Vasco

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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

TRAGÉDIAS DA COLINA - BOTAFOGADA

Em 1968, dos quatro jogos disputados contra o Botafogo, o  Vasco perdeu , exatamente,  o que não podia: 0 x 4, na decisão do Campeonato Carioca. A tragédia aconteceu em 9 de junho, no Maracanã, em um domingo, pela última rodada da disputa – no clássico do primeiro turno, a rapaziada havia mandado 2 x 0, em 28 de abril, no mesmo estádio.
Para a decisão do Estadual-68, Vasco e Botafogo ficaram embirrados em seus vestiários. Ninguém queria chegar primeiro ao gramado. Foi preciso uma negociação entre os cartolas, que acertaram uma entrada conjunta. Isso, com 21 minutos de atraso. Pelos dias que antecederam à decisão, rolaram muitas catimbas. Por exemplo: o atacante botafoguense Bianchini espalhou que o goleiro vascaíno Pedro Paulo seria raptado pela torcida do seu time, enquanto associados da turma de General Severiano pressionavam os dirigentes do clube da estrela solitária para exigirem exame antidoping nos atletas cruzmaltinos.
Quando o juiz Armando Marques – auxiliado por Antônio Viug e Amílcar Ferreira – apitou bola rolando, o Vasco não foi nem sombra do time aguerrido que vinha sendo. Sofreu dois gols em cada tempo e jamais ameaçou a vitória do rival, como constataram os 120 178 presentes, que proporcionaram a arrecadação de NCr$ 513.379, 25 novos cruzeiros, a moeda da época de inflação alta.  O time do vexame, treinado por Paulinho de Almeida, jogou com: Pedro Paulo; Jorge Luís, Brito, Ananias (Sérgio) e Ferreira;  Bougleux e Danilo Menezes; Nado (Alcir), Nei Oliveiras, Valfrido e Silvinho. 
  Depois do Campeonato Carioca, o Vasco enfrentou o Botafogo em mais duas oportunidades. Empatou, por 1 x 1, pela Taça Guanabara, em 28 de julho, e o venceu, por 2 x 1, em 5 de outubro, pela Taça de Prata, um dos embriões do Brasileirão. (foto reproduzida da Revista do Esporte". 

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