Vasco

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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

HISTORI&LENDAS DA COLINA - CARTER

1 - Rolava o 12.10.1987. No Maracanã, o Vasco pegava os corintiano, pela Copa União. Era um dia dedicado à  padroeira do Brasil e a moçada preferiu ir à praia. Só 6.339 torcedores compareceram ao jogo. Quem não foi perdeu um show de Romário. Mas quem abriu a festa foi  Vivinho, aos cinco minutos. O lateral-direito gaúcho Paulo Roberto, numa "pixotada espetacular", marcou um gol contra, 11 minutos depois: 1 x 1. Sem problemas: aos 21, Romário colocou a "Turma da Colina", novamente,  na frente do placar: 2 x 1. No segundo tempo, ele fez mais um, aos dois minutos. E, aos 17, fechou a conta. O Vasco do dia goleou com: Régis; Paulo Roberto, (Milton Mendes), Donato e Mazinho; Josenilton (Humberto), Luiz Carlos e Oswaldo; Vivinho, Romário e Zé Zérgio. 

2 –   O zagueiro Abel Braga, uma das principais peças defensivas das equipes vascaínas da década-1970, estreou como “xerifão” da zaga em 19.02.1976, em amistoso no alagoano Estádio Rei Pelé, em Maceió, com o “Almirante” colocando na maleta Cr$ 80 mil cruzeiros de cota, uma boa grana. Foi o compromisso 2.913 da rapaziada, que o venceu, por 1 x 0, com gol marcado pelo meia Jair Pereira. Para a estreia do Abelão, foi anunciadas esta escalação: Mazaropi; Toninho, Abel, Renê e Alfinete; Lopes, Zanatta e Zandonaide;  Luís Fumanchu, Roberto Dinamite e |Luiz Carlos Lemos.  

3 -  Em 25.07.1976, o então govenador Jimmy Carter, do norte-americano estado da Geórgia, visitava o Rio de Janeiro e manifestou ao governador Chagas Freitas o desejo de assistir uma peleja no Maracanã. A tabela do Estadual marcava Vasco x Botafogo, com Armando Marques no apito.  O futebol ainda não era bem difundido nos Estados Unidos e Carter passou o jogo inteiro perguntando por nomes do atletas, a importância da jogada que acabara de assistir e porque certos lances foram praticados. Quanto ao jogo, ficou no 1 x 1, com Dé “Aranha” comparecendo à rede para este time que o técnico Paulo Emilio que escalou: Mazaropi; Gaúcho, Abel Braga, Renê e Marco Antônio; Zé Mário, Luís Carlos Martins e Helinho; Luís Fumanchu (Marcelo), Dé e Roberto Dinamite. O clássico teve público de 42 mil pagantes. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

TRAGÉDIAS DA COLINA - FURACÃO


 Goleado, pelo Atlético-PR, por 1 x 5, o Vasco foi rebaixado, em 2013, pela segundas vez, em cinco anos, à Série B do Campeonato Brasileiro. Pagou caro por insistir em disputar uma competição forte com três goleiros péssimos - Alessandro, Diogo Silva e Michel Alves – e com jogadores de baixo nível técnico, como o zagueiro Cris, o apoiador Sandro Silva e os atacantes Reginaldo e Robinho, sem nenhuma condição de vestir a camisa de um clube como o Vasco.
Logo em sua estreia, Cris cometeu duas falhas eu derrotaram o Vasco, em São Januário, ante o Grêmio. Lá se foram dois pontos dentro de casa. embora. No empate, por 1 x 1, em Brasília, com o Flamengo, Cris cometeu uma furada inaceitável para um profissional, no lance do gol rubro-negro. Na derrota, ante a Ponte Preta, Alessandro engoliu um frango como não acontece nem em peladas. La se foram mais dois pontos. Estes citados seriam suficientes para salvar ao clube.

FICHA TÉCNICA- Vasco 1 x 5 Atlético-PR. Campeonato Brasileiro. Local: Arena Joinville-SC. Juiz: Ricardo Marques Ribeiro (MG). Renda: R$ 346.340,00. Público: 8.878 pagantes. Gols: Paulo Baier, aos 4; Edmilson, aos 40, e Ederson, aos 44 min do 1º tempo; Marcelo, aos 19, Ederson, aos 37 e aos 40 min do 2º tempo. VASCO: Alessandro; Fagner, Renato Silva, Cris e Yotún; Abuda, Wendel (Bernardo), Pedro Ken e Marlone (Tenório); Thales (Reginaldo) e Edmilson. Técnico: Adilson Batista. ATLÉTICO-PR: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Maranhão (Juninho); Deivid, João Paulo, Everton e Paulo Baier (Zezinho); Marcelo (Felipe) e Ederson. Técnico: Vagner Mancini.
OBS: o resultado rebaixou o Vasco Série B do Campeonato Brasileiro, pois o time ficou com 44 pontos, em 18º lugar.
   

domingo, 29 de janeiro de 2017

O DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - FLORA, VOZ BRASUCA NO JAZZ DO TIO SAM

Quando a carioca Flora Purim nasceu, em 1942, mandou avisar às visitas que jogaria no time do pai violinista e da mãe pianista. Pra não mentir, quando garotinha, aprendeu a tocar piano e violão, e mandava ver na voz, embora não fosse cantando os carioquíssimos sambas, mas os norte-anericaníssimos jazz de Sarah Vaughan, Billie Holiday, Ella Fitzgerald e Dinah Wasington.
Com pegada forte naquele ritmo, aos 25 anos de idade, depois de ter sido nadadora do Club de Regatas Vasco da Gama, a energética Flora foi para os Estados Unidos, inicialmente, estudando música com professores da Califórnia. Aos 30, casou-se com o percusionista Airto Moreira, trabalhou com Bill Evans e Stan Getz  (um dos responsáveis pelo sucesso da Bossa Nova nos ”Iztêitiz”) e o grupo “Return for Ever”, que pecorreu a terra do “Tio Sam”, agradando muito, pelos inícios da década-1970.

EM SEGUIDA, Flora soltou a voz ao lado de “artistas da hora”, como o marido – LP Seeds on the Ground-1971; Chick Corea Chick Corea   – álbuns  Return to Forever- 1972 e  Return Forever: Light as a Feather-1973 – e  Carlos Santana – disco Yours is the Light-1973. Fez sucesso, também, em shows ao lado de outro brasileiro, Hermeto Pascoal, que também acontecia por lá, e do pianista Gil Evans (13.05.1921 a 20.03.1988), que não deve ser confundido com Bill Evans (16.08.1929 a 15.09.1980). Mas o que ela queria mesmo era a carreira solo. Gravou o álbum “Butterfly Dreams”, foi em frente e arrasou cantando no disco “Light as a Feather”.
Flora Purim deixava o público e os músicos norte-americanos embasbacados, pela sua capacidade de improvisação. No entanto, a sua carreira foi prejudicada, pela cadeia. Presa, em 1974, acusada do uso de drogas, passou um ano e meio como “hospede do governo” e mais 12 em liberdade condicional, sem poder cantar em outras plagas. Para os cantores e instrumentistas norte-americanos, uma pegadas muito forte, para quem fora eleita, de 1974 a 1977, a melhor cantora de jazz da terra do jazz.
 
