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terça-feira, 22 de novembro de 2016

HISTÓRIAS DO KIKE - MÃOZINHA DE OURO

      

      REPRODUÇÃO DO ARQUIVO DO JORNAL DE BRASÍLIA 

 

           Wilton marcou um dos gols mais malandros da história do "Maraca"


Assim, em impedimento, o ponta-direita Wilton cumpriu à risca a malandragem. Na tarde do domingo 13 de outubro de 1968, no Maracanã, diante de 43.772 presentes, aos 13 minutos do primeiro tempo, ele ludibriou a arbitragem, enfiou uma das mãos na bola e fez o Flu vencer o Fla, por 1 x 0 – Félix; Nélio, Galhardo, Altair e Assis; Cláudio Garcia e Suingue; Wilton, Aguinaldo (Salvador), Samarone (Lula) e Serginho, escalados por Evaristo de Macedo foi o time vencedor.

Baixinho (1m66cm) e magrinho (60 quilos), quando tocava na bola, Wilton se mandava para a linha de fundo, a fim de centrá-la para os “homens-gols” tricolores se virarem na pequena área. Como o lance foi ficando manjado, o jeito foi ele mudar. Passou a fechar para o meio, chutando ou municiando quem estivesse melhor colocado. Fazer isso, porém, não era o suficiente. O treinador Evaristo de Macedo disse-lhe que, se a jogada não contasse com rapidez, seria perda de tempo. Então, Wilton passou a trabalhar o pique e o seu futebol subiu bastante. Como prêmio, ganhou convocação para a seleção carioca que enfrentou a paulista, em 9 de novembro daquela temporada, no chamado “Jogo da Rainha, em homenagem à Elizabeth II, da Inglaterra, que esteve no Maracanã e entregou a taça de vencedor a Pelé, que marcou um gol (3 x 0) para os visitantes. Wilton entrou em campo perto da final da partida, mas os poucos minutos jogados representaram muito para a sua afirmação junto à torcida tricolor.

Wilton Cezar Xavier, de início, evitava as bolas divididas. Ao ver que os jogadores violentos eram mais fáceis de serem vencidos, passou a torcer para não encarar os marcadores técnicos, preferindo os que jogavam duro. Contra um deles, o lateral-esquerdo Pão, do Bahia, apanhou muito, mas marcou dois gols. Nascido em Belo Horizonte, em 13 de outubro de 1947, viveu até 13 de dezembro de 2009, deixando quatro filhos e cinco netos. Rolou a bola até 1986, quando tinha 36 de idade. O seu início de carreira foi como infanto-juvenil do Fluminense, em 1965. Saiu em 1975, tendo vestido, ainda, as camisas do São Paulo, Santa Cruz-PE, Coritiba, Vitória-BA, Blizard Toronto, do Canadá, Náutico-PE, Leônico-BA e Galícia-BA. Como treinador, comandou o time do Volta Redonda-RJ.

     

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