Vasco

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domingo, 24 de dezembro de 2017

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - MARTHA FREUD, A MUSA DE SIGMUND

Martha mereceu......
 Embora muitos a vissem como uma “coquete”, na verdade, a alemã Martha (1861 a 1951) não procurava despertar a atenção dos rapazes pela sedução. Suas atitudes gentis e graciosas fascinavam e bastavam para render-lhe muitos candidatos a marido.
 Martha escolheu Sigmund Freud, austríaco que tinha um ciúme danado dela,  moça pálida, frágil e de pequena estatura, o que não o impedia de pensa-la por  “my sweet darling girl” (minha doce querida garota).

SACAVA LONGE - Martha sabia bem de suas limitações físicas, que a deixavam a quilômetros de distância dos mulherões que enlouqueciam os paqueras. Encabulada porque o seu namorado Sigmund (1856 a 1939)  tinha tanta tesão nela, decidiu indaga-lo da razão. E ouviu o que, para muitas, poderia ser um desaforo:
- Certamente, não espero que, um dia, você possa vir a ser disputada para modelo de pintores e escultores. Mas, enquanto mantiver os seus gentis atributos, seguramente, serei o seu maior admirador.
 Não era preciso mais nada para Martha Bernays tornar-se Martha Freud, em 18865, e dar a Sigmund três herdeiros machos e três fêmeas. Como se vê, o carinha mantinha todo o tesão na “perigosa” de sua “sweet darling girl”. 
Não foi, n o entanto, na pequena área de sua gatinha que Freud adentrou para marcar o seu maior gol – história que parte de muito antes, quando a “perseguida” não podia coçar que proprietária era declarada histérica. Por sinal, muitas delas chegaram a ser saboreadas por sanguessugas – tremenda perda de tempo, pois já havia funcionários públicos no Brasil imperial, verdadeiros morcegos do povo.
Ficou famoso o caso da  histeria coletiva de freiras do convento francês das Ursulinas, em Loudon. Pobres irmãs! Foram dadas por possuídas pelo demônio e entregues a um exorcista que jurou tê-la curado – cabra bom! Chamava-se Irmão Surin e, certamente,  deveria ter uma vara (de marmelo, talvez) muito grande e pesada para bater forte e expulsar o “demo”. Confere?
... várias  capas de livros

DEVAGAR - Sigmund Freud ainda não havia beliscado a ainda Martha Bernays, em 1884, quando a namorava. Foi quando o seu o amigo e fisiologista austríaco Josef  Breuer  (1842 a 1925) contou-lhe das bagunças que a “perigosa” de uma cliente “histérica” vinha aprontando em seu consultório. Sob hipnose, a moça dissera-lhe desejar vê-lo substituindo o demônio possuidor, o que a sua reputação ilibada negou-lhe.
Enquanto Breuer saltava fora, Freud pulava dentro do caminho que o levaria à Psicanálise. Grande conhecedor dos trabalhos dos franceses Jean Martin Charcot (1825 a 1893, pai da moderna neurologia), Ambroise-Auguste Liébeault (1823 a 1904, fundador da respeitadíssima Escola de Nancy) e de Hippolyte Bernheim (1840 a 1919, grande  mestre na psicoterapia  e na hipinose), Sigmund tinha fortes impressões de que fenômenos psíquicos poderiam permanecer ocultos na consciência das pessoas.
Freud era, também, dono de reputação médica ilibada, que o dissesse Martha, de quem ficara noivo, em 17 de junho de 1882. E enquanto a traçava, em casa,  pulava a cerca, com a ciência, desvendando, como especialistas em problemas nervosos, os rolos das parte baixas femininas que resvalavam em altitude no cume da alma.

ENFIM - Por conta da ajuda das “perigosas” que impulsionaram os seus estudos, Sigmund  ganhou  uma boa grana e ficou rico. Pena que, em 1918, quando o mundo em que ele vivia (império austro-húngaro) desabou e pintou uma inflação estratosférica, ficou pobre. De riqueza, só Martha, por quem jamais deixara de ser taradinho – e ela jamais negava-lhe fogo dentro dessa história de quem fora descoberta primeiro do que a alma.           

       


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