Vasco

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domingo, 30 de abril de 2017

VACODATA


sábado, 29 de abril de 2017

QUAL O MELHOR VASCO? CANDIDATO-1970

  Como Elba de Pádua Lima, o Tim, no comando da rapaziada, o Vasco saiu de uma longa fila de espera. Sem o título estadual, desde 1958, durante o tremendo  período de seca na Colina – só colhera a I Taça Guanabara-1965, e dividido a safra do Torneio Rio-São Paulo-1966, com Botafogo, Santos e Corinthians, porque faltara datas para a decisão, pois a Seleção Brasileira ocuparia o calendário restante do semestre, treinando para a Copa do Mundo da Inglaterra –, o jejum foi quebrado, sob a presidência de Agathyrno da Silva Gomes. 

Tim viveu com três qualidades: craque de bola, treinador estrategista e  grande cozinheiro. Sabia temperar um cardápio e um resultado no placar.  Nascido na paulista  Rifânia, em 20 de fevereiro de 1915, habitou o "planeta bola", até 7 de julho de 1984. Como atleta, foi extraordinário. Um dos maiores do seu tempo. Os argentinos apelidaram-no por “El Peon”, encantados com a sua e arte mostrada  durante o Campeonato Sul-Americano-1942,  com ele vestindo a camisa da Seleção Brasileira. 
Veio, 1970. Elba de Pádua Lima dirigia um Vasco desacreditado, considerado pelos torcedores rivais como "derrubado".  Mas a sua moçada passou por cima dos adversários, como aquele personagem do "mineirinho come quieto". Um a um, até terminar a competição, com  13 vitórias, três empates e só duas escorregadas, marcando 30 e sofrendo 14 gols, o que deixou-lhe com o bom saldo de 16 tentos. O “Batuta” Walter Machado Silva, o camisa 10,  foi o seu principal artilheiro, com nove bolas nas redes.
 
ROLOU A FESTA - O Vasco ficou campeão carioca em uma noite de quinta-feira, no Maracanã, vencendo o Botafogo, por 2 x 1, com gols de Gílson Nunes e de Silva, em jogo apitado por José Aldo Pereira, assistido por 59.170 pagantes. A turma do feito chamava-se: Élcio; Fidélis, Moacir, René e Eberval: Alcir e Buglê; Luiz Carlos Lemos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Era o 10º título estadual, com os outros tendo sido em: 1923, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958.
Silva foi o artilheiro do time, com 10 gols
O atacante Silva, que o capitão Buglê sponta como um dos principais responsáveis pelo título, por aglutinar a turma em torno de um ideal, inclusive, promovendo reuniões das patota em sua casa,  declarou à imprensa: “O Tim foi fundamental para aquela conquista.  O Fluminense era o campeão brasileiro-1970 e o Botafogo a base da Seleção Brasileira. Nós corríamos por fora. Ele armou jogadas fundamentais para vencermos, como algumas ensaiadas por mim, com o Gilson Nunes e o Buglê. Terminaram na rede, gols decisivos. O Tim foi um gênio durante a campanha” – que você confere abaixo. 

CAMPANHA: Turno - 28.06.1970 – Vasco 2 x 1 Bonsucesso (gols de Chiquinho (contra) e Silva); 04.07 –  2 x 1 Madureira (Valfrido e Silva); 08.07 –  4 x 2 Bangu (Valfrido, Silva, Buglê e Luiz Carlos); 11.07 –  0 x 0 Campo Grande; 19.07 –  1 x 1 Fluminense (Buglê); 22.07 – 1 x 0 São Cristóvão (Silva); 26.07 – 0 x 0 Botafogo; 01.08 – 1 x 0 Olaria (Alcir); 06.08 – 1 x 3 América (Silva); 09.08 – 1 x 0 Flamengo (Silva); 15.08 – 2 x 0 Portuguesa (Buglê (2). Returno -  22.08 – 3 x 1 Olaria (Fidélis, Gílson Nunes e Valfrido); 30.08 – 1 x 0 Flamengo (Valfrido); 06.09 – 2 x 0 Madureira (Silva e Alcir); 19.09 – 4 x 0 Campo Grande (Silva, Valfrido, Luiz Carlos e Ademir); 13.09 – 3 x 2 América ( Silva (2) e Gílson Nunes); 17.09 – 2 x 1 Botafogo (Gílson Nunes e Silva); 20.09 – 0 x 2 Fluminense.   

TIME BASE: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luiz Carlos Lemos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Time comandou esta turma só durante a temporada-1970. Ele substituiu Célio de Souza, que estivera no clube, em 1069, e foi substituído por Paulo Amaral, em 1971.

OS CAMPEÕES: Alcir, Buglê, Fidélis, Gílson Nunes, Moacir e Silva (18 jogos); Valfrido (17); Andrada (16); Renê (15); Luiz Carlos Lemos (14); Ademir (12); Jaílson (10); Batista e Eberval (9); Kosilek (5); Clóvis, Élcio, Joel Santana e Willi (2); Beneetti e Ferreira (1).      
Com esta rapaziada, o Vasco quebrou o tabu, de 12 anos, sem títulos no Campeonato Carioca. Treinado por Elba de Pádua Lima, o Tim (último à direita, em pé), o time carregou a taça com uma rodada de antecipação. Na foto, da esquerda para a direita, acima, estão os atletas: Andrada, Alcir, Renê, Moacir, Eberval e Fidélis; agachados: Santana (massagista), Luís Carlos Lemos, Ferreira, Bougleux, Silva, Valfrido e Gílson Nunes. (Foto reproduzida da revista Supervasco). Agradecimento

 





 


 

O VENENO DO ESCORPIÃO - 22 - AS PERIPÉCIAS DOS ASTROS DO PLANETA

1 – Em 1976, o governo da então União Soviética, permitiu ao ex-campeã mundial de xadrez, Boris Spassky, passar um ano vivendo em Paris, porque a sua mulher  Marina Stcherbatcheff era francesa. Mas com uma condição: não disputar nenhuma competição. Motivo: os soviéticos estavam irritados com a deserção de  Victor Korchnoi, que fora competir na Holanda e dera no pé.
UM DEU UMA DE MALANDO NO TABULEIRO E SOBROU PARA O OUTRO.

2 – Em 1977, o senador Franco Montoro-MDB-SP apresentou projeto ao Congresso Nacional, propondo eleição direta para senador e gove2rnador. Seu colega Eurico Rezende, da ARENA-ES. Seu colega Eurico Rezende, das ARENA-ES, e o deputado Francelino Pereira-MG, do mesmo partido, disseram que a proposta só serviria para as baratas e as muriçocas se dvertirem sobre a poeira dos papeis onde estava escrita. Resposta de Montoro: “Eles são candidatos aos governos de seus Estados e só precisam de um voto para serem eleitos, o do presidente da República, que os indica”.
Reproduzido de foto de divulgação partidária


3 – Ainda em 1977, o deputado Amaral Furlan-ARENA-SP, candidato a senador indireto, indicado pelo presidente Ernest Geisel, viajaria em um mesmo avião onde  estaria o senador Paulo Brossar-MDB-RS. Quando um amigo comum tentou aproximá-los, ates do embarque, Furlan avisou-lhe: “Não falo com senador direto”.

4-  No dia 28 de outubro, Dia do Servidor Público, é ponto facultativo, isto é, só trabalha quem quer. Como ninguém quer... A data festiva foi criada, em 1939, pelo Estado Novo. O funcionário público ganhou, também, em 1952, a “licença-prêmio”, que lhe dava três meses de férias, após cada cinco anos de trabalho. Abolida, em 1997, para servidores federais, no entanto, segue “imexível”  em vários Estados.

5 -  O escritor norte-americano Norman Mailer dizia que, depois de Ernest Hermingway, quem mais influenciara a estilística da literatura do seu pais no Século 20, fora Henry Mille.  Mas ressaltava: “Quando Miller é ruim, ninguém o supera. Até nisso ele é o maior. Chega a ser o pior dos grandes escritores ruins” – é rúim, hem! 

6 – Em 1610, ao voltar a residir em Strafford-on-Avon, o inglês  William Shakespeare escreveu uma de suas obras mais conhecidas, “Henrique Oitavo”.  O “Henricão” fora o cara que mandou cortar as cabeças de duas esposas, pra traçar outras “perseguidas”. A filha dele, Elizabeth I, também foi cortadora de cucas. E uma irmã dela, Maria Tudor, a terrível “Bloody Mary”, diziam beber sangue de quem não fosse católico. Era a versão feminina do Drácula. Que família! Quanto ao livro sobre Henrique Oitavo, matou Shakespeare de cansaço. Depois dele, só escreveu mais um. E pendurou as chuteiras.   

7 – Pelo final da década-1970, a atriz Zezé Mota, que interpretou Chica da Silva no cinema, declarava-se  torcedora do Flamengo e contava que, por estudar em colégio interno, mesmo sendo uma crioula do Rio de Janeiro, fazia de tudo para se branquear. Naquele internato, só branco tinha vez. Logo, as coisa não estiveram rubro-negras para ela, mas alvinegras.    

8 – Os maiores cronistas das revoluções soviética de Lenin e chinesa de Mao Tsé-tung, e foram dois jornalistas norte-americanos, John Reed e Edgar Snow.  O primeiro quando volto aos Estados Unidos, fundou por lá o Partido Comunista Operário Norte-Americano. Não demoraram a correr com ele, que foi bater as botas na União das Repúblicas Socialista Soviética, onde pegou tifo. Não fez uma boa viagem. De sua parte, Snow considerava Mao o maior de todos os homens que conhecera. Mesma opinião, anos depois, de Henri Kissinger. Os norte-americanos fizeram que não ouviram o que este último falou, pois o nomearam Secretário de Estado, o segundo cargo mais importante no governo do pais.   

Foto reproduzida de capa de livro

9 -  Os milionários gregos Aristótelis Onassis e Stavros Niarchos eram rivais em tudo, principalmente aquando viam um “pé de cabra”. Stavros, que era concunhado de Onassis, chegou a casar-se com a cunhada, tornando-se marido  da ex-mulher do cunhado. Dá pra sacar?  Que rolo!

10 – Entre 1963 e 1976, a gatérrima Judith Campbell Exner escondeu um segredo “duca”: já que diziam que ela fazia tabelinha (na horizontal) com o presidente norte-americano John Kennedy e o chefão da Máfia, Sam Giancana aproveitou para muito mais: disse que a sua “perseguida” provocava um tremendo furor, também, na CIA, no FBI e no  Secretário de Justiça Bob Kennedy. Além de cantor Frank Sinatra e a sua patota. Será que dava boa tarde, boa noite, para tanta gente,de graça?   

11 – Enquanto o casamento da Rainha Elizabeth II seguia (e segue) firme, com o príncipe Phillipe, o da irmã Margareth degringolou, nos intempestivos anos -1970. Os súditos acharam ruim, menos a “Magá”, que já estava com 46 velinhas apagada. Enquanto os outros choravam, por ela, a própria foi visitar um amigo, com a metade da sua idade, o garotão hippie Rody Llewellyn, que vivia em uma comunidade rural de Wilshire, e o carregou para o seu retiro predileto, em Peebleshire, na Escócia. Ao chegarem por lá, a princesa comprou  duas suéteres para o carinha, uma azul e a outra amarela. Segundo os indiscretos jornalistas que a perseguiram e publicaram isso, uma suéter combinava com a cor dos olhos do namoradinho, e a outra com a cor da sua cueca. Pergunta-se: como os jornalistas descobriram a cor da cueca do carinha?   
12 - Não havia Operação Lava-Jato, pelos inícios da década-1960. Mas candidatos à cadeia haveria, de montão. “Escreveu Hélio Fernandes na revista Mundo Ilustrado: “Agora, que a capital (do país) já mudou (precária e simbolicamente), o governo não tem mais a desculpa idiota e imbecil de que não aceita inquérito na Novacap (companhia construtora de Brasília)... Se ele for feito, a opinião pública vai estarrecer-se com...com as fortunas fabulosas que se construíram junto com a nova capital” – o Cine Brasília ficou devendo esta. Não anunciou que reprisaria este filme 55 anos depois.  
Ilustração de Jililliamz para a revista "Brasília Em Dia". Agradecimento
pela reprodução por este blog que não é comercial.

13 – Mais uma denúncia de Hélio Fernandes, na mesma época: “Alguns deputados e senadores compraram vários terrenos em Brasília e revenderam com lucros enormes. Cada mansão, com 20 mil metros quadrados, está sendo vendida aos parlamentares por CR$ 500 mil cruzeiros (prelo de liquidação), para ser paga em oito anos. O lucro, no dia seguinte ao da compra, é fabuloso”. A Lava-Jato da época, então, investigaria o “Brasilião”, já que não havia o “Mensalão” e nem o “Petrolão”. 

14 – A milionária Cristian Osassis, aos 25 anos de idade, herdeira do Ari, conheceu um ricaço alemão, Alexander Andradis, de 31 e herdeiro de um banqueiro, namoraram por um mês e casaram-se. Rapidinho, se separaram, o que não surpreendeu as amigas da moça. Pouco depois, o Alex levou um tombo de sua moto e fraturou uma das pernas. Cristina foi visita-lo e escreveu no gesso: “Da próxima vez, tenha mais sorte” Com quê? Com a escolha da có-piloto?
 
                         DA COR DA CARREIRA DE JEGUE 

Em novembro de 2016, Wellington Moreira Franco ocupava o cargo de Secretária do Programa de Parceria de Parcerias de Investimento. Como este nome era muito grande, o presidente Michel Temer, professor de Direito Constitucional, o nomeou para um cargo no qual teria foro privilegiado. Dois anos antes, o Diário Oficial da União  havia circulado com a nomeação de Evaldo da Silva para o cargo de substituto eventual do coordenador-geral da Coordenação-Geral de Produção Associada e Desenvolvimento Local do Departamento de Qualificação  e Certificação de Produção Associada ao Turismo da Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo do Ministério do Turismo – este, com certeza, escapou de ser promovido a Papa, o primeiro Papa brasileiro.


sexta-feira, 28 de abril de 2017

A GRAÇA DA COLINA - TIME VULCÂNICO

Em 4 de junho de 2011, o vulcão chileno Puyehue, de 2.440 metros de altura, localizado na Patagônia chilena, pela Cordilheira dos Andes, entrou em erupção, o que não ocorria desde 1960. Passou a cobrir de pó várias cidades do Cone Sul, principalmente Osorno, no Chile. e Bariloche, na Argentina.
As cinzas voavam seguindo a direção dos ventos, cancelando voos que deveriam partir de aeroportos argentinos, uruguaios e paraguaios. No Brasil, saiu prejudicado o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre-RS. Em 11 de junho, a nuvem procurava o Oceano Atlântico. Um dia depois, um domingo, mexeu com voos até na Austrália. 
O cenário gerou uma das mais inteligentes charges na imprensa brasileira, mais precisamente no "Correio Braziliense", a propósito da conquista do título de campeão da Copa do Brasil, pelo Vasco da Gama. Sem carregar uma taça importante desde que ganhara o Campeonato Carioca de 2003, o Time da Colina foi associado, pelo espírito festivo do brasileiro, ao fenômeno vulcânico. Os criadores da caçoada na redação do diário, e o chargista Iki,  mexeram com a torcida cruzmaltina, como se tivessem dito: o Vasco abriu a sua sala de troféus e a poeira foi tanta que impediu voos e fechou aeroportos. Gozação muito inteligente. (matéria sobre o jogo do título vascaíno na edição de 09.06.2011).

 NESTA MADRUGADA, O KIKE CHEOGU A 360 MIL VISITAS. VALEU, GALERA CRUZMALTINA! SIGA PRESTIGIANDO O BLOG. COMBINADO?

quinta-feira, 27 de abril de 2017

QUAL O MELHOR VASCO? CANDIDATO-1950


Barbosa, Laerte, Augusto, Ely, Danilo e Jorge (em pé, da esquerda para a direita); Alfredo,  Ipojucã, Ademir, Maneca e Djayr e o massagista Mário Américo (agachados, na mesmas ordem) 

Passados 28 dias do “Maracanazo”, como os uruguaios apelidaram os 2 x 1 Brasil, da final da Copa do Mundo-1950, o torcedor carioca ainda chorava. Principalmente, o vascaíno, que tivera a metade do seu time formando o escrete nacional. Ele queria crer que os flamenguistas Juvenal e Bigode haviam sido os grandes culpados pela tragédia, por terem permitido a Gigghia fazer a jogada do gol da vitória celeste – o goleiro Barbosa culpava o primeiro.
Seis dias após o Mundial, houve o amistoso Flamengo 3 x 1 Bangu, para ajudar ao segundo pagar o passe de Zizinho, comprado dos rubro-negros. Em 12 de agosto, o Maracanã recebia a primeira partida da sua primeira disputa estadual, Fluminense 2 x 2 Olaria. Longe dali, o Vasco mostrou motivos suficientes para apachar a melancolia de sua galera, estreando no Estadual, 35 dias após a "grande tragédia nacional", mandando 6 x 0 São Cristóvão, em um domingo, em São Januário.
 Ademir o principal goleador da Copa do Mundo, com nove tentos, mostrou que estava pronto para mais estragos, embora tivesse deixado só um na estreia, a mesma conta de Lima. Mas Ipujucan e Maneca, com duas bolas na rede, cada, deram ao torcedor cruzmaltino boas perspectivas de futuro risonho.
 
QUASE UM MÊS DEPOIS (10.09), o Vasco, treinado por Flávio Costa, que dirigira, também, a Seleção Brasileira da Copa do Mundo, mandou u mais uma goleada: 4 x 0 Bonsucesso, na casa do adversário. Ademir esteve exuberante, marcando três tentos – Maneca completou o serviço. Com aquilo, até a quinta rodada – 3 x 1 no Olaria, também fora de casa –, a "Turma da Colina" somava quatro vitórias e uma escorregada, com 18 gols pró e seis contra. O “Queixada”, que já tinha mandado sete bolas ao filó, avisando que queria repetir o seu sucesso da temporada anterior, quando dominara a corrida pela artilharia, com 31 gols.
 Para os torcedores dos rivais, o Vasco não enganava. Isso porque, quando o “Almirante” tivera paradas mais difíceis pela frente, vencera o Bangu, apertado (3 x 2), e perdera do América, pelo mesmo placar. Logo, teria de mostrar serviço diante do Flamengo, o seu maior rival. Se bem que os rubro-negros faziam uma campanha decepcionante. 

Alfredo II, Ipojucan, Ademir Menezes, Maneca e Djayr, o ataque arrasador que balançou a rede em 74 oportunidades
Veio o domingo (24.09) e o “Clássico dos Milhões” levou ao Maracanã Cr$ 578 mil, 715 cruzeiros (moeda da época). Para os flamenguistas, seria um bom momento para a reação. E ameaçaram. Aos 10 minutos, Lero abriu o placar, deixando a torcida vascaína calada, até os nove do segundo tempo, quando Alfredo empatou, para Ademir virar o placar a oito minutos do final da pugna apitada pelo chamado “mister” George Dickson.
Rolou mais um tempinho e com ele (14.10) veio um pancadaço: 9 x 1 Madureira, jogo especial para o pequenino ponta-esquerda Djayr, a revelação daquele Estadual. Carimbou a rede por quatro vezes. A próxima vítima caiu na Colina (22.10): 7 X 0 Canto do Rio, com o Djayr  voltando a aprontar. Ele e Ademir marcaram duas vezes, cada.  Estava demais o baixinho. Assim que o returno começou, ele deixou mais três (29.10), nos 5 x 1 São Cristóvão. Pra variar, esquentou mais uma pipoca na chapa, no Dia da Bandeira (19.11). O Olaria deu bandeira e caiu de 4 x 0. Era a sexta goleada no campeonato, em 13 jogos.  
URUBU NO ESPETO – O Flamengo ainda não era chamado “Urubu” – só a partir de 1969, quando o chargista Henfil propagou o apelido pelo “Jornal dos Sports”. Era novembro (26.11) e O ”Almirante” o depenou, com acachapantes 4 x 1. Principal responsável? Ipojucan, com três depenadas malvadas. Mas o saco de maldades ainda seguiria aberto: 7 x 2 Bonsucesso (10.12), com Ademir deixando os rubro-anis tontos.
E o Estadual invadiu 1951. Ano novo, goeladas novas: 4 x 0 Fluminense, no Dia de Reis (06.01), com Ipojucan coroando uma grande atuação, com três tentos – além daquele infalível do "Queixada", devolvendo o revés (1 x 2) do primeiro turno. Por sinal, no returno, a moçada vingou de todos que lhe derrubaram no turno: 2 x 1 América; 2 x 0 Bangu e 2 x 0o Botafogo. Bateu em todo mundo. Um campeão indiscutível.
Os americanos estiveram com o diabo no corpo, durante a final
O  Vasco assumiu a liderança na segunda rodada. Na terceira, isolou-se no topo da tabela, mas, na terceira, passou a ter a companhia do América. A partir dali, a rapaziada seguiu na dianteira, até a oitava rodada, em 1º de outubro, quando caiu (1 x 2) ante os tricolores, grande  estrago, derubando o time para a terceira colocação, atrás de americanos e banguenses.
 Como sofrera um novo tropeço, na rodada seguinte, 0 x  Botafogo, a combinação de resultados só seria favorável ao “Almirante” na próxima partida, quando saltou para a vice-liderança. Os americanos ainda dominavam a corrida pela ponta.

SE AS EXPECTATIVAS ERAM BOAS, com o segundo lugar, na 11ª rodada já não eram mais, pois a equipe caíra para o terceiro posto, mais uma vez, vendo América e Bangu pela frente. Tocou, no entanto, de posição com a turma de Bangu, na rodada seguinte. Briga  boa. Até a reta final, os três times disputavam o titulo.
Ademir chega na bola primeiro do que Osny e marca o gol do título sobre o América
 Com Botafogo 2 x 1 América (21.01), o Vasco se deu bem. Subiu à ponta para, na última rodada, uma semana depois, fazer 2 x 1América na final e carregar o caneco. Mas não foi fácil.
 Ademir inaugurou o marcador – empate dava o título à “Turma da Colina”–, mas o "Diabo" cresceu na partida e tocou fogo em campo. Maneco empatou, aos 33. No segundo tempo, porém, o "Almirante"rapaziada colocou o barco em ordem. Tinha mais categoria e qualidade. E o ‘Queixada” voltou à rede.
      FOTOS REPRODUZIDAS DA REVISTA MANCHETE ESPORTIVA.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

HISTORI&LENDAS DA COLINA - 7 X 0 FLA

1 -  A década-1930 foi para nenhum torcedor do glorioso Club de Regatas Vasco da Gama reclamar. Vejamos: em 26 de abril de 1931, a rapaziada mandou a maior goleada no maior rival, o Flamengo: 7 x 0. Quando o placar estava 4 x 0, o adversário arrumou uma briga, no que se apegou a “imprensa rubro-negra” para noticiar o clássico. Menos o “Jornal do Brasil”, informando que os vascaínos comandaram a partida do início ao fim.  

2 – Em 1931, o Vasco tornou-se o primeiro clube carioca e segundo brasileiro a excursionar à Europa. Antes dele, em 1925, viajara o Paulistano, que parou pouco depois. Dos 11 jogos disputados no “Velho Mundo”, o time vascaíno venceu oito e empatou um.   

3 – Começava, oficialmente, a era do futebol profissional brasileiro. Todos os  clubes seguiram o Vasco e passaram a ter negros e brancos pobres, o que só a “Turma da Colina” tivera a coragem de fazê-lo, em 1923, quando inaugurou a democracia racial e, de quebra, foi o campeão carioca.

4 – O Vasco recontratou Fausto dos Santos e contratou o zagueiro Domingos da Guia e os atacantes Gradim e Leônidas da Silva. Com os quatro negros, o time ficou fortíssimo e conquistou o seu quarto título de campeão carioca.

5 -  Rolava um racha no futebol carioca que teve dois campeonatos, em 1936. Devido brigas com o Flamengo, no remo, o Vasco saiu da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos e foi para uma nova entidade, a Federação Metropolitana de Desportos. Com Feitiço no ataque, levou o título de sua liga.
 
6 – Vasco e América lideraram a pacificação do futebol carioca. Possibilitaram a criação da Liga de Futebol do Rio de Janeiro e o surgimento do “Clássico da Paz”, para marcar o surgimento de um novo tempo. Em 31 de julho de 1937, os cruzmaltinos venceram o primeiro daqueles duelos, por 3 x 2.

7 - Em 1938, o Flamengo convidou o Vasco para inaugurar o seu estádio, na Gávea. Há 10 anos, o clube rubro-negro vivia como cigano, até ganhar um terreno da Prefeitura do Rio de Janeiro. Então, a rapaziada foi lá e mandou 2 x 0. De lá para cá, o Fla virou freguês do Vasco, em seu próprio campo. Perdeu seis e ganhou cinco.

8 - Surgiu no futebol brasileiro, por causa de um jogador vascaíno, o termo “gandula”, para o apanhador de bolas. Tudo porque o atacante argentino Bernardo Gandulla tinha o hábito, quando estava no banco dos reservas, ir buscar todas as bolas chutadas para fora.  

terça-feira, 25 de abril de 2017

QUAL O MELHOR VASCO? CANDIDATO-1974

   O Campeonato Brasileiro-1974  teve 40 clubes, divididos por dois grupos, classificando 20 e mais dois com melhores públicos e rendas à segunda etapa – Fluminense e Nacional-AM. Para ser campeão, o Vasco da Gama disputou 28 jogos, vencendo 12, empatando 12 e perdendo quatro. Marcou 33 e levou 18 gols. Somou 36 pontos ganhos.
A depender do que o seu time mostrou, inicialmente, o Vasco passaria bem longe do caneco, pois terminou – times divididos por quatro grupo – a segunda etapa no 7º lugar do Grupo 2, bem diferente do Cruzeiro, que vencera os seus cinco compromissos pelo Grupo 1 – Santos e Internacional foram os outro s semifinalistas.
Foto reproduzida de revista Placar. Agradecimento
A campanha vascaína da primeira fase incluiu derrota para o pequeno maranhense Sampaio Correa e empates com os modestos Paysandu, Olaria e Desportiva. Além disso, o Vasco não conseguiu vencer nenhum dos cariocas. De  grandes clubes, só deixou para trás o Internacional. Confira a campanha: 09.03.1974 - Vasco 2 x  0 Coritiba; 13.03 – 0 x 0 Desportiva; 17.03 – 1 x 1 Flamengo; 20.03 – 2 x 1 Remo; 24.03 – 0 x 0 Paysandu; 30.03 – 0 x 0 Botafogo; 03.04 – 0 x 0 Bahia; 13.04 – 0 x 0 Vitória; 21.04 – 1 x 2 Fluminense; 27.04 – 3 x 2 América-RN; 04.05 – 3 x 0 Itabaiana; 08.05 – 1 x 1 Olaria; 15.05 – 1 x 0 Tiradentes; 19.05 – 0 x 2 Sampaio Corrêa; 26.05 – 0 x 1 América-RJ; 29.05 – 1 x 0 Avaí; 02.06 – 0 x 1 Grêmio-RS; 09.06- 1 x 1 Atlético-PR; 16.06 – 3 x 1 Internacional.
O Vasco, no entanto, animou a sua torcida, a partir da segunda fase, quando venceu o Atlético-MG, no Mineirão, e o Corithians, no Maracanã. Afinal, passara por dois “grandes”, sem contestações. Como foi: 29.06- 3 X 0 Operário; 03.07 – 0 x 0 Nacional; 10.07 – 2 x 0 Atlético-MG; 14 .07 – 2 x 0 Corinthians; 18.07 – 0 x 0 Vitória.
 O quadrangular teve estreia cruzmaltina mandando 2 x 1 Santos, no Maracanã, em 21 de julho. Depois, ficou nos 2 x 2  Internacional, também no “Maraca”, em 24.07, e no 1 x 1 Cruzeiro, em 28.07, resultado que classificou os dois para a decisão, quando o ‘Almirante” fez  2 x 1 Cruzeiro, no jogo extra da noite quarta-feira que fora o primeiro dia do agosto daquele 1974.
Jorginho Carvoeiro marcou o gol do título. Foto reproduzida
 de www.vascofotos.world press.com.br. Agradecimento 

REGRAS - O clube com melhor campanha geral faria a final em casa, o que seria privilégio dos mineiros, com 38 pontos, contra os 34 dos vascaínos. Logo, jogo no Mineirão. Mas os cartolas da Colina foram ao “tapetão” e alegaram à então Confederação Brasileira de Desportos que dois cruzeirenses – Carmine Furletti (dirigente) e Ílton Chaves (treinador) – haviam invadido o gramado, durante o prélio entre as duas equipes, pelas semifinais, tentando agredir Sebastião Rufino, o juiz (registrou o fato na súmula da partida) quando este não marcara o que eles alegavam ter sido pênalti sobre o atacante Palhinha, e conseguiram inverter o mando de campo.
 Veio, então, a finalíssima. Antes de rolar a bola, o folclórico massagista vascaíno “Pai Santana” decidiu que a “Turma da Colina” só deveria adentrar ao tapete verde do “Maraca” depois da “Raposa”. No outro vestiário, os cruzeirenses, também, catimbavam. Temiam vaia ensurdecedora, por parte de mais de 100 mil torcedores no estádio, e fizeram o mesmo que o anfitrião. E a partida começou com quase uma hora de atraso.
Fnfim, a bola rolou. Aos 14 minutos, Ademir fez Vasco 1 x 0, e segurou o placar, até o final da etapa. No segundo tempo, aos 19, o lateral-direito Nelinho empatou. Mas, aos 33, Jorginho Carvoeiro disputou bola, com o goleiro Vítor, e chegou à rede: 2 x 1. Aos 45, Zé Carlos marcou um gol cruzeirense, mas o árbitro Armando Marques  o anulou. E o Vasco tornou-se o primeiro carioca campeão brasileiro, com Roberto Dinamite marcando 16 dos 33 gols da campanha.

Roberto Dinamite marcou 16 dos 33 gols
 do time. Foto reproduzida de
 www.boladividida.com.br. Agradecimento.
FICHA TÉCNICA - 01.08.197. Vasco 2 x 1 Cruzeiro. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 112.933. Juiz: Armando Marques-SP. Gols: Ademir, aos 14 min do 1º tempo; Nelinho, aos 19, e Jorginho Carvoeiro, aos 33 min do 2º tempo. VASCO: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Ademir e Carlos Alberto Zanata; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos. Técnico: Mário Travaglini. CRUZEIRO: Vítor; Nelinho, Perfumo, Darci e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha (Joãozinho) e Eduardo Amorim (Baiano). Técnico: Ílton Chaves.

CLASSIFICAÇÃO FINAL: 1 - Vasco da Gama. 2 – Cruzeiro. 3 – Santos. 4 – Internacional. 5 – Grêmio-RS. 6-  Flamengo. 7- Atlético-MG. 8 – Vitória-BA. 9 - Atlético-PR. 10 - São Paulo. 11 – Palmeiras. 12 – Guarani de Campinas-SP. 13 - América-RJ. 14 – Náutico-PE. 15 – Corinthians. 16 – Fortaleza-CE. 17 – Operário-MS. 18 – Portuguesa de Desportos. 19 -  Coritiba. 20 -  Bahia. 21 – Goiás. 22 – Paysandu-PA. 23 – Nacional-AM. 24 – Fluminense. 25 – Tiradentes-PI. 26 - Rio Negro-AM. 27 – Sport Recife. 28 – Olaria-RJ. 29 – Remo-PA. 30 -  América-MG. 31 – Ceará. 32 - América-RN. 33 – Botafogo-RJ. 34 – Desportiva-ES. 35 - Santa Cruz-PE. 36 - Sampaio Corrêa _MA. 37 – CEUB. 38 – Itabaiana-Se. 39 – Avaí-SC. 40 - CSA-AL.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

AS MUITAS HISTÓRIAS DE SÃO JANUÁRIO-3


Enquanto ouvimos, hoje, que a previsão financeira para arrumar os estádios que seriam utilizados durante a Copa do Mundo-2014 triplicou, durante as obras, o Vasco da Gama ergueu o dele com 100% de recursos de sua gente. Inaugurado no 21 de abril de 1927, era o maior da América do Sul e ficou sendo o maior do país até 1940, quando surgiu o Pacaembu, em São. O estádio foi aberto sem as  arquibancada em curva, atrás de uma das traves,  ainda estarem construídas. Anote histórias sobre a casa: 

1 -  No dia da inauguração, o portões do, oficialmente, Estádio Club de Regatas Vasco da Gama, foram abertos ao que deseaqavam assistir à parida inaugural – Vasco x Santos – após 10 meses e 15 dias do lançamento da pedra fundamental, em 6 de junho de 1926, a cargo da empresa dinamarquês, Christiani & Nielsen, que atuava no Brasil desde 1917 e, a parir de 1988, incorporou-se à Carioca Engenharia, passando a ser a Carioca Christiani-Nielsen Engenharia.
Houve gente em pé porque uma parte das
 arquibancadas não estava construída
2 – O projeto arquitetônico do estádio foi do português Ricardo Severo, que viveu entre 1869-1940. À época da construção, a hoje Rua General Almério de de Moura, que o abriga, era Rua Abílio. A capacidade da casa foi assim anunciada: arquibancadas:  25.000 lugares; cadeiras para associados:  22.000; cadeiras de pista: 1.500; tribuna de honra: 80; poltronas: 24. Total: 48.604 assentos. 

3 – Os torcedores pagaram estes preços pelos ingressos para o jogo inaugural: camarotes: 60 mil réis; cadeiras de pista-A: 12 mil réis; cadeiras de pista em outros setores: 10 mil réis; arquibancadas: 5 mil réis; gerais: 3 mil réis – a inflação no Brasil era quase zero. Os postos de venda foram: Casa Alberto, à   Praça da República, Nº 66; Casa Campos,  Rua Sete de Setembro, 84; Casa Retro, à Rua Uruguaiana, 97, e Casa Sportsman,  Rua dos Ourives, 25.

Raul, Sarmento e Oscar cortam a fita inaugural
4 - A primeira atividade esportiva inaugural foi um jogo de  basquetebol,  a partir das 14h –  inicialmente, prevista para começar às13h –, entre o Vasco da Gama e a Associação Cristã de Moços-ACM, que lideravam a Série A do Campeonato Carioca de Basquete, promovido pela Associação Metropolitana de Esportes Athletico, com vitória vascaína, por 22 x 18 – virando o placar, de 10 x 12, da etapa inicial. Portanto, o Vasco já foi  “time da virada” no prmeir0o dia de sua casa, com jogo em quadra erguida em uma das cabeceiras do campo, ao ar livre. Os times foram: VASCO: Muniz Freire (2 ponos), Benito Denizans, Nelson Paes (8), Zeferino Grillo (2) e Jayme (8). Entraram: Antônio Rainha (2), Adelino e Lourival. ACM:: Salvador Calvente, Drewx, Cerqueira (7), Souza (2) e A. F. Barros (6). Entraram, depois, Amaral Silva (3) e Mário Conde. O árbitro foi Pedro Câmara. 

 5 - A  partir das 14h30 com atraso de meia-hora, houve tênis em, duplas mistas, com Antônio Teixeira e a sua esposa vencendo Carlos Lopes/Stella Leal, por 6/4 e 6/2, em quadra foi montada ao lado da usada pelos basquetebolistas.

6 - Encerradas as duas primeiras atividades esportivas na casa, o relógio marcava 15h25min quando chegou a São Januário o major José Manuel Sarmento de Beires, aviador português que acabara de atravessar o Atlântico a bordo do avião"Argos". Ele foi convidado de honra para a inauguração. Passados 15 minutos, o time cruzmaltino, usando camisas pretas, calções brancos e meias pretas, entrou no gamado, carregando uma bandeira homenageando os demais filiados à AMEA – América, Bangu, Botafogo, Brasil, Flamengo, Fluminense, São Cristovão, Syrio e Libanez e Villa Izabel. Logo em seguida surgiu o time santistas, com camisas brancas, calções brancos e meias pretas. 
Washington Luís e a sua comitiva
7 - Às 15h45, o presidente vascaíno, Raul da Silva Campos, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos-CBD, Oscar Rodrigues da Costa, e o homenageado  Sarmento de Beires descerram a fita (preta e branca) inaugural do estádio.Às 16h, chegou o presidente da República, Washington Luís Pereira de Sousa que, acompanhado pro vários dos seus ministros. Comentava-se que ele havia negado permissão ao Vasco da Gama para importar cimento da Bélgica, uando já o havia permitido aos contruores do Hipódromo Brasileiro (hoje, Hipódromo da Gávea), sete anos antes. No entanto, em 1926,  a Companhia de Cimento Portland iniciava a produção do roduto no país. O prefeito do enbtão Distrito Federal, Antônio da Silva Prado Júnior, não compareceu à festas vascasínia, pois era adversário político do presidente do comando da MEA.    

FOTOS REPRODUZIDAS DO CENTRO DE MEMORIAS DO VASCO DA GAMA. Agradecimento.

domingo, 23 de abril de 2017

O DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - LILIAN RAMOS, A AMIGA DO PRESIDENTE

Lembra-se de Lilian Ramos, a modelo fotográfica fotografada, durante o Carnaval-1994, sem calcinha, ao lado do presidente da Repúblicas, Itamar Franco? Aconteceu em um camarote da Avenida Sapucaí, quando rolavam os desfiles das escolas de samba.
Reprodução do arquivo do Jornal de Brasília.
 Agradecimento
 Aos 53 anos de idade, ela segue em boa forma física, como comprova a foto abaixo em que usa um biquini branco, publicada em seu “facebook”.
Lilian reside  na bela capital italiana, a vecchia Roma, onde chegam todos os caminhos, e tornou-se cantora.
Dos velhos tempos, Lilian não perdoa jornalistas que tentaram jogá-la para baixo, por causa daquela foto. Lembra que já havia participado de três filmes e de três peças teatrais, além de sido capa e feito um ensaio para uma revista masculina.
Ela segue garantindo que não estava sem a calcinha do lado do chefe da nação brasileira, mas usando um “collant” da cor da pele.

Foto reproduzida do facebook da modelo. Agradecimento. 
Do you remember Lilian Ramos, the photographic model photographed, during the Carnival-1994, without panties, next to the president of the Republics, Itamar Franco? It happened in a stateroom on Avenida Sapucaí, when the parades of the samba schools rolled.
  At 53 years of age, she is in good physical shape, as evidenced by the fact that she uses a white bikini, published in her "facebook".

Lilian resides in the beautiful Italian capital, the vecchia Roma, where all roads arrive, and became a singer.
From the old days, Lilian Nova does not forgive journalists who tried to throw her down because of that photo.

He remembers that he had already participated in three films and three plays, besides being cover and made an essay for a men's magazine. And goes on to ensure that she was not without the panties on the Brazilian nation's side, but wearing a skin-colored "tights".

sábado, 22 de abril de 2017

O VENENO DO ESCORPIÃO- 21 - JORNAL DA BAHIA – Nº ZERO - EDIÇÃO EXPERIMENTAL

1 – O jurista baiano João Mangabeira (1880 a 1964) afirmava ter o órgão que mais falhou à República, entre 1892 e 1937, não sido o Congresso Nacional, mas o Supremo Tribunal Federal. Constituinte, em 1934, ele  lutou contra a ditadura do Estado Novo, do presidente  Getúlio Vargas, passou 15 meses na cadeia e, ao sair, disse: “Prefiro ser preso por esta ditadura, do que estar livre, compactuando com ela”.  Recentemente, o ministro Luiz Fux propôs ao STF  conceder a todos os juízes brasileiros um auxílio-moradia no valor de R$ 4.300 reais. Mesmo ao que atue em sua cidade e tenha casa própria – que legal!

2 – O governador Luiz Viana Filho, eleito, indiretamente, para o cargo, pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, em 1966, nos moldes das eleições do regime militar para a presidência da república, vendeu a Pelé, pelo preço simbólico de NCr$ 1,00 (um  novo cruzeiro, a moeda da época) , um  terreno de 10 mil metros quadrados para o “Rei do Futebol” instalar uma fábrica no Centro Industrial de Aratu, perto de Salvador. A entrega do documento de compra ocorreu no Palácio de Ondina, onde Pelé declarou: “Sempre esteve nos meus planos expandir a minha indústria até o Nordeste” – se alguém souber onde foi instalada a fábrica de Pelé na Bahia, favor informar. O povo baiano não sabe.  

3 – Inícios da década-1970 - O deputado federal Hélio Machado, do Partido Democrata Cristão foi nomeado Secretário de Viação  do Governo do Estado da Bahia, em lugar de Vieira de Mello, que assumiu a vaga de deputado, em lugar de Hélio Machado, de quem era suplente – trocou-se seis, por meia-dúzia.      

4 – Fidel Castro, aos 67 anos de idade,  em 1994,  viajando  para a posse do presidente Nelson Mandela, na África do Sul,  fez uma escala em Salvador, onde passou 13 horas.  Visitou o governador Antônio Imbassahy e o ex-Antônio Carlos Magalhães. Adorou a comida baiana, disse ser a melhor que já provara e convidou a cozinheira do palácio do governo baiano a ir trabalhar em Cuba.  Por fim, sacaneou: “Vocês aqui têm mania de eleições. O ideal é pleito com um só candidato a presidente” – a Bahia não tinha presidente, mas dois governadores. Imbassahy, de direito, e ACM, de fato. 

5 -  O presidente João Figueiredo (1979 a 1985), em sua última visita no cargo à Bahia, recebeu os cumprimentos de 62 líderes comunitários, entre eles a Irmã Dulce, que cobrou-lhe a promessa de ajuda às suas obras de caridade. Queria antigos Cr$ 240 milhões de cruzeiros para construir um hospital.  Figueiredo  respondeu que arrumaria a grana, nem que fosse assaltando um banco, no que o religiosa garantiu-lhe: “Oxente! Ajudo o senhor no assalto”. Não foi preciso. Assim que voltou a Brasília, Figueiredo mandou o ministro da Fazenda, Delfim Neto, liberar um auxílio de Cr$ 50 milhões para o hospital do “Anjo Bom da Bahia” – se tivesse assaltado um banco, teria conseguido mais grana.     

6 – O cantor baiano Anísio Silva, quando começou a fazer sucesso nacional, usava um bigodinho fino, breguíssimo. Para pesquisadores da música popular brasileira, foi o desembarque dele nas paradas de sucesso, em 1957, que fez surgir o brega romântico, que tabelava com o bolerão tipo Gregório Barrios. Anísio Silva era ralezão, bregão, mas já cantava baixinho, o que a patota da Bossa Nova adotou, a partir de 1958. Quando subia ao palco e cantava – “Alguém me disse/ Que tu amas/Novamente/Novo amor/Nova paixão/Toda contente/Conheço bem/Suas promessas/Outras ouvi/Iguais a essas/Esse seu jeito de enganar/Conheço bem – as empregadinhas domésticas iam ao delírio – em 1990, a baiana Maria da Graça Costa Pena Burgos (Gal Costa, para a rapaziada), regravou aquele sucessaço, mas não emplacou. Não tinha a breguice do velho Anisão.
 
 7 – Martha Rocha, Miss Bahia e Miss Brasil-1954, disse que os concursos de beleza no país perderam o charme porque surgiram títulos para tudo: Miss Bicicleta, Miss Outono, Miss Safra, Miss Beterraba, o diabo! Segundo ela, se a Copa do Mundo fosse em todos os anos, viraria um Miss Brasil – por isso, o Brasil levou 7 x 1 da Alemanha. 

sexta-feira, 21 de abril de 2017

SÃO JANUÁRIO - NOVE DÉCADAS - HOJE

A data  21 de abril de 1927 marca a inauguração do Estádio Vasco da Gama, chamado de São Januário, porque o torcedor acostumou-se a localizá-lo pela rua que passa pelo fundo da casa cruzmaltina, onde parava o bonde.

O futebol entrou na vida da colônia lusitana do Rio de Janeiro, em 1913, quando um combinado formado pelos portugueses Benfica, Lisboa e Tiro & Sport visitou a cidade e animou os patrícios a fundarem três clubes – Lusitânia Esporte Clube, Lusitano Futebol Clube e Centro Esportivo Português. Ambiente criado, em 26 de novembro de 1915, o Vasco ficou com todo o material ludopédico do Lusitânia e, da fusão que pintou, rolou a pelota no relvado. Bola rolando, em 1916, os vascaínos filiaram-se à Liga Metropolitana de Esportes Athléticos, pela Terceiria Divisão e, de cara, levaram 10 x 1, do Paladino Futebol Clube, em 3 de maio, em General Severiano,  a primeira plaga indicada pela Turma da Colina, para mandar as suas refregas. Foram cinco meses de pugnas, até pintar a primeira vitória, em 29 de outubro. A vítima, por 2 x 1, foi a Associação Atlética River São Bento. Deu pra animar.

Em 1917, o Vasco já estava na Segundona. E foi crescendo, até ser campeão, em 1920. Três temporadas depois, já frequentava a elite do futebol carioca.  Até carregou o caneco. Bem! Aí já era demais. Onde já se viu um time recheado de negros, mulatos, operários e demais representantes da “pobrada” ousar daquele jeito! Pera´i! Futebol era para gente fina. Nada de ralé. E tome perseguição ao Vasco, cujos ‘gajos’ tinham um preparo físico espantoso, e viravam qualquer placar no segundo tempo. Mas já que não dava para segurar o “Time da Virada”  no balão esférico, o jeito era pegá-lo de outro jeito: “decretá-lo um sem estádio” e outras cositas mais. Também, não  deu. Em pouco tempo, a galera construiu o maior do continente. Não adiantou nem a problemática criada pelo presidente da república, Washington Luís, não permitindo a importação de cimento. Os engenheiros encontraram a solucionática, misturando areia  com brita.
 
PEDRA FUNDAMENTAL - Lançada em 6 de junho de 1926, pelo prefeito do então Distrito Federal, Alaor Prata, o Vasco saiu para a venda de títulos, de 100 mil-réis, em 20 prestações. O estádio - o terreno custara 665 contos e 895 mil-réis e ficava em uma chácara, de 65.445 metros quadrados, que pertencera à marquesa de Santos, amante do Imperador -  estava orçado em 2 mil contos de reis. Para arranjar a grana, pelos finais de 1925, lançou-se a Campanha dos Dez Mil, uma coleta de recursos que rolou entre 6 de janeiro a 29 de dezembro de 1926 e teve como grandes doadores o Moinho da Luz e a Brahma. O entusiasmo era tanto eu o clube inscreveu 7.189 novos associados.
O Vasco gastou 1.200 contos de reis para inaugurar um estádio com capacidade inicial de 30 mil pessoas, em área construída de 11 mil metros quadrados. Fora do orçamento, comprou 252 toneladas de ferro e 6.600 barris de cimento. Por sinal, o sacanão do Washington Luís, que negara a importação do produto, fora um dos convidados para a inauguração, juntamente como presidente da Confederação Brasileira de Desportos, Oscar Costa, que dera o ‘kick-off’ (pontapé inicial) e o aviador português Sarmento de Beires, que cortara a fita inaugural.  
O Vasco só não seu de bem no primeiro jogo em sua cancha. Perdeu, numa quinta-feira, por 5 x 3 Santos, amistosamente. Mas, 50 anos depois, o clube devolveu tudo, com três gols de diferença, em nova refrega amistosa, no mesmo ‘field’. Confira as duas fichas: 
21.04.1927 – Vasco 3 x 5 Santos. Estádio: São Januário.  Gols: Negrito, Galego e Pascoal (Vas) e Evangelista (2), Omar, Feitiço e Araquém (San). VASCO: Nélson, Espanhol e Itália; Nesi, Claudionor e Badu; Pascoal, Torterolli, Galego, Russinho e Negrito. SANTOS: Tufy, Bilu e Davi; Alfredo, Júlio e Hugo; Omar, Camarão, Feitiço, Araquém e Evangelista.                             
20.04.1977 – Vasco 3 x 0 Santos. Estádio:de São Januário. Público: 5.215. Gols: Abel Braga, aos 23 min do 1º tempo; Roberto Dinamite, aos 2,  e Wilsinho, aos  40 min do 2 tempo. VASCO: Mazaropi, Orlando (Fernando), Abel (Marcelo), Geraldo (Gaúcho) e Marco Antônio; Zé Mário, Helinho e Dirceu Guimarães; Luís Fumanchu (João Paulo), Roberto Dinamite e Ramon (Wilsinho). Técnico: Orlando Fantoni. SANTOS: Ricardo; Terezo, Renato, Fausto (Marçal) e Fernando; Carlos Roberto, Bianchi e Toinzinho (Calu); Nilton Batata, Juari e Bozó (Rodrigues

IMAGENS REPRODUZIDAS DE WWW.CRVASCODAGAMA.COM.BR. Agradecimento.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

AS MUITAS HISTÓRIAS DE SÃO JANUÁRIO-2

1 - O estádio do Vasco da Gama, mais conheciedo por São Januário, o nome da rua que passa pelo fundo da casas, está celebrando 90 temporadas. Além de jogos do clube, e de outras agremiações, já recebeu, também, 23 partidas da Seleção Brasileira, tendo a primeira sido em janeiro de 1929, quando os “brasucas” venceram um time argentino chamado Barracas, por 5 x 3, amistosamente. Na Colina, os brasileiros venceram 19 vezes, empataram uma e escorregaram em três oportunidades.

2 - Os jogos do escrete nacional em São Januário: 06.01.1929 – Brasil 5 × 3 Barracas-ARG; 24.02. 1929 – 4 × 2 Rampla Júniores-URU; 24.02.1935 – 2 × 1 River Plate-ARG; 15.01,1939 – 1×5 Argentina; 22.01.1939 –  3 × 2 Argentina; 24.03.1940 – 3 × 4 Uruguai; 31.03.1940 –  1 × 1 Uruguai; 14.05.1944 – 6 × 1 Uruguai; 20.12.1945 –  6 × 2 Argentina; 23.12.1945 – 3 × 1 Argentina; 01.04. 1947 – 3 × 2 Uruguai; 03.04.1949 –  9 × 1 Equador; 24.04.1949 – 7 × 1 Peru. 30.04.1949 – 5 × 1 Uruguai; 08.05.1949 – 1 × 2 Paraguai; 11.05.1949 – 7 × 0 Paraguai; 07.05.1950 – 2 × 0 Paraguai; 14.05.1950 – 3 × 2 Uruguai; 18.05. 1950 – 1 × 0 Uruguai; 06.06.1950 – 6 × 4 Seleção Gaúcha; 11.06.1950 – 4 × 3 Seleção Paulista; 23.07.1989 – 1 × 0 Japão; 14.07.1993 – 2 × 0 Paraguai.

3 -15.05.1927 - Vasco 3 x 1 Flamengo, primeiro duelo entre os dois, em São Januário. Valeu à equipe vascaína conquistou troféu "O Pregão da Victoria".  Em  31.03.1928, houve a inauguração dos refletores do estádio e a primeira partida internacional vascaína, vencendo o Wanderers, do Uruguai, por 1 x 0, diante de mais de 60 mil torcedores. No  09.11. 1930, Vasco 6 x 0 Fluminense, a maior goleada deste encontro.  Em 26.04.1931,  Vasco 7 x 0 Flamengo, a maior goleada no "Clássico dos Milhões".

 4 – 25.05.1949 - Vasco 1 x 0 Arsenal, da Inglaterra, quando o clube londrino era o mais forte do planeta e considerava-se imbatível. Fundado, em 1886, era o campeão da sua temporada nacional-1947/48 e  levou mais de 60 mil torcedores a São Januário. Em 06.12.1992, Vasco 1 x 1 Flamengo, confirmou a conquista do Estadual-RJ-1992, pelos vascaínos, com campanha  invicta. Em 12.08.1998 , em Vasco 2 x 0 Barcelona, do  Equador, a “Turma da Colina” fez a primeira partida da final da Taça Libertadores. conquistada no jogo seguinte, na casdsa do adversário. Em- 06.12.2000, Vasco 2 x 0 Palmeiras foi a primeira partida da final da Copa Mercosul, que seria conquistada pelo Vasco, dias depois, por 4 x 3, na casa palmeirense, na capital paulista.. Em 20.05.2007, em Vasco 3 x 1 Sport-PE, Romário marcou o seu

milésimo gol. Em 01.06.2011, Vasco 1 x 0 Coritiba-PR foi o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, carregada pela rapaziada, dias depois, do estádio Couto Pereira, na capital paranaense.
O presidente Getúlio Vargas e Ademir Menezes estão na história
 de São Januário. Foto da entrega ao goleador vascaíno da taça do I Torneio
Pan-Americano de Futebol, disptuado no Chile. A foto, reproduzida da Revista do Vasco,
é datada de 26.04.1952, sem crédito, e não foi clicada na Colina.

5 - Em 01.05. /1940, houve  discurso do presidente da República, Getúlio Vargas, comemorando o Dia do Trabalhador, e a assinatura da criação do salário mínimo, pelo Decreto-Lei nº 2.162, de 1º de Maio de 1940. Em 01.05.1941, novo discurso do presidente Vargas, em mais um Dia do Trabalhador, para lançar a Justiça do Trabalho no país. Mas o real funcionamento destas só veio em 1941, pelo Decreto-Lei nº 1.237/1939. Em 07.09.1942, comemorações do Dia da Independência; realização da Hora da Independência, com a presença e discurso de Getúlio Vargas. O maestro Heitor Villa Lobos regeu um grande coral orfeônico, formado por jovens e crianças das escolas públicas e particulares.

 6 - Em 07.02,1945, rolou em São Januário desfile oficial de Carnaval das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A Portela foi a campeã. Em 01.05.1945 , mas um discurso do presidente da República, Getúlio Vargas, em nova comemoração do Dia do Trabalho. Em 23.05.1945, comício de Luiz Carlos Prestes, semanas após deixar a prisão, anistiado pelo presidente Getúlio Vargas. O líder falou para cerca de 100 mil pessoas, no estádio, em comício organizado pelo Partido Comunista do Brasil. Em 12.08.1950, coomício de Getúlio Vargas, candidato à Presidência da República. Em 01.05.1951, um outro discurso de Vargas, no Dia do Trabalho.  Em 01.05.1952, o último discurso do presidente Getúlio Vargas na casa cruzmaltina. Em 01.05.1957, diiscursos do presidente da República, Juscelino Kubitschek, e do vice-Presidente da República, João Goulart, também, no Dia do Trabalho.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

AS MUITAS HISTÓRIAS DA COLINA

Qual o melhor time vascaínoo, após a quilometragem (1945/1952) do “Expresso da Vitória”?  O primeiro candidatos a voto é o de 1989. O grupo teve Acácio, Paulo Roberto "Gaúcho", Luís Carlos Winck, Donato, Marco Aurélio, Fernando, Quiñonez, Mazinho, Dunga, Zé do Carmo, Geovani, Marco Antônio “Boiadeiro”, Tita, Henrique, Willian, Mauricinho, Vivinho, Bebeto, Roberto Dinamite, Bismarck, Romário e Sorato, e conquistou sete títulos, em três temporadas.   
Por aquele período, faltavam 16 anos para o final do Século 20. Realmente, foi um tempo que jamais deveria terminar para o Vasco da Gama.  Na caçapa, foram colocados a Copa Ouro-1987; o bicampeonato estadual-1987/88; o tri do espanhol Torneio Ramón de Carranza-1987/88/89, e o Campeonato Brasileiro-1989.
A Copa Ouro, depois do Estadual-RJ, rolou nos Estados Unidos, tendo por concorrentes os mexicanos Guadalajara e América; a italiana, Roma, e o argentino Rosário Central.  Conquistado o troféu, a rapaziada foi à Espanha buscar mais um caneco, mandando 3 x 0 pra cima do  Sevilha e 2 x 0 sobre o Cádiz.   Aqui no Brasil, o Vasco não era campeão estadual desde 1982. Em 1987, na “Era Romário”, aliada à experiência de Roberto Dinamite, o time treinado por Joel Santana mostrou-se candidato ao título carioca, somando, na primeira fase, oito vitórias e três empates – perdeu só uma partida ganhou a Taça Guanabara. A Taça Rio os vascaínos não levaram, foi  o Bangu.  Joel Santana saiu, pouco depois, e Sebastião Lazaroni comandou a rapaziada no terceiro turno, entre melhores até ali – Vasco, Flamengo, Fluminense e Bangu –, com o Flamengo levando. Seguiu-se um triangular, contra banguenses e rubro-negros e, com 4 x 0 Bangu e 1 x 0 Flamengo, o caneco viajou para São Januário. Vasco campeão, marcando 61 tentos, em 31 jogos, com 16 desses gols de Romário e 15 de Roberto Dinamite.


Mazinho, Luís Carlos Winck, Zé do Carmo, Quiñones, Marco Aurélio e Acácio, em pé, da esquerda para a direita; William, Sorato, Marco Antônio "Boiadeiro", ?Bebeto e Bismarck, agachados, na mesmas ordem.

Em 1988, o Vasco não impediu de o Flamengo levar a Taça Guanabara. Mas levou a  Taça Rio, mandando 1 x 0 no “Urubu”,  2 x 0 no “Diabo” e apagando a “Estrela Solitária”, por 3 x 0.  Classificado para um triangular final, passou pelo Americano, 1 x 0 , e o Flamengo, 3 x 1, além de ter ficado em cima do muro com o Fluminense, 1 x 1.  Haveria, ainda, uma final contra o  Flamengo. No primeiro jogo, Vasco  2 x 1. No segundo, 1 x 0 . Bi no papo, vencendo 21 dos 27 jogos disputados. Em seguida, Romário era negociado com o holandês PSV-Eindhoven. Já o bi do Ramón de Carranza, saiu passando o Atlético de Madrid para trás.   

Ainda em 1988, o Vasco só não foi campeão brasileiro por culpa do regulamento. Somou o maior número de pontos (54), oito a mais do que o segundo colocado, o Internacional, na fase classificatória. Foi para um “mata-mata” com o Fluminense, com 16 pontos a mais. Venceu um e perdeu o outro jogo.  Como era preciso prorrogação, caiu fora. Inacreditável! Ao final da competição, tinha três pontos a mais do que o campeão, o Bahia. Mais: o goleiro Acácio, de 1m87cm de altura, passara  879 minutos sem sofrer gols, a quarta melhor sequência dos goleiros no futebol brasileiro.  
Em 1989, o Vasco conquistou o seu terceiro titulo de campeão nacional, vencendo o São Paulo, por 1 x 0, na finalíssima, na casa do adversário. Eram, os tempos de um time que ficou conhecido por “SeleVasco”. Por ter melhor campanha do que o adversário, o Vasco poderia escolher o local do primeiro jogo. E escolheu o Morumbi, pois ganhava mais fora do que dentro de casa. Se vencesse em São Paulo, já seria campeão. E foi. 



 

terça-feira, 18 de abril de 2017

QUAL O MELHOR TIME DO VASCO - 1997?

Em 1997, o Vasco da Gama estava há oito anos sem títulos do Brasileirão. E o início de temporada não animava: naufragara durante as Taça Guanabara e Rio de Janeiro. A rapaziada venceu o terceiro turno, juntado os seis melhores da Taça Rio, faturou a “Riete”, no saldo de gols, mas não a carregou.
  O “Almirante” afundara, também durante o Torneio Rio-São Paulo, eliminado pelo Santos, nos pênaltis: 3 x 4, após 2 x 2 e 3 x 3 lá e cá. Mais afogamentos? 1 - na Copa do Brasil, varrido pelo “Furacão” Atlético-PR, n saldo de gols: 4 x 3 em casa e 1 x 3 fora; 2 – na Supercopa dos Campeões da Taça Libertadores, começou bem, tirando os uruguaios Peñarol e Nacional, mas atolou no grupo seguinte, que tinha Santos e River Plate. O “Peixe” não foi problema, mas, Estádio Monumental, em Buenos Aires, foi demolido: 5 x 1 “hermanos”, que mandaram 2 x 0, em São Januário, com a galera mandando uma pedrada na cabeça de um bandeirinha. 

BRASILEIRÃO – Estava  feia a coisa, com tantas escorregadas. O “Almirante” estreou caindo ante os corintianos (1 x 2) e saindo de campo na vice-lanterna, por terem só navegado a partir da quarta rodada. Pra piorar, na seguinte (3 x 3 Juventude-RS), acenderam a lanterna, com um jogo a menos.
Rola a bola e a moçada sapecou 2 x 1 São Paulo; 1 x 0 Flamengo; 2 x 0 Goiás; 3 x 1 Fluminense e 3 x 0 Bragantino-SP.   Da lanterna, saltou para o G-8, com vários jogos a menos. Como havia ido à Espanha, tentar trazer no colo a Teresa Herrera, na volta, tropeçou (0 x 0)  no América-RN e no Santos (1 x 3). Recuperou-se ante o Sport Recife (3 x 2). Engoliu o “Leão da Ilha”, mas foi engolido pelo  Grêmio-RS (1 x 3).
 Veio a 16ª navegação de cabotagem e a esquadra cruzmaltina mandou 6 x 0 União São João, de Araras-SP, com Edmundo marcando todos os gols e, ainda, perdendo um pênalti. O sacode, porém, foi “des-sacudido” pelo tempero baiano: 2 x 4 Vitória, na Bahia.
Nas próximas rodadas, 2 x 1 Internacional-RS e 4 x 1 Paraná. Valeu o terceiro lugar. Depois, 2 x 1 Portuguesas de Desportos, de virada, no último minuto. A próxima vitória foi “molhada”, 2 x 1 Palmeiras, com o gamado da Colina castigado por São Pedro. Seguiram-se 2 x 1 Atlético-PR e a vice-liderança, a um ponto do Internacional, este com dois jogos a mais.
Com 3 x 2 Coritiba; 1 x 0 Botafogo; 4 x 3 Criciúma-SC; 3 x 1 Bahia e 2 x 0 Atlético-MG, a turma do delegado  (antiga profissão policial do treinador) Antônio Lopes chegou à última rodada – 2 x 3 Guarani de Campinas – já classificada à nova  fase, por 17 triunfos, três empates e cinco escorregadas, totalizando 54 pontos, três a mais do que o segundo colocado, o Inter-RS. Marcou 55 e levou 32 gols.
Em 1997, Edmundo, o primeiro agachado à esquerda, era o "cara". Poster reproduzido da revista "Placar". Agradecimento.

SEMIFINAIS – O “Almirante” passou sobre as ondas, sem dar papo à concorrência: 3 x 0 Juventude-RS; 1 x 1 Flamengo e 2 x 1 Portuguesa de Desportos.
Sobraram as finais, contra o Palmeiras: 0 x 0 e 0 x 0, que deram o título à esquadra da Colina, que jogou por dois resultados iguais, por ter feito melhor rota de navegação. Antes das duas decisivas, o “Tapetão” entrou em cena e livrou a cara de Edmundo, de suspensão, porque um jogador palmeirense já  havia sido beneficiado em expulsão em caso idêntico.
Edmundo fora “o cara” daquele Brasileirão, o artilheiro (29 gols), batendo um recorde estabelecido por Reinaldo Lima (Atlético-MG), em 1977.  Era considerado, também, o melhor jogador do planeta.
O Vasco-1997 disputou 76 jogos na temporada, vencendo 42, empatando 16 e escorregando em 18. Marcou 138 gols e levou 97 – temporada ”ducarvalho!”



Com esta disposição das sua rapaziada no gamado, o "Almirante" foi, indiscutivelmente, o melhor time do Campeonato Brasileiro. A imagem que você vê foi  reproduzida da revista Tributo Esportivo, a qual o Kike agradece. Naquela temporada, o atacante Edmundo só não fez chover. Foi o principal goleador do Brasileirão, e com certeza, ninguém no planeta jogou tanta bola quanto ele. O "Animal" excedeu.
With this arrangement of their guys I'm stuck in the " Admiral " was arguably the best Brazilian Championship team. The image you see was  reproduced Tribute Sports magazine, which Kike thanks.That season , the striker Edmundo just did not rain . It was the top scorer of the  Brasileirão , and certainly no one on the planet played ball as much as he. The "Animal" exceeded .