Vasco

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terça-feira, 5 de abril de 2016

HISTORI&LENDAS CRUZMALTINAS

A Loteria Esportiva estava no começo. Era uma coqueluche, com todo torcedor sonhando com os milhões que os seus testes ofereciam, semanalmente. Filas enormes se formavam em frente às lojinhas de apostas, e até autoridades muito importantes entravam no lance.
 Por aqueles inícios da logo apelidada “Loteca”, revistas e jornais criaram sessões especiais, informando as chances de cada time incluído no programa do final de semana. Uma dos periódicos que mexiam com os sonhos dos apostadores era a  revista carioca Fatos & Fotos, do grupo Adolph Bloch.  Trazia a reprodução de uma cartela com o palpite de uma personalidade esportiva e mais uma com vários convidados.
Para ao Teste 18, nos dias 3 e 4 de outubro de 1970, a semanário convidou o treinador da Seleção Brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo, para marcar uma cartela. E, sabedora de que o governador do Rio de Janeiro, Negrão de Lima, semanalmente, reunia-se com os seus assessores para participar de um bolão”, o convidou a ajuntar os seus palpites aos dão seu repórter Ney Bianchi e os de mais gente da crônica esportiva -  Carlos Mura, Valdir Amaral, Doalcei Camargo, Jorge Curi, Ademir Menezes,Geraldo José de Almeida, Durval Ferreira e Celso Kinjô.   
A cartela teve três palpites  duplos e um simples, e custou Cr$ 24,00 cruzeiros – a cartela simples custava Cr$ 1,00 cruzeiro e era obrigatório um palpite duplo.
 Em sua aposta, Zagallo cravou empate no Jogo 2 – Flamengo x Vasco –, pelo Torneio Roberto Games Pedrosas, o chamado “Robertão”, que foi um dos embriões do atual Campeonato Brasileiro. O Lobo levou em conta que os rubro-negros não haviam se dado bem diante dos cruzmaltinos, durante o Campeonato Carioca, em que o “Time da Colina” quebrou um tabu, de 12 anos sem títulos, e via um desejo de forra no ar. Mesmo assim, ficou pelo empate, “respeitando a categoria do clube campeão”. O governador Negrão de Lima, também, cravou empate. Mas, para ficar bem junto às duas maiores torcidas (e eleitorado) carioca.   
  Na tarde domingueira daquele 4 de outubro, literalmente, o título de um jornal sensacionalistas poderia ser: “Almirante derruba o Governador” – Coluna 1 no  Jogo 2.

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