Vasco

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sábado, 5 de maio de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - OS INTRÉPIDOS CARAS-DE-PAU BRASUCAS, REIS DA XEROX


     Nos primeiros tempos de domínio português por estas bandas de Vera Cruz,, todo terreno da “paróquia” ganhava o nome de possessões portuguesas -  ordem do Rei. Seguramente, não o sabe a maioria dos moradores do bairro de Gamboa, da zona portuária do Rio de Janeiro, bem como os de locais homônimos em Cabo Frio-RJ, de uma praia de Santa Catarina e da ilha de Tinharé, na fervilhante Bahia.
 Gamboa não é o feminino de gambá, substantivo de dois gêneros. É concebido como uma pequena área de rio, ou de mar, usada para a pesca ao natural. Aliás, quem estiver em terras  lusitanas próximas, ou na espanhola Badajoz, encontrará cardápios deliciosos na região praieira de Gamboa.
Reprodução de capa de livro
Mas, como nem só de roubos nominais geográficos viviam e vivem os brasileiros, estes estenderam a curtição larápia a outros itens. Por exemplo,  temos clube de futebol chamado Vasco da Gama (almirante português); torneio intitulado Primeira Liga (disputa ludopédica inglesa) e conjunto musical  denominado The Brazilian Bitles (banda inglesa, com grafia modificada), usando ternos e cabeleiras iguais -  só para citar poucos.
 A maior das caras-de-pau das xerocagem brasileiras, no entanto, é a imitação nominal  de “Estado Novo”, pelo presidente Getúlio Vargas, para o seu ditatorial regime político que rolou entre 1937 a 1945.  Em Portugal, os militares que tomaram o poder, em 28 de maio de 1926, admiravam o fascismo de Bento Mussolini e sonhavam com um clone político do italiano. Então, descobriram um professor de finanças públicas da Universidade de Coimbra, Antonio de Oliveira Salazar, de 37 de idade e que arrumou a "burra" lusitana.
Reprodução de capa de livro
 Esperto, Salazar viu, rápido, que os militares que o patrocinavam eram muito burros e armou para ser o dono de Portugal, bem depressa, o que conseguiu com o apoio, inclusive, da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana. Emplacou 40 temporadas de ditadura com o seu “Estado Novo”. Quem não estivesse com ele estaria contra a pátria. Por sinal, Fernando Pessoa, considerado maior cérebro literário de sua época, rendeu-olhe homenagem, escrevendo  “Defesa e Justificação da Ditadura Militar em Portugal”.        
 Se “roubar” uma denominação ditatorial política era pouco, então, os brasileiros criaram uma nova modalidade: quase roubar. Se, em 1945, a oposição a Salazar fora às eleições legislativas pelo Movimento de Unidade Democrática, por aqui, os “brasucas” criaram a União Democrática Nacional, que não deixou de ser um movimento contra a ditadura de Vargas - pôijz, pôijz, imitou legal, ó pá!     
  

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