DÉCADA-1980 - Flora Purim gravou pouco e sempre com a participação do marido Airto. Recebeus elogios para “Humble People-1985” e “The Colours of Life-1988”. Rolando a vida, gravou música popular brasileira e um disco visitando Milton Nacimento, entre outros trabalhos. No próximo dia 6 de março, com muita saúde, ela vai celebrar 75 anos de idade, todos eles como torcedora da "Turma da Colina".

When Flora Purim was born in 1942, she told the visitors that she would play in the team of the violinist father and the mother pianist. Not to lie, as a little girl, she learned to play the piano and guitar, and she could see in the voice, although she was not singing the most sambas, but the very American jazz of Sarah Vaughan, Billie Holiday, Ella Fitzgerald and Dinah Wasington.
With a strong foot in that rhythm, at the age of 25, after being a swimmer at the Vasco da Gama Regattas Club, energetic Flora went to the United States, initially studying music with California teachers.
 At age 30, she married percussionist Airto Moreira, worked with Bill Evans and Stan Getz (one of those responsible for Bossa Nova's success in Iztêitiz) and the group "Return for Ever", which landed on "Uncle Sam" , Much to the delight of the early 1970s.

FLORA THEN SANG out alongside "artists of the hour," as her husband - LP Seeds on the Ground-1971; Chick Corea Chick Corea - albums Return to Forever- 1972 and Return Forever: Light as a Feather-1973 - and Carlos Santana - disc Yours is the Light-1973. He also made concerts with another Brazilian, Hermeto Pascoal, who also happened there. But what she really wanted was a solo career. He recorded the album "Butterfly Dreams", went ahead and rocked singing on the album "Light as a Feather". Flora Purim left audiences and American musicians bashful for their improvisation.
However, his career was hampered by the chain. Presa, accused of drug use in 1974, spent a year and a half as a "government host" and 12 more on parole, unable to sing in other plagues. For American singers and instrumentalists, a very strong footsteps, for whom was elected from 1974 to 1977, the best jazz singer in the land of jazz. In the 1980s, Flora Purim recorded little and always with the participation of her husband Airto and with great praise for "Humble People-1985" and "The Colors of Life-1988". Rolando la vida, recorded popular Brazilian music and a disc visiting Milton Nacimento, among other works. On March 6, in great health, she will celebrate 75 years of age, all of them as a fan of the "Turma da Colina".

REPRODUCED PHOTOS OF DISC LAYERS. ACKNOWLEDGMENTS TO THE RECORDERS. THIS BLOOG IS NOT COMMERCIAL, BUT SPORTIVE AND CULTURAL.

FOTOS REPR0DUZIDAS DE CAPAS DE DISCOS. AGRADECIMENTOS ÀS GRAVADORAS. ESTE BLOOG NÃO É COMERCIAL, MAS ESPORTIVO E CULTURAL.











  

 

 

 

 

 
 

sábado, 28 de janeiro de 2017

O VENENO DO ESCORPIÃO - INIMIGOS CORDIAIS NO TEMPO DA VELHA REPÚBLICA

No dia da posse de Deodoro da Fonseca e de Floriano Peixoto, respectivamente, como primeiros presidente e vice da República brasileira, o segundo foi delirantemente aplaudido, para desgosto do outro. Ciúme de marechais? Sigamos! Quando o novo regime político do país comemorou o primeiro aniversário, os dois já eram “inimigos cordiais”. Tanto que Floriano não compareceu às comemorações, deixando claro ao conterrâneo – ambos eram alagoanos – que não tinha interesse em reaproximar-se dele.      
 Mais um tempinho passou, Deodoro renunciou e o locutor do alto-falante da imaginação gritou: “Brasil informa: modificação no time brasuca: sai Deodoro e entra Floriano”. Rolou a bola e, assim que foi confirmado titular, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Floriano tirou de campo todos os governadores estaduais nomeados pelo antecessor.
Floriano governou por um período conturbado, agiu com pulso forte e foi chamado de “Marechal de Ferro”, do que gostava, “pra carvalho”. Perto de fechar o boteco, ele recusou-se a apresentar candidato à sua sucessão e garantiu entregar a casa à sua nova direção. E a entregou ao paulista Prudente de Morais, representante das oligarquias cafeeiras e que não tinha a sua simpatia. Eram “inimigos cordiais”.
 Embarquemos, agora, em um voo do Concorde e desçamos de volta ao passado, em 1851, quando o ditador argentino Juan Manuel Rosas planejava recriar o Vice-Reinado do Prata, unindo o seu país, o Uruguai e o sul do Brasil. Claro que o Império brasileiro contra-atacou. E armou o esquema com os inimigos de Rosas, os “unitaristas” e o presidente uruguaio, Fructuoso Rivera, que tinha de engolir um ministro da Defesa imposto pelo poderoso vizinho argentino. E o bloco botou Rosas na rua. Rosas não era flor que se cheirasse.  
 Para os inimigos do ditador argentino, beleza! Para quem o apoiava, o Brasil que fosse....exatamente, para onde você pensou. Aliás, pensar parecia não ser algo muito legal para os caras daquelas bandas. Depois de Rosas, foi a vez do paraguaio Solano Lopez aparecer com o mesmo pensamento expansionista. Como o Império brasileiro já era amiguinho dos “hermanos” argentinos e, ainda mais, dos uruguaios, formou um tripé no meio-de-campo e deu uma surra no Paraguai que, mesmo assim, matou 60 mil “macaquitos”, como eles chamavam “los brasileños”.
Peguemos, novamente, o Concorde e voltemos para o futuro. Pelo rádio da cabine do piloto, escutemos o locutor da Administração dos Estádios de Minas Gerais gritar: “ADEMG informa: sai Don Pedro II e entra o marechal Deodoro da Fonseca no time do Brasil”.  Festas em Buenos Aires. Os argentinos detestavam Pedro II. E rolou a “maricota” para uma nova etapa. O Brasil chegou a 1950, construiu o Maracanã, o maior estádio de futebol do planeta, e promoveu a Copa do Mundo, o maior espetáculo da terra. Os argentinos não comparecerem para a festa.
   O tempo passa, o Império contra-ataca, brasileiros e argentinos tornam-se parceiros, até no Mercosul, e seguem juntos jogando a Copa Roca, criada pelo malandro populista e caudilho Júlio Roca, que já via no “balípodo” um meio de engabelar o povo, assim como Floriano Peixoto fazia no Brasil, com o “Jogo do Bicho” – nada se cria, tudo se copia, dizia o vascaíno Abelardo “Chacrinha” Barbosa.
  Com tantos anos de sacanagens bilaterais,  só quatro brasileiros ganharam grandioso carinho dos argentinos: os cantores Roberto Carlos e Maria Creusa, e o treinador de futebol Oswaldo Brandão. Por aqui, da turma de lá, nem o Papa Francisco emplaca. E olhe que o Brasil é o país mais católico do mundo! Os dois povos “hermanos” são e serão, eternamente, “inimigos cordiais”.  

 

                                

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

HISTORI&LENDAS DA COLINA

1 –   O zagueiro Abel Braga, uma das principais peças defensivas das equipes vascaínas da década-1970, estreou como “xerifão” da zaga em 19 de fevereiro de 1976, em amistoso disputado no alagoano Estádio Rei Pelé, em Maceió, com o “Almirante” colocando na maleta Cr$ 80 mil cruzeiros de cota, uma boa grana. Foi o compromisso 2.913 da rapaziada, que o venceu, por 1 x 0, com gol marcado pelo meia Jair Pereira. Para a estreia do Abelão, foi anunciadas esta escalação: Mazaropi; Toninho, Abel, Renê e Alfinete; Lopes, Zanatta e Zandonaide;  Luís Fumanchu, Roberto Dinamite e |Luiz Carlos Lemos.  

