Vasco

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sábado, 23 de janeiro de 2016

MEMÓRIA DA PUBLICIDADE NAS REVISTAS ESPORTIVAS BRASILEIRAS- RAPIDINHAS

Em 1998, Cassiano Ricardo Gobbet, Tomaz R. Alves e Martim Silveira criaram o site www.trivela.com para divulgar o futebol internacional, com foco principal no europeu. Depois, incluiu  brasileiro. Próximo passo:  o Guia da Liga dos Campões da Europa-2005/2006, em forma de revista gráfica, lançada em setembro de 2005. Como o leitor gostou, em fevereiro de 2006 veio uma nova publicação, a Copa´06, em seis edições, cinco antes e uma depois do segundo Mundial de Futebol promovido pelos alemães – antes de 2006, haviam promovido o de 1974.
Copa´06 mudou de nome, para Trivela, em setembro de 2006, com tiragem semanal. Toda colorida, revirava o futebol de todo  o planeta, sem esquecer de reviver grandes fatos rolados nos gramados. Esteve nas bancas de revistas por 43 edições, com 68 páginas, tendo lançado, também, os guias da Liga dos Campeões europeus-2007/08 e 2008/09, bem como das Taças Libertadores da América de 2007/2008/2009, este último integrando o Nº 36, em fevereiro de 2009.
Em termos de futebol internacional, foi a melhor cobertura já surgida nas revistas brasileiras. “Placar”, a mais famosa, visitava o setor, mas sem tanta profundidade como a trazida por Trivela. Em termos  publicitário, no entanto, a publicação chegou zerada, pois não se pode contar dois anúncios da casa,  um na chamada segunda capa (o verso da capa), e o outro na quarta capa (a contracapa das revista).
Mesmo com bons texto, diagramação, visual fotográfico e humor, Trivela mandou avisar pelos seus primeiros números que não demoraria no mercado. Sempre circulou com poucos anunciantes, e são estes que seguram uma publicação nas bancas. Um exemplo claro foi chegar ao 14º número, em abril de 2007,  prestigiada naquela edição por apenas três marcas – Toyota, montadora automobilística; Só Futebol Brasil, vendedora de camisas de clubes, e televisores LG,  promovendo o modelo Time Machine, com tela plana e a novidade do plasma – anúncios nas segunda, terceira e quarta capas. Nenhum pelo miolo, fato repetido em setembro de 2008, quando o nº 31 teve as mensagens da Asics, divulgando o  “novo (tênis) gel-nimbus-10”; Só Futebol Brasil (já citada) e Gillette, que tinha o jogador Kaká, do italian Milan, como garoto propaganda na época em que a marca sueca vendia o modelo March-3 Turbo Victory.
 Muito provavelmente, quando mandou às bancas o nº 40, Trivela já intuísse que estaria vivendo as suas últimas publicações gráficas, pois aquela, de junho de 2009,  só trazia publicidades que mais se assemelhavam a permutas: revista Sustenta, focada no meio ambiente e os canais televisivos ESPN e Band Sports, exclusivo para desportistas.  E foi o que deu. Pelo nº 43, o editor executivo Caio Maia avisou aos leitores que eles estavam se despedindo do projeto gráfico de Luciano Arnold e dos desenhos humorísticos e das ilustrações de João Tiago. Trivela, que trouxe em sua primeira capa os presidentes do Brasil, Luís Inácio Lula das Silva, e Ricardo Teixeira, da Confederação Brasileira de Futebol — como Copa´06, o treinador Luís Felipe Scolari, o Felipão, foi capeiro – sai de cena capeado por Kaká, já no espanhol Real Madrid, e tendo anúncios da ONG Greenpeace (na segunda capa e também à página 3); da revista Sustenta (no miolo) e  da ESPN (contracapa). Antes dela (terceira capa), a casa deixava telefone e e-mail para o leitor completar a sua coleção que só não tinha o primeira guia, esgotado, coincidentemente, com o mesmo Kaká na capa, mas como rubro-negro milanês.    

  

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