como colineiro, César formou uma dupla infernal, com Roberto Dinamite. Terminou convocado, por Telê Santana, para a Seleção Brasileira que disputou dois amistosos na Europa, em 15 e em 19 de maio de 1981. Entrou no decorrer de Brasil 3 x 1 França e de Brasil 2 x 1 Alemanha Ocidental, substituindo, respectivamente, Reinaldo Lima e Paulo Isidoro. Telê pensava nele para usar a camisa 9 canarinha durante a Copa do Mundo-1982. E dosou a sua entrada no time canarinho, para não queimá-lo. Em vão. O Vasco, que não tivera mais ninguém na Seleção Brasileria, desde que Dudu “Coelhão” fora convocado para um amistoso, em 14 de março de 1981, aproveitou a valorização de César o negociou, com o Sevilla, da Espanha, no mesmo 1981. Por aquela época, não havia as facilidades atuais de comunicação. Para o torcedor brasileiro ver um gol marcado na Europa, só quando a TV Globo o colocava no Jornal Nacional. Resultado: César ficou longe dos olhos de Telê e terminou perdendo a camisa 9 para Serginho Chulapa. Se já houvesse Internet...
César ficou até 1984no futebol espanhol. Depois, aderiu à “vida cigana”, passando por Portuguesa de Desportos-SP, América de Rio Preto-SP, Vitória de Guimarães-POR, Farense-POR, Internacional-RS, Atlético-PR, Goiás, Sampaio Correa-MA, América-MG, Mesquita-RJ e Barra de Teresópolis-RJ, encerrando a carreira, em 1991. Desde que Dudu “Coelhão” fora convocado para um amistoso, em 14 de março de 1981, que o Vasco não tinha mais ninguém chamado para vestir a “amarelinha”.
César é pai de um lateral-esquerdo com o seu mesmo nome, além do Júnior, evidentemente, que foi eleito o melhor da posição durante o Campeonato Brasileiro-2009, defendendo o Grêmio.

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