Vasco

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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

FERAS DA COLINA - 'MATADOR' NIGINHO

Niginho, registrado por Leonísio Fantoni, nasceu em 12 de fevereiro de 1912, em Belo Horizonte. Surgiu como promessa nos juvenis do Palestra Itália-MG (atual Cruzeiro EC), em 1928. Um ano depois, já estava no time principal, para ser negociado, em 1929, com o Lázio, da Itália.  Ficou pelo clube da Roma até 1935, quando fugiu do território italiano, para não pegar no fuzil e fazer a guerra na África.   
De novo, em Minas Gerais, ele voltou a defender o Palestra que, pouco depois, o emprestou ao Palestra Itália-SP (atual Palmeiras), para ser campeão paulista. Próximo passo: desembarcar em São Januário, em 1937, para ser o principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 25 gols. Antes dele, o Vasco da Gama só o conseguira, em 1929, com Russinho (23 tentos), e em 1931, com o mesmo  Russinho (17).
Como cruzmaltino, Niginho foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1938, na França. Em todos textos sobre aquele Mundial, conta-se que a FIFA acatara uma impugnação da Federação Italiana de Futebol, impedindo que ele atuasse. No entanto, por entrevista concedida à "Revista do Esporte de Nº 86, datada de 29 de outubro de 1960, Niginho apresenta uma versão diferente. Conforme declarou, a sua inscrição fora efetivada e o que havia eram comentários . "O Pimenta (Adhemar, o treinador da Seleção Brasileira) ficou com medo de lançar-me, porque diziam que os italianos iriam reclamar", caso os enfrentasse.  
Niginho perdeu aquela chance de ter defendido o Brasil na Copa do Mundo-1938, mas esteve presente em quatro oportunidades: 27.12.1936  - Brasil 3 x 2 Peru, marcando um dos gols; 13.01.1937 - Brasil 5 x 0 Paraguai; 19.01.1937 - Brasil 3 x 2 Uruguai, deixando mais um na rede; 30.01.1937 - Brasil 0 x 1 Argentina.
 Irmão dos atacantes Ninão (João) e Orlando (treinador vascaíno em 1977/78), e primo do lateral-esquerdo Nininho (Otávio), na Itália, era chamado de Fantoni III. Depois de ter sido vascaíno, voltou ao Palestra Itália-MG, em 1939, para ser tricampeão mineiro-1943/44/45. Em 1947, uma cirurgia, em dois locais de um dos joelhos, determinou o final de sua carreira, como atleta. Depois, viria a de treinador.
                                               Foto abaixo reproduzida da Revista do Esporte   

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