Vasco

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ANIVERSARIANTE DO DIA - DANILO ALVIM

Danilo lançava e Ademir balançava a rede. Lances assim, o locutor Oduvaldo Cozzi narrava aos montes, pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro.
Segundo o goleador, desde que ele passara a jogar junto com aquele colega, a partir de 1945,  a maioria dos seus gols surgiam dos seus passes perfeitos, “na medida exata, em profundidade, de curva, para iludir a defesa. Me lançando em velocidade, era meio-gol. Diziam que o Vasco  já entrava em campo ganhando, por 1 x 0”, contou Ademir, ao Nº 457 da revista “Placar”, de 26 de janeiro de 1979.
Não foi só a classe de Danilo que fez Cozzi lembrar-se do Conde Danilo, da ópera “A Viúva Alegre”, de Franz Lehar, para colocar-lhe um apelido ligado à realeza. A sua raça e personalidade em campo, eram outras características. Caso do jogo em que perdia (0 x 2), do Flamengo, em 21 de agosto de 1949.
CONFIANÇA - Danilo levantou o moral dos colegas, dizendo que o Vasco tinha time para virar o placar, até se estivessem perdendo, por 5 x 0 , e que o rival não era de nada. Comandou a ração, marcou um gol e levou a rapaziada à uma virada de placar estonteante: 5 x 2.
Danilo Faria Alvim era carioca, nascido sob o signo de escorpião, em 3 de dezembro de 1921. Flávio Costa, seu treinador nos tempos do “Expresso da Vitória”, o via como jogador de esquema, de resolver problemas na partida, improvisando jogadas. Foi campeão carioca em 1947/49/50/52. Pelo Vasco ainda foi campeão sul-americano de clubes campeões-1948, no Chile. Pela Seleção Brasileira, campeão sul-americano-1949, além de vice da Copa do Mundo-1950.
 SSAÍDA - Danilo deixou o Vasco em 1954, negociado com o Fonseca, de Niterói, mas este sendo uma ponte para o Botafogo. Príncipe em campo, Danilo era rude, as vezes, fora dele. Por exemplo, saiu de São Januário sem despedidas. Apanhou as suas chuteira e foi embora. Pior fez no dia marcado para o casamento: não compareceu à igreja. Dias depois, na véspera de um amistoso entre o Vasco e o inglês Arsenal, sem avisar a ninguém, apanhou a noiva e foi com ela se casar na cidade de Miguel Pereira. Viveu por 75 anos, até 16 de maio de 1996, tendo disputado 305 jogos e marcado 11 gols com a camisa cruzmaltina.    
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