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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

OS ARQUEIROS DA COLINA-3 - BARBOSA-1

 Aquela tal historia do “até que um dia” passou, também, pela vida do considerado "maior goleiro cruzmaltino de todos os tempos", o Moacyr Barbosa.  Ele  era ponta-direita de time peladeiro paulistano e tinha dois irmãos, Mário e Armando, cobrões no ataque. Foi quando seu treinador, o cunhado  José Santiago, avisou-lhe: “Você vai ser o goleiro, hoje”.
Campeão carioca-1947, o grande goleiro Barbosa...

















 Barbosa espantou-se, pois ele vinha sendo um ponteiro veloz e perigoso. Mas não teve como demover o cunhado da mudança na escalação do time do Almirante Tamandaré. “O nosso goleiro não apareceu. O jeito é você ir pro gol”,  disse o homem, deixando-o amuado. Não adiantou. Teve de encarar o ataque do Esporte Clube Estrela, pelo campeonato da Liga Comercial Paulistana – ele trabalhava no ramo.
 Barbosa saiu de  campo como uma das feras da pugna. Pra não criar problemas familiares, fez-se de malandro com o cunhado: “Jogar de goleiro tem as suas  vantagens, como poder pegar a bola com as mãos e não é preciso correr”. Então, o tripudiado decidiu: "Então, daqui por diante, a camisa 1 será só sua”.
Barbosa tinha 18 de idade, em 1939, quando tornou-se “gol-keeper” e mudou, também, de nome. Deixou de ser chamado por Moacyr e ficou tricampeão da liga (1939/40/41) como Barbosa. E, de nome trocado, foi convocado para a seleção paulista de amadores, campeã brasileiro-1941. Com o bi, em 1942, o treinador do Ipiranga, Caetano Domenico, o convidou a tentar o futebol profissional, por Cr$ 5 mil cruzeiros de luvas (antigo sistema de uma graninha por fora, nas assinaturas de contrato) e Cr$ 800 mil cruzeiros mensais.      

...defende um pênalti durante o Sul-Americano de Clubes Campeões-1948
Barbosa topou e fez grande Campeonato Paulista. Tão bom que, em 1944, o Vasco da Gama bateu à sua porta, propondo-lhe Cr$ 60 mil cruzeiros de luvas e salário de Cr$ 1 mil.  Não dava pra recusar. O Ipiranga, também. Afinal, achara um goleiro peladeiro que lhe renderia Cr$ 100 mil cruzeiros.

Reserva do grande Oberdan Catani, na seleção paulista de 1941/1942, Barbosa partiu para São Januário – indicado por Domingos das Guia e para disputar a posição, Oncinha, Roberto, Barqueta e Martinho, além de Castro e Rodrigues que chegaram à Colina em 1945. Não se importou. Quando teve uma chance, no 11 de novembro daquele 45, saiu de campo invicto em Vasco 4 x 0 Madureira, em São Januário.
 Barbosa, no entanto, voltou para o banco dos reservas no jogo seguinte. O titular era  Rodrigues, ex-Portuguesa de Desportos. Quando nada, por consolo, saíra de campo campeão carioca, em sua estreia, pois a "Turma da Colina" antecipara o título a uma rodada do final do Estadual –   Barbosa; Augusto e Rafagnelli; Alfredo II, Ely e Berascochea; Santo Cristo, Ademir, Isaías, Jair e Chico, escalado pelo treinador uruguaio Ondino Vieira, fora a "esquadra" do "Almirante" em seu primeiro Vasco. (continua amanhã)
FOTOS REPRODUZIDAS DO CENTRODE MEMÓRIA DO VASCO

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