2 -  Em 25 de julho de 1976, o então govenador Jimmy Carter, do norte-americano estado da Geórgia, visitava o Rio de Janeiro e manifestou ao governador Chagas Freitas o desejo de assistir uma peleja no Maracanã. A tabela do Estadual marcava Vasco x Botafogo, com Armando Marques no apito.  O futebol ainda não era bem difundido nos Estados Unidos e Carter passou o jogo inteiro fazendo perguntas, como o nome do atleta, a importância da jogada que acabara de assistir e porque certos lances foram praticados. Mostrou-se muito curioso. Quanto ao jogo, ficou no 1 x 1, com Dé “Aranha” comparecendo à rede para o time treinado por Paulo Emilio que escalou: Mazaropi; Gaúcho, Abel Braga, Renê e Marco Antônio; Zé Mário, Luís Carlos Martins e Helinho; Luís Fumanchu (Marcelo), Dé e Roberto Dinamite. O clássico teve público de 42 mil pagantes. 

3 – Com o término da primeira metade do seu mandato rolando, o presidente Ernesto Geisel devolveu ao Rio de Janeiro, por uma semana, a sede da capital do país. Uma homenagem à cidade que ainda mantinha as presidências de importantes agências governamentais, como Petrobras, Eletrobras, Nuclebras, Furnas, Itaipu, Siderúrgica Naiconal (combustíveis, aço e átomo); Institutos Brasileiro do Café e do Alcool; Interbras, Cobec; BNDE, BNH (comercialização, exportação e habitação) e de outras entidades privadas importantes, como Confederações da Indústria, do Comércio e da Agricultura; Sesi, Sesc, Senai e Senac (órgãos de classe); Fundação Getúlio Vargas, Serpro e IBGE (este federal entre os órgãos que mediam os índices mensais do custo de vida) e a Escola Superior de Guerra. Durante aquele período, o Vasco disputou dois jogos pelo Campeonato Carioca: 1 x 0 Goytacaz, com gol de Dé, e 4 x 0 Volta Redonda, com Jair Pereira, Dé, Luís Fumanchu e Luís Carlos Lemos balançando a rede.   


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

HISTORI&LENDAS DA COLINA - BARRADO

1 - Episódio em que o maior ídolo da história do Club de Regatas Vasco da Gama – Roberto Dinamite – foi expulso da tribuna de honra do estádio da Rua São Januário O então presidente cruzmaltino, Eurico Miranda, garante que não foi verdade. Sua explicação? “Que barração? Não teve barracão nenhuma. A tribuna, comigo, teve ordem. Fica a 30 metros da presidência do Vasco. Se o Roberto caminhasse até lá e me pedisse para entrar, eu barraria? Nunca. Claro que não negaria. Nem era eu que estava lá. Era um vice-presidente. O Antônio Calçada chamou o Roberto. Quando ele entrava na tribuna, foi informado de que precisava do ingresso. Ele disse que fui eu que mandei tirá-lo. Mesmo se fosse o presidente da República, secretário de Estado, ministro, não teria acesso direto. A tribuna comigo voltou a ser respeitada. Tem que entender a história do clube. Getúlio Vargas fez pronunciamentos ali”. É mais um lance do "Vasco dos Fuxicos".

 2 – O primeiro título do Brasileirão no terceiro milênio foi vascaíno. Em 2000, a disputa chamou-se Copa João Havelange, por motivos de brigas politicas. O “Almirante” decidiu, com o São Caetano-SP, e o venceu, na finalíssima, já em 18 de janeiro de 2001,  por 3 x 1, no Maracanã, após 1 x 1 na casa do adversário.

3 – O Vasco detém a nona maior arrecadação do Campeonato Brasileiro. Nos 2 x 2, com o Internacional-RS, em 28 de julho de 1974, ano que foi campeão, levou 121.353 almas ao Maracanã. De outra parte, os vascaínos tiveram participação, também, no menor de todos os públicos da competição. Em 28 de novembro de 1994, só 71 pagantes compareceram a São Januário para vê-lo vencer o Paraná, por 1 x 0.  

4 - Empatar por 3 x 3 não é comum no futebol brasileiro. O Vasco já teve um empate mais esquisito, por 5 x 5, com o Corinthians, em 17 de abril de 1955, pelo Torneio Rio-São Paulo. No entanto, na data 25 de outubro excedeu e registrou duas igualdades incomuns com o Flamengo e o Bonsucesso.
VASCO 3 x 3 FLAMENGO foi jogo do Campeonato Carioca de 1953, em um domingo, no Maracanã, apitado por Mário Vianna e com gols cruzmaltinos marcados por Pinga, Ademir Menezes e Sabará. O técnico era Flávio Costa e o time teve: Osvaldo Baliza, Bellini e Haroldo; Ely, Mirim e Jorge; Sabará, Ipojucan, Alvinho, Pinga e Ademir. 

VASCO 3 x 3 BONSUCESSO já foi do Cariocão-1958, temporada do super-super vascaíno. O pega rolou no ‘Maraca”, um sábado, apitado por Eunápio de Queiroz, com Delém (2) e Rubens comparecendo ao barbante. Detalhe: Écio (contra) e Iedo, que passara por São Januário, colaboraram com a contagem dos rubro-anis. Francisco de Sousa Ferreira, o Gradim, ex-jogador do clube, era o treinador, e a sua escalação naquele 25 de outubro foi: Barbosa, Paulinho de Almeida, Viana e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Laerte, Delém, Rubens e Pinga.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

KIKE 333 MIL VISITAS

O Kike atingiu, pertto das 22 horas de hoje, 333 mil visitas. Valeu galera. Foi registrado enquanto a Seleção Brasileira empatava, no primeiro tempo, por 0 x 0, com a Colômbia, no "Jogo da Amizade", no estádio Engenhão, no Rio de Janeiro. Na etapa final, os canarinhos fizeram um gol, pelo palmeirense Dudu,  e venceram, por 1 x 0. O zagueiro vascaíno Luan foi convocado para esta partida, mas não entrou em campo.   

O VENENO DO ESCORPIÃO -6 - RUY BARBOSA, UM SUJEITO MUITO PRECONCEITUOSO

   O brasileiro adora criar mitos. Até locutor de TV que só faz ler textos que ele não escreve, vai pra capa de revistas. Um dos mitos não merecedores nome de rua e de estátua em praça pública é Ruy Barbosa (1849 a 1923). Sujeito preconceituoso, foi chamado de “Águia de Haia”, pela megalomania brasileira, por fazer um discurso bem aplaudido durante a Conferência da Paz, em 1907, na Holanda, quando defendeu a igualdade entre os estados. Mas todas as demais falas da sessão do dia foram aplaudidas. Era protocolar.
Comparado a baianos de imaginação criativa, como Jorge Amado (1912 a 2001), Anísio Teixeira (1900 a 1971) e Cosme de Farias (1875 a 1972),  para citar poucos, Ruy não passa de um “xuré”,  pássaro do tamanho de um canário e que que ninguém cria. Da mesma forma, ninguém pesquisa a sua obra, editoras não a relançam e nenhum universitário desenvolve teses de mestrado sobre ele, que tem um livro chamado “Oração aos Moços”. Quem era advogado de um dos maiores picaretas que já pintou por estas plagas, o empresário norte-americano Percival Faquhar (1864 a 1953), poderia ensinar o quê à rapaziada?
Ruy Barbosa, o primeiro ministro da Fazenda do primeiro governo republicano (iniciado em 1889), foi demitido, pelo presidente e marechal Deodoro da Fonseca (1827 a 1892), por não comparecer à  reunião na qual seria analisado um empréstimo ao Rio Grande do Sul. Enviou uma carta com o seu voto, inaceitável para o homem que derrubou o Império. E o pior: antes de ser demitido, Ruy tornou-se o pai da inflação no Brasil, sobrando, ainda, para o segundo governo da República, do também marechal Floriano Peixoto (1839 a 1895).          
Em 17 de janeiro de 1891, o ministro Ruy Barbosa criou facilidades para a organização de empresas e autorizou os bancos a emitir papel-moeda sem lastro em ouro e prata. Resultado: provocou uma tremenda especulação financeira, inflação galopante e a quebra de grande número de investidores. Ficou com a reputação, enormemente, manchada, por tentar copiar uma lei protecionistas, de 1862, dos Estados Unidos e que fora tentada, também, pelo seu antecessor, o monarquista de Afonso Celso de Assis Figueiredo,  o Visconde de Ouro Preto (1836 a 1912). Onde estava a inteligência da “Águia de Haia?” No bico do xuré, certamente,  pois o governo republicano perdeu o controle sobre os papéis emitidos, a circulação de papel-moeda cresceu 75% e os especuladores roubaram o povo, criando empresas que só existiam no papel.     
O ato do ministro Ruy Barbosa abalou todo o Brasil republicano e quase quadruplicou a desvalorização da nossa moeda, em relação ao dólar norte-americano. Ruy parecia não se lembrar que a escravidão acabara pouco tempo antes por aqui e que, pela maior parte  imperial, o povão vivia do escambo, de favores, da caridades e de esmolas, sem costumes monetários.  A sua atuação ministerial valeu-lhe, mais tarde, a derrota para Hermes da Fonseca, quando ele tentou ser presidente da República, em 1910.    

PRECONCIETUOSO – Convidado, em 1916, pelo governo do presidente Venceslau Brás (1868 a 1966) a chefiar a nossa delegação que participaria dos festejos dos 100 anos da constituição argentina, Ruy Barbosa excedeu. Recusou-se a embarcar no navio que levaria o selecionado brasileiro de futebol. Não aceitava misturar-se aos “futeboleiros”. De nada adiantaram os esforços do chanceler Lauro Müller (1863 a 1926) e do aviador  Santos Dumont (1873 a 1932) para ele abandonar tal postura.
Devido ao deselegante comportamento de quem se achava melhor do que atletas de futebol, o selecionado teve de embarcar em um trem  e passar quatro dias viajando, inclusive, passando pelas terras que Percival Faquhar arrendara e onde posseiros que resistiram à expulsão levaram balas mandadas pelo mesmo Exército que conquistara o respeito do povo, devido a atuação na guerra contra o Paraguai (1864 a 1870).
 Entre os jogadores de futebol que Ruy desprezou estava um, Marcos de Mendonça (1894) a 1988), o goleiro, filho da elite carioca. Todo o dinheiro da família do preconceituoso baiano não encheria o bolso de trás da calça de um membro da família Mendonça. Mais tarde, Marcos – além de jogador de futebol, foi escritor de livros de história – confirmou, em depoimento ao Museu da Imagem e do Som, no Rio, aquela atitude de Ruy Barbosa que, enquanto estava instalado, confortavelmente, em um hotel de Buenos Aires, um dos seus desprezados, o futebolista Sylvio Lagreca, pulava, heroicamente, sobre  um mastro e resgatava a bandeira brasileiro que pegava fogo. Quem foi mais importante para o Brasil? 
  Uma outra marca do preconceito de Ruy Barbosa estava no vocabulário da língua portuguesa. Inacreditável! Ele criticava Eça de Queiroz (1845 a 1900) por usar palavras francesas, tais como envelope, detalhe e massacre, incorporadas pelos dicionários do nosso idioma. Quem era ele, como autor de textos, para  condenar José Maria de Eça de Queiroz? Pelo menos, não teve inteligência para escrever livros aplaudidíssimos – alguns tornaram-se filmes do cinema e seriados da TV –, como “A Relíquia”, “O Crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio”. Pois bem! “Orações aos Moços”, nem em sebos da Bahia se encontra. Ou alguém  já viu alguma obra de Ruy filmada?  
 Uma pessoa mantendo preconceitos contra estrangeirismos em seu idioma, dificilmente, se entenderia com os seus interlocutores no mundo atual. Será que Ruy Barbosa não sabia que a chegada de vocábulos a outros idiomas sempre se deu pelas migrações de pessoas e a circulação de componentes culturais? Entre os séculos 13 e 15, os responsáveis foram os invasores mouros, na Península Ibérica. Nos 14 a 17, a vez foi de palavras usadas  na arte e na arquitetura italiana, na fase chamada  por “Renascimento”. No 19 e nas primeiras décadas do 20, no tempo de Ruy, era a França quem cedia palavras ao português. Hoje, é a linguagem norte-americana dos computadores.
 Proteger o idioma nacional de estrangeirismos está na história como atitude de ditadores. Adolf Hitler (1889 a 1945), na Alemanha nazista, Benito Mussolini (1883 a 1945) na Itália fascista e, mais recentemente, Mahmoud Ahmadinejad, no Iran, fizeram isso. Em 1994, na França, o ministro Jacques Toubon fez o mesmo, e a lei foi até sancionada pelo presidente François Miterrand. Mas terminou ridicularizada pelo povo, porque vários artigos eram inconstitucionais. No Brasil, o autor da ideia enviada à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara foi o então deputado Aldo Rebelo, do Partido Comunista e que foi ministro do Esporte, nomeado pelo aliado  Partido dos Trabalhadores-PT.         
 Dizia o escritor Antônio Cândido – autor do cinematográfico “O Coronel e o Lobisomen” e membro da Academia Brasileira de Letras – que a língua deve ser aquela que o povo fala. E,  hoje, não há como barrar o rumo do idioma na direção do que é falada pelas ruas. O estrangeirismo enriquece o léxico. Nacionalismo linguístico é parvoíce, palavra que está no Novo Testamento e que, no idioma grego, significava insensatez – menos para Ruy Barbosa, o PT e o Partido Comunista.   

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

VASCO DAS CAPAS - VÁLTER

"VÁLTER, A NOVA ESPRANÇA DO VASCO" é uma das cinco chamadas a capa, a última, do número 906 da revista carioca "Esporte Ilustrado", de 18 de agosto de 1955. A matéria sobre ele está na página 4, acompanhada por quatro fotos (uma delas usando a camisa azul da Seleção Brasileira) e a repetição do titulo escrito acima, com texto de Leunam Leite.
Diz o redator que a "meia-direita" era um velho problema vascaíno e que houve "júbilo, muito compreensível", da parte do torcedor cruzmaltino, pela chegada do "novo "player", ex-Santos. Prossegue Leunam contando que, após Maneca "decair" de produção, "deixando de ser aquele notável 'motora' que impulsiona a sua vanguarda, o 'onze' dirigido por Flávio Costa tem denotado pouco entrosamento e muita irregularidade". E previa que, com a aquisição de um "scratchman", a coisa mudaria de figura. Como exemplo, citava a estreia do jogador, "no cotejo" da primeira rodada do Campeonato Carioca de 1955, contra o Madureira, demonstrando, dizia que, com maior entrosamento, "brilharia intensamente nos gamados guanabarinos".

Válter Marciano Queiroz, fotografado para a capa daquela edição, por Vito Moniz, chegou a São Januário, com 23 anos de idade "apto a corresponder aos anseios da grande legião de fãs do seu novo clube", afirmava o redator, segundo o qual a carreira do "eficiente 'insider' tem-se constituído numa sucessão de êxitos". Chamado na matéria de "craque colored" (escurinho), Válter empenhou-se "denodamente junto ao Santos", para trocar de camisa, segundo Leunam Leite, que finaliza escrevendo que o astro deve "evidar grandes esforços no sentido de corresponder à grande confiança que os seus novos companheiros depositam no seu valor" – mais do que correspondeu. Tanto que o Valência, da Espanha, encantou-se com o seu futebol e o levou.
O texto da capa, que está na antepenúltima página (18) diz: "Válter, o meia que o Vasco conquistou ao Santos, vem marcando um gol em cada compromisso do clube cruzmaltino no certame de 55. Acertou um contra o Madureira, e outro frente a Portuguesa". Na segunda folha, trazendo os gráficos desenhados por William Guimarães, está o gol de Válter, contra a "Lusa da Ilha do Governador", cobrando falta, além do tento de Vavá, na vitória vascaína, por 2 x 1, da segunda rodada. O time daquele jogo – em São Januário, apitado por Eunápio de Queiroz, com renda de Cr$ 115 mil, 583 cruzeiros – foi: Vitor Gonzalez; Paulinho e Haroldo; Mirim, Orlando e Dario; Sabará, Válter, Vavá, Pinga e Parodi.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ÁLBUM DA COLINA - VASCO NO PLACAR


   O número 956, de 30 de setembro de 1988, da revista "Placar" brindou o Vasco com a sua contracapa, publicando esta foto do time que disputava a Copa União (*). Até ali, nada de mais. Era costume do semanário da Editora Abril publicar “posters” de times posados, em sua página central e na contracapa. Só que, daquela vez, havia um grande motivo.
Era 25 de setembro daquele 1988 e o Vasco matara dois periquitos, com a mesma pancada. Batendo no Palmeiras, 3 x 2, no Morumbi, acabara com a história, de 17 anos, sem vencê-lo, e de 24, sem colocá-lo na gaiola, em terras paulistanas. Depois de 7 de setembro de 1971, quando o vencera, por 1 x 0, no Maracanã, houve uma paradinha nas vitórias, até 7 de outubro de 1987. Foram quatro quedas, todas por 1 x 0, e seis empates, quatro por 0 x 0, além de 2 x 2 e 1 x 1.
O time do “quebra-quebra” foi às redes levado por Roberto Dinamite, aos 35 minutos do 1º tempo; Gaúcho, aos 51 segundos, e Vivinho, aos 15 minutos da etapa final. Carlos Alberto Zanata era o treinador. O time? Acácio; Paulo Roberto, Célio Silva, Marco Aurélio e Lira; Zé do Carmo, França, Ernâni e Bismarck; Vivinho e Roberto Dinamite (Sorato). Luís Cunha Martins (RS) apitou, o público atingiu 16.957 e a renda Cz$ 10.milhões, 804 mil e 500 cruzados (moeda vigente).
Pela ordem da foto, de Ari Gomes, e que não é a do time quebrador de dois tabus, estão, em pé, a partir da esquerda: Paulo Roberto, Célio Silva, Leonardo, Zé do Carmo, Mazinho e Acácio; agachados, na mesma ordem: Vivinho, Roberto Dinamite, França, Bismarck e William.

Detalhe: no dia em que a foto acima foi batida, os “Meninos da Colina”haviam vencido o Flamengo, por 1 x 0, com gol de Sorato, aos 17 minutos do segundo tempo, jogando com: Acácio; Paulo Roberto, Célio Silva, Leonardo Siqueira e Mazinho; Zé do Carmo, França e Bismarck; Vivinho, Roberto Dinamite (Sorato) e William. Renda: Cz$ 16.736.600,00. Público de 30.323. Juiz: Romualdo Arppi Filho (SP).

domingo, 22 de janeiro de 2017

O DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - "MULHER-GATO" BALANÇAVA O "BATMAN"

Ertha Kitt, Lee Mariwether, Yvonne Craig, Michele Piffer. A primeira fez dois episódios e não emplacou por ser negra; a segunda, o primeiro filme (1965) no cinema, por onde andou, também, a quarta citada. A terceira da lista acima agradou legal, na década-1960.  Mas nenhuma delas encantou tanto no papel da “Mulher-Gato”, como Julie Newmar, que hipnotizava o telespectador, exibindo um  corpo perfeito,  invejado por todas as mulheres.
Julie Newmar em foto de divulgação do seriado Batman
Nascida em 16.08.1933, em Los Angeles,  para viver o personagem na TV, Julie, que fora bailarina antes de ser atriz,  desenhou um traje que a sensualizava ainda mais, vestida em uma lycra brilhante como purpurina. Completava o look com um colar de ouro, um cinturão dourado e botas de salto alto com pinos de metal. Nos quadrinhos, usando um esvoaçante vestido de seda e portando um chicote, tornou-se uma das personagens mais sexi do setor.
Por muito tempo, Bob Kane  – o criador do “Batman" e de grande parte da  patota da do “Homem Morcego”, junto com Bill Finger – procurou por visual e o nome ideais para a personagem. Após alguns episódios como “The Cat”, surgiu a Selina Kyle, proprietária de lojas de animais, que torna-se  ladra e muda  de nome,  para “Catwoman”.  
A “Mulher-Gato” fez o pulo para a história   em 1940, na primeira edição da revista “Batman”, ainda ser usar uniforme especial. Nas primeiras aparições, já era uma ladra pela qual o “morcegão” demonstrava simpatia e a deixava fugir, após recuperar os seus furtos. Ela tem várias versões para a sua origem. A mais + mais  diz foi criada em um orfanato, de onde fugiu, para tornar-se prostituta e ladra. Atualmente, o autor de personagem é Genevieve Valentine. Recentemente, o escritor Grant Morrison e o desenhista Yanick Paquette  também andaram com ela.
 
Julie Newmar em foto promocional de 1966
Ertha Kitt, Lee Mariwether, Yvonne Craig, Michele Piffer. The first one made two episodes and did not emplaced, for being black; The second starred only the first film (1965) in the cinema, where also walked the fourth quoted. The third of the list pleased legal, in the decade-1960. But none of them charmed the role of "Catwoman," like Julie Newmar, who hypnotized the viewer, displaying a sculptural stamp, envied by all women.
Born in Los Angeles on July 16, 1933, to live the persona on TV, Julie Newmar, who had been a dancer before she was an actress, designed a costume that sensitized her even more, dressed in a lycra glittering as glitter. He completed the "look" with a gold necklace, a gold belt and high-heeled boots with metal pins. In the queens, wearing a fluttering silk dress and carrying a whip, she became one of the sexiest characters in the piece.
For a long time, Bob Kane - the creator of "Batman" and much of Batman's "Bat" comedy along with Bill Finger - looked for the look and the ideal name for the character.After a few episodes like "The Cat" , Appeared the Selina Kyle, owner of animal stores, that becomes thief and changes of name, for "Catwoman".
The "Catwoman" made the leap to the story in 1940, in the first issue of "Batman" magazine, still be wearing uniform. In the first editions, it was already a thief by which the "bat" showed sympathy and let it escape, after recovering its thefts.
There are several versions for the origin of "Muoher-Cat". The more more she says she was raised in an orphanage, from where she fled, to become a prostitute and bark. Currently the author of the character is Genevieve Valentine. Recently, writer Grant Morrison and draftsman Yanick Paquette have also been with her.


 

sábado, 21 de janeiro de 2017

VASCO DA GAMA 1 X 0 RIVER PLAT-ARG

O metre Nenê foi 10, também, em cobrança de falta. Ele foi fotografado por Rafael Ribeiro, de www.crvascodasgama.com.br 
 
Os vascaínos aproveitaram a visita aos Estados Unidos, também, para irem a um jogo de basquete, no qual Rodrigo participou de um concurso de arremessos., fotografado pro Rafael Ribeiro,
 de www.crvascodagama.com.br
Com 1 x 0 River Plate, o Vasco volta dos Estados Unidos com o terceiro lugar do Florida Cup – 2 x 1 Barcelona, do Equador, e 1 x 4 Corinthians foram os outros resultados. O jogo teve gol marcado por Nenê, aos 29 minutos, Nenê cobrou falta e mandando a bola para o canto esquerdo da baliza do goleiro Batalla, sem chance de defesa. Vasco e River Plate não se encaravam desde 30 de novembro de 200, quando o "Almirante" bateu os "hermanos" pelo mesmo 1 x 0, em São Januário, valendo pela Copa Mercosul. Foi o 14º jogo entre os dois, com seis vitórias cruzmaltinas, cinco empate e duas escorregadas.
CONFIRAS AFICHA TÉCNICA –  21.01.2017 (sábado) VASCO 1 X 0 RIVER PLATE-ARG.  
Competição: Disputa pelo terceiro lugar da Florida Cup. Estádio: Bright House Networks Stadium, em Orlando-EUA. Juiz: Vincent Apple-Chiarella-Estados Unidos.  Público e renda: Unão divulgados. Gol: Nenê, aos 29 min do 2º tempo.VASCO: Martín Silva; Pikachu (Madson), Luan (Jomar), Rodrigo (Rafael Marques) e Henrique; Evander (Andrezinho), Julio dos Santos, Escudero e Nenê. Eder Luis (Guilherme) e Thalles (Éderson). Técnico: Cristóvão Borges. RIVER PLATE-ARG: Batalla; Jorge Moreira, Maidana, Lucas Martínez e Luis Oliveira; Ponzio, Arzura (Mayada), Tomás Andrade (Matías Moya) e Pity Martínez; Alario e Driussi (Rodrigo Mora). Técnico: Marcelo Gallardo.
A pegada do craque, fotografada peor Rafael Ribeiro, de www.crvascodagama.com.br.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

KIKE EDITORIAL-5 - NÉLSON RODRIGUES

                                                                           
 Se ainda habitasse este planeta, Nélson Rodrigues, pernambucano nascido em 23 de agosto de 1912, em Recife, estaria convivendo com rótulos de tarado, reacionário infiel e volúvel, entre outros. Na verdade, de tudo o que lhe imputavam,  ele só foi volúvel, apaixonava-se a cada segundo. Teve várias paixões, mas só um amor verdadeiro, Elza, a sua primeira mulher,  embora errasse nas contas e dissesse ter tido três, entre tantas puladas de cerca.
Um dos maiores teatrólogos brasileiros, Nélson Rodrigues  foi um produto do  meio em que viveu, quando criança, ao chegar ao Rio de Janeiro. Na sua rua, convivia com tudo quando era baixaria do nível social dos moradores. Não foi a toa que, aos nove anos de idade, fez uma redação escolar, tendo por tema um par de chifres que vira um dos maridos das vizinhanças usar. É, também, da primeira rua carioca em que viveu que vem o seu teatro. No jornalismo, iniciou aos 13 anos. Ele tem 17 peças, começadas por “A mulher sem pecado”, de 1941, e encerrado com “A Serpente”, em 1978. Foi uma trajetória de textos sempre na mira da censura, quando não eram proibidos, recusados por produtores,  atores e atrizes, e geradores de brigas com pretensos guardiões  da moral e dos bons costumes, os quais ele os desafiava, aos palavrões, respondendo vaias aos finais de espetáculos.
Nélson Rodrigues foi um intelectual que jamais se escondeu sob mantos ideológicos. Acusado de reacionário, dizia-se defensor da liberdade. Por ter horror ao comunismo, defendeu a revolução de 31 de março de 1964. Só perdeu a fé nos generais-presidentes  quando Garrastazu Medici garantiu-lhe não haver tortura no Brasil, o que  ele viu escancarado na pele do filho Nelsinho, que ligou-se ao MR-8 e passou sete anos na cadeia.
Quando nada, o apoio de Nélson Rodrigues aos militares serviu para ele salvar muitos intelectuais dos porões da ditadura, como Augusto Boal, Hélio Pelegrino e Zuenir Ventura, entre alguns. Só não teve forças para desviar o Nelsinho da luta armada. Chegou a negociar, com o general Medici, um visto de saída do país para o rapaz, antes de ser preso, mas este, aos 24 anos, preferia ser guerrilheiro urbano.       
 Nélson era um sujeito, financeiramente, desorganizado. Nunca teve independência financeira. Certa vez, vendeu, para o cinema, os direitos de “Todas nudez será castigada”,  por apenas 500 dólares, enquanto o a renda de bilheteria atingiu US$ 7,2 milhões. Indicado para representar o Brasil no alemão Festival Internacional de Berlim, antes de sair do Brasil, a película foi retirada de cartaz e proibida, pela Polícia Federal.
Admirado pelos patrões, pelo que produzia e os fazia lucrar muito, por suas crônicas, colunas (“A vida como ele é”, em Última Hora, durou dez anos), folhetins (assinados por Suzana Flag), novelas televisivas e  livros, este pernambucano arretado parecia ter nascido para ser a própria polêmica. Chegou a ter uma cabra pastando, em um quadro de um programa de TV, enquanto entrevistava personagens importantes de vários setores da vida nacional. Pior: classificou, de burro, o videoteipe, recurso mais moderno da então TV brasileira, durante discussões em uma mesa redonda das noites de domingo, por discordar de uma marcação do juiz, em um jogo do  seu Fluminense. Seria capaz de preferir o inglês “centenial” ao correspondente português “centenário”, pois, em um estádio com tal nome (no Uruguai), o Brasil fora eliminado da Copa do Mundo-1930, e para ele, a seleção era a pátria de chuteiras.  

SURPREENDENTE – Nélson Rodrigues teve, sempre, no jornalismo esportivo, um porto seguro. Foi um dos seus grandes ganha-pão, por toda a vida. No entanto, em “O Globo”, certa vez,  encheu o saco das quatro linhas, e decidiu escrever sobre óperas. O editor riu em sua cara. Onde já se viu um repórter esportivo se meter a tanto? Pois ele foi lá e mostrou o seu veneno. Conhecia o terreno. Um pouco antes, quando o pai lhe permitira ser cronista cultural, em seu jornal (Crítica), teve de rebaixá-lo a repórter policial, por escrever verdades sobre o inabalável quem a “inteligentzia” brasileira não ousava  criticar.
Pela coragem de estampar incestos, adultérios, suicídios, abortos e “etceteras” que a sociedade praticava, mas não assumia, Nélson Rodrigues tornou-se maldito, elemento nocivo ao bem estar comum da família brasileira. Em defesa desta, principalmente de uma de suas principais instituições, o casamento, o governo chegou a passar por cima da constituição e proibi-lo, o que não era novidade. As vezes, exagerava. Implicância! Tanto que até a igreja o apoiava, mesmo com suas criticas aos “padres de passeatas”, como classificava os sacerdotes de esquerda. O certo, porém, foi que, com ou sem apoio, Nélson teve peça “Álbum de Família” passando quase 20 anos interditada.
Mestre em pregar peças aos velhos, novos e ex-amigos, com a mesma categoria que escandalizava leitores e espectadores, Nélson  Rodrigues saiu de cena do jeito que a sua vida pedia: pregando-lhe uma peça. No início da manhã de 21 de dezembro de 1980, ele deixou este mundo. Ao final da rodada do futebol daquele domingo, havia acertado os 13 pontos da Loteria Esportiva, o grande sonho dos brasileiros da época Não deu para ele escrever “O Sortudo do Além”, digamos. Seguramente, seria munição para um texto bem “nelsonrodriguesano”. Evidentemente, com ele no papel principal.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

VASCO DAS CAPAS - LORICO

Lorico (D) dividiu a capa da "Revista do Esporte" Nº 304 com o botafoguense Gérson. João Faria Filho, o verdadeiro nome do meia vascaíno, segundo muitos, só não chegou à Seleção Brasileira porque no seu caminho havia o colega botafoguense, um dos mais badalados craques das décadas de 1960 e de parte da 70.        Nascido em Santos-SP, em 10 de dezembro de 1940, Lorico viveu até 20 de dezembro de 2010. Enquanto este no Vasco, formou um meio-de-campo que ficou famoso, com o volante Maranhão.                                                    Os antigos fãs de Lorico nunca se esquecem da sua estreia no time cruzmaltino, exatamente em uma partida conta o clube que era considerado o melhor do mundo, o espanhol Real Madrid. Evidentemente, a grande torcida que foi ao Marcanã queria ver os ídolos Di Stefano, Puskas, Gento e o brasileiro Canário, ex-América-RJ, que estava em grande forma e era titular absoluto no time madrilenho.                                                                        Pois bem! Embora a partida tenha apresentado quatro bolas nas redes, isto é, terminado com o placar de 2 x 2, quem esteve presente ao estádio jamais esqueceu de um lance espetacular: Lorico recebeu um passe, pelo alto, e saiu cabeceando a bola, por vários metros em direção ao gol, com se fosse uma foca equlibrando o balão de couro. Lorico era um jogador admiradíssimo pelo maior goleador vascaíno da década-1960, Célio Taveira Filho, que fora seu colega no futebol paulista.   

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

VASCO DAS CONTRACAPAS

O volante Maranhão (em cima) e o zagueiro Brito fecham a Revista do Esporte Nº 271, de 16 de maio de 1964. Diz o texto: "Com nova diretoria e novo técnico, vai o Vasco lutando para formar uma grande equipe que o leve aos dias de glória que viveu num passado recente. Maranhão e Brito, excelentes valores do elenco vascaíno, estão integrados no espírito de entusiasmo e 'esfôrço' dos novos dirigentes, empenhando-se com dedicação nos treinos como o "pulo da carniça", executado pelo craque Maranhão sobre Brito".
Hércules Brito Ruas, nascido no Rio de Janeiro (09.08.1939), foi revelado nas bases cruzmaltinas. Esteve em São Januário de 1957 a 1969, tendo sido capitão do "Time da Colina" e convocado para seleções brasileiras, desde 1964. José Ribamar Celestino, o Maranhão, apelidado, também, por “Zeca Porquinho”, foi titular da equipe e buscado no Maranhão, como juvenil.


Maranhão wheel and defender Brito were back cover of the Journal of Sport No. 271, May 16, 1964. It said: "With new management and new coach will Vasco struggling to form a great team that will take you to the glory days who lived in the recent past Maranhão and Brito, excellent values ​​vascaíno cast, are integrated into the spirit of enthusiasm. and 'effort' of the new leaders, striving with dedication in training as the "leap of carrion," executed by ace on Maranhão Brito ".
Hércules Brito Ruas, born in Rio de Janeiro (09.08.1939), was revealed in cruzmaltinas bases. Been to San Gennaro from 1957 to 1969 and was captain of the "Time of the Hill" and called for Brazilian teams since 1964. José Celestino Ribamar, Maranhão, also dubbed as "Zeca Pig", was proprietor of the canary team runner-up of the Pan-American 1959 in Chicago, Estasdos States.



terça-feira, 17 de janeiro de 2017

VASCO DAS PÁGINAS - PAULINHO

Ele é considerado um dos maiores laterais-direitos da história cruzmaltina. Poderia ter disputado a Copa do Mundo de 1958. E, até, ter sido titular. Mas uma lesão o tirou de combate. Foi um dos "Sem Copas", mas que deu muitas alegrias à torcida vascaína. Além de atleta, foi, também, treinador do Vasco.
He is considered one of the greatest right-backs of cruzmaltina history. Could have played the World Cup 1958. And so, having been proprietor. But an injury kept him out of combat. It was one of the "No Cups", but gave much joy to the Vasco fans. Besides athlete, was also coach of Vasco.


     NO PLACAR

O Kike atingiu, hoje, 330 mil visitas. Valeu, vasconauta! O Kike é seu, da torcida cruzmaltina, sem apelo comercial. Foi criado para divulgar a  históri do "Almirante". Fora isso, só  há espaço nele para as "Deusas da Colina".     

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

TRAGÉDIAS DA COLINA - SUPERCAMP


   Em 1990, a Confederação Brasileira de Futebol colocou em jogo o título de supercampeão nacional. O troféu seria carregado pelo vencedor de Vasco, o campeão do Brasileirão-1989, e Grêmio-RS, o ganhador da Copa do Brasil-1990. Como os dois times se enfrentariam pela fase classificatória da Taça Libertadores-1990, o rolo rolou por uma disputa continental. Assim, em 14 de março daquele “noventão”, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, os vascaínos caíram, por 0 x 2, com Darci e Nilson marcando os tentos gremistas. Em 18 de abril, em São Januário, o placar ficou no 0 x 0.

2 - Campeão brasileiro de futebol de salão, em 1983, o Vasco foi para o Campeonato Sul-Americano-1984, em Artigas, no Uruguai, com uma equipe forte, pronta para brigar pelo título. E foi chegando, chegando, chegando. Veio a final. A rapaziada tinha pela frente o paraguaio San Afonso, que teve de se curvar à maior categoria da “Turma da Colina”. Estava no placar: Vasco 5 x 2. O time rumava para uma taça inexistente nas prateleiras de São Januário, quando o inimaginável aconteceu: o beque Silo e o pivô Vevé foram expulsos da quadra, sem que o “almirante” pudesse trocá-los, pois já havia feito o limite de sete substituições. Com número insuficiente par continuar a partida, que exigia, na época, quatro atletas, contando com o goleiro, o prélio foi encerrado e o título dado ao adversário. Os vascaínos entraram com um recurso junto à Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão, mas não adiantou. Perderam o caneco no tapetão.

3 – O Vasco já chegou a pagar para jogar amistoso contra o Bangu. Caso do prélio de 14 de junho de 1964, quando mandou 1 x 0, em São Januário, com gol marcado por Célio Taveira. Apenas  2.093 pagantes foram a São Januário, levando nos bolsos Cr$ 793 mil. 450 cruzeiros, a moeda da época e quantia que não pagava o bicho pela vitória de:  Levis;  Joel Felício, Brito, Barbopsinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Jorge, Célio, Saulzinho e Da Slva (Altamiro).  


domingo, 15 de janeiro de 2017

DOMINGO É DIA DE MULEHERE BONITA - PAULA E HORTÊNCIA, AS BASQUETEIRAS

A HOMENAGEM DO "KIKE" ÀS DUAS MAIORES ATLETAS DA HISTÓRIA DO BASQUETE BRASILEIRO. (foto reproduzida de uma propaganda do Federal Card, que era o cartão oficial da Confederação Brasileira de Basquetebol). Agradecimento.

KIKE EDITORIAL - TREM DANADO - 4

  Quando o patrão queixava-se que a grana havia sumido da praça, o caboclo lá do sertão da Bahia disse-lhe:
- Doutor! Terra onde não tem “muié-dama” não corre dinheiro. O “trem” delas é danado demais!
Parece que o caboclinho tinha (ou ainda tem) razão. Quem quiser tirar as provas é só dar uma viajada nesse tempão de meu deus (gíria baiana), ir até o ano  2.340 antes de “Jisus”, como pronunciava o caboclinho. Foi por ali que um “sujeitin discarado” damiou uma sacerdotisa, em Azupiranau, às margens do Rio Eufrates, na Mesopotânia (atual Iraque), e  sumiu de circulação, de modos que o filho Sargão jamais “shakes hands” com ele. Então, sem mensalão para criar o barrigudinho, a mãe colocou-o em uma cesta de vime e soltou-a na correnteza do rio, onde o aguardeiro do palácio real a encontrou e fez do garoto seu filho adotivo. Ensinou-lhes ofícios e, quando ele já era um rapagão, arrumou-lhe o emprego de copeiro do rei.
O jovem Sargão tornou-se um belo rapaz e ganhou a simpatia de Ishtar, mulher detentora do maior potencial erótico do pedaço, capaz de ajudar os seus chegados a se tornarem reis. Se bem que Sargão fez a parte dele, quando guerreiro, conquistando a Suméria e tornando-se rei absoluto da Mesopotâmia, o que rolou mais tesão ainda em Ishtar.
 Sargão, no entanto, pisou na bola, não ensinando as manhas da sacanagem ao seu neto Naram-Sim, que ainda pegou Ishtar dando um caldo. Como avô já fora de cena, o incompetente carinha desviou oferendas divinas para a sedutora coroa e, por praga dos sacerdotes, viu o seu império ruir,  em 2.193 AC, derrubado pelos gutis, da Baixa Mesopotânia. Tudo por causa de um “trem danado”. E de uma “véa” assanhada. Confere?
  Mas ninguém se estrepou mais, por causa “daquilo” do que Lucius Domitius Ahenonbarbus. História complicada. Pra começar, a sua  mãe Agrippina, casada com Gnaeus Domitius, tinha um “trem” que emprestava ao  irmão, amante e Imperador Gaius Caesar Germanicus, mais conhecido da galera  por Calígula, que não tinha herdeiros. Mafiosa, “Agrippa” começou a conspirar contra o parceiro de cama. E se deu mal. Terminou exilada onde hoje fica a italiana Sicília. Enquanto curtia um tempinho fora, porém, o seu chifrudo marido bateu as botas e o depravado Calígula foi assassinado. Moral da história da Roma antiga: o trono sobrou para o seu sobrinho Tiberius Claudius Nero Caesar Drusus. Que legal!
  De volta a Roma, sem Caligula, a esfuziante Agrippina aplicou um golpe no ricaço Gaius Sallustius Passienus Crispus. Casou-se com ele, o envenenou, ficou com a grana e passou a ceder o seu “trem danado” ao sobrinho e Imperador Tiberius. Este foi na sua conversa durante os “rasgas fronhas” e tirou a sua esposa Messalina da jogada, condenada a visitara o além, como conspiradora.  
 Era 49 depois de “Jisus” e a terrível e então nova (quarta) esposa de Tiberius foi para o próximo golpe. Seu filho Lucius Domitius Ahenonbarbus estava com 13 anos de idade e, por ser mais velho do que Britannicus (rebento legítimo do soberano),  passou a ser o primeiro aspirante ao trono romano, caso o Imperador faltasse, evidentemente. Nada do que a insuperável mafiosa “Agrippa” não pudesse resolver.
Como adoção era comum pela elite romana, Lúcios virou Nero Claudius Caesar Drusos e o xodó do papai adotivo, que deu-lhe maioridade, aos 14, e casou-o com a sua filha Octavia. Passados cinco trepidantes temporadas do casório com o Imperador, o “Cine Roma” exibiu uma reprise, na sessão da tarde, película em que Agripina, pela segunda vez, matava o marido. E o “zebrão” Nero subia ao trono. Beleza! – para a curriola deles.
 Durante o primeiro lustro do reinado do novo Imperador, ele só queria saber de corridas de bigas e de orgias. Dançava o que tocava e era mais inofensivo do que o ataque do Vasco do final do Brasileirão da Série-B-20016. Com aquilo, Agrippina mandava em Roma. Até o dia em que Nero conheceu a escrava Claudia Acte, requisitou o seu “trem” e gostou tanto que apaixonou-se por ele. Só que o trem descarilou. Sua velha quis esganá-lo e passou a conspirar para derrubá-lo e colocar o fantoche Britannicus em seu lugar.  Matar por matar, Nero matou primeiro –  os dois. De quebra, matou, também, a esposa Octávia. Tudo por causa de um “trem descarrilado”.      
 Mas nem só o “Cine Roma” exibia filmes sobre “trem trepidante”. O “Cine Brasília”, por exemplo,  já colocou em cartaz um alucinante. No roteiro, o Senador que mandava no barraco traçava uma moça televisiva e fazia-lhe um rebento, mantido  às custas de dinheiro dito politicamente nada correto. Ligeiramente! Era apeado do cargo, mas, na continuação da fita, voltava ao poder e dava uma de Imperador, incluindo um nó na “Dona Justa”, que teve de negociar os seus caprichos.
Convenhamos: o mundo é mesmo, indubitavelmente (termo registrado), uma aldeia de atitudes contínuas.  O que acontecia na Mesopotânia, há 4.356 anos, ainda acontece em Brasília.

 PRÓXIMO EDITORIAL? DIA 20. TEMA: NÉLSON RODRIGUES