Vasco

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sábado, 11 de novembro de 2017

VENENO DO ESCORPIÃO - A INFERNIZAÇÃO DA RAPAZIADA DA IMPONDERÁVEL UDN

 A UDN-União Democrática Nacional não engolia a eleição do candidato do PSD-Partido Social Democrático, Juscelino Kubitscheck, à presidência da República. E passou a infernizar a posse do homem, alegando que isso só ocorrera devido ao apoio dos comunistas, que estavam na ilegalidade, desde 1947, por uma canetada do então presidente e general Eurico Gaspar Dutra.
 Rolava o rolo, com parlamentares pró e contra a posse de Juscelino, o JK, e do seu vice, João Goulart, o Jango. No final das contas, o Ministro da Guerra e ultalegalista general Henrique Dufles Teixeira Lott garantiu a posse de ambos.  Assim, pela última vez, o Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro, sediou a posse de um chefe da nação.
 Foi um dia de festão na Cidade Maravilhosa. Tanques, canhões e carros de combate do Exército, além de unidades da Aeronáutica e da Marinha formaram alas, entre o Palácio do Catete (residência dos presidentes) e a Câmara dos Deputados, percurso no qual JK e Jango desfilarm dentro do Rolls Royce presenteado ao Brasil pela Inglaterra. Enquanto as autoridades aguardavam pelos eleitos, o povo se virava pels ruas para saudar o JK. Teve até quem subiu em poste de iluminação. Embaixo, o Rio de Janeiro estava enfeitado por escudos e bandeiras brasileiras.
“Prometo manter, defender, e cumprir a Constituição da República, observar as suas leis, promover o bem geral do Brasil, sustentar-lhe a iunião, a integridade e a independfência” foram as palavras juradas por Juscelino, quando assumia o cargo presidencial. Em seguida, Jango fez o seu juramento nos mesmos termos – a declaração de posse, pelo Congresso Nacional, foi apóss a assinatura dos textos dos  respectivos compromissos.
Ainda em plenário, a banda do Batalhão  de Guarda Prsidencial executou o hino nacional, aplaudido por parlamentares (poucos das UDN), ministros de Estado, outras autoridades brasioeiras e 59 representantes de nações amigas, que gostarasm, também da decoração d palácio, com flores naturais.
A sessão foi encerrada pelo presidente do Congresso Nacional, Carlos Gomes de Oliveira e a transmissão do cargo presidencial ocorreu no Palácio do Catete. O presidente que saía, Nereu Ramos (senador que assumiu o cargo após crise político-militar que teve dois antecessores, Café Filho e Carlos Luz, tendo este (presdiente da Câmara dos Deputados) pulado no cargo tão logo o primeiro ter sido internado em um hospital, por problemas coronários).   
Nereu, acompanhado pelos seus ministros, esperou por JK e Jango à porta do Catete. Junto com os dois, subiu até o segundo andar do prédio, onde se deu a transmissão do cargo. Com a casa superlotada, os fotógrafos subiram na messa de despachos do presidente, para registrar a nova história que nascia.  De velho, só a faixa presidencial, que ainda era a usada pro Washington Luis, em 1926 (?) 
Ecerrada a solenidade de posse, quando o JK e Jango voltavam, da Câmara para o Catete, os sinos da igreja de São José repicaram e os canhões dos fortes cariocas disparam tiros de estilo, saudando-os.
 JK fora bom prefeito de Belo Horizonte e bom governador de Minas Gerais. Mas, como deptuado federal, era caladão e seguia, rigorosamente, a liderança do PSD e a cabeça dos seus gurus mineiros, Bendito Valadares e José Maria Alkimin.
Quem diria! JK votara contra a mudança da capital brasileira, para o Triângulo Mineiro, conforme uma das propostas que chegaram ao Congresso. Mas, em campanha presidencial, o goiano Toniquinho pegou-lhe de surpressa, indagandose ele cumpriria a constituição e mudaria a capital para o centro do país. Tremeu as pernas e disse sim. Não tinha cOmo dizer não logo no primeiro comício – tempos depois depois de construir e inaugurar Brasília, foi proibido de visita-la, pelos militares que cassaram os seus direitos políticos.     

   

 

 

                                    

                            

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