Vasco

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quinta-feira, 27 de julho de 2017

OS XERIFES DA COLINA - BRILHANTE - 1

De acordo o “Jornal dos Sports”, o verdadeiro inventor da “bicicleta”, jogada que tem vários pretensos pais e consagrou o atacante Leônidas da Silva, foi um zagueiro: Brilhante, astro do Vasco da Gama, que o buscou no Bangu, em 1924. Pode até ter sido, pois Leônidas teve a humildade de dizer que o lance não fora criação dele. 
Além de possível pai da “bicicleta”, Alfredo Brilhante da Costa teve a glória de disputar o primeiro (e único) jogo pela Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai, formando dupla de zaga com o também vascaíno Luís Gervazoni, o  Itália.
Era 14 de junho, no estádio do Parque Central de Montevidéu, diante de calculadas cinco mil pagantes, quando Brasil 1 x 2 Iugoslávia foi o placar e Brilhante foi barrado para o jogo seguinte, porque o seu colega Fausto o acusou de ter jogado sem pegada forte.
 Escalada pelo treinador Píndaro de Carvalho, a defesa brasileira do dia teve Joel, Brilhante e Itália. Na então linha média,  Hermógenes, Fausto, também, vascaíno, e Fernando Giudicelli. Atacando,  Poly, Nilo, Araken, Preguinho e e Teófilo.
Reprodução de O Globo Sportivo
  Brilhante foi vascaíno até 1933. Em sua primeira temporada ficou campeão carioca, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), numa época em que o Estadual teve duas disputas, devido  segunda cisão entre os clubes, por conta do estatuto que permitia o voto de agremiações sem muita importância.
OS "GRANDES" revoltaram-se e criaram a Associação Metropolitana de Esportes Athéticos (AMEA), que não aceitou o Vasco, por reunir negros e brancos pobre.
Ao lado de 21 times das LMDT   – Andarahy, Bonsucesso, Carioca, Campo Grande, Confiança, Engenho de Dentro, Esperança, Everest, Fidalgo, Independência, Mackenzie, Mangueira, Metropolitano, Modesto, Olaria, Palmeiras, Progresso Ramos, River, São Paulo e Vila Isabel –,  o Vasco de Brilhante foi o campeão, tendo por base esta formação: Nélson, Leitão e Mingote; Brilhante, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Russinho, Cecy e Negrito.
A rapaziada, treinada pelo uruguaio Ramón Platero, disputou 16 partidas, vencendo todas, tendo Brilhante atuado nas 16, o maior número, por atleta, igualado a Nelson, Artur, Pascoal e Negrito.       
Brilhante voltou a ser campeão carioca, em 1929, quando o Vasco já estava na AMEA, a temporada teve 11 disputantes e foi decidida, em uma melhor de três, contra o América. Os vascaínos somaram 15 vitórias, em 23 jogos, além de empatarem sete vezes e caírem em só uma. Marcaram 60 e sofreram 24 tentos. Brilhante participou de 21 compromissos do time que era dirigido pelo inglês Harry Welfare. 
 ANTES DE FIRMAR-SE como zagueiro, atuou pela (antiga) linha média do time vascaíno, que reunia três homens protegendo a zaga.  Nascido em 5 de novembro de 1904, no Rio de Janeiro, viveu até 8 de junho de 1980, tendo sido vascaíno entre 1924/1933. 
Em 1924, Brilhante estava no time campeão carioca, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres – houve um outro campeonato, pela preconceituosa Associação Metropolitana de Esportes Athléticos, que reunia os “grandes” América, Botafogo, Flamengo e Fluminense.
 O Vasco, excluído da entidade, venceu os 16 jogos contra 21 times considerados “pequenos” e acusados de terem atletas com “profissão  duvidosa”. O torneio espalhou os participantes por três séries e o Vasco, vencedor do seu grupo, decidiu a disputado em um triangula final entre os dois outros ganhadores de chaves, Engenho de Dentro e Bonsucesso –Nelson, Leitão e Mingote; Brilhante Claudionor e Artur; Pascoal, Torterolli, Russinho, Cecy e Negrito foi o time-base durante o torneio que teve 22 times.




    